A hora corria e eu não tinha mais tempo, corri para fazer o vestibular. Suei feito louca, meu coração estava disparado e meu estômago revirava. Eu só tinha essa oportunidade e não desperdiçaria sendo reprovada.
Quando eu voltasse ao orfanato me daria muito mal e eu não tinha muitas vidas para desperdiçar. Não me importaria com a punição, mas as vidas dos meus irm&atild
Odia do encontro com Mason chegou. Sentada na lanchonete esperei por ele. - Temos dez minutos. – Disse ao sentar-se à minha frente de cara emburrada. – O que houve com seu rosto? – Ele levantou meu queixo. O puxei para que não tirasse meu foco.
- Não. – Minha voz saiu entrecortada. – Não. Não. – Não saía outra palavra da minha boca. Eu mal podia respirar.- Vem, eu te ajudo. – Recusei sua ajuda, mas aceitei em seguida, afinal não tinha escolhas.
Entramos no elevador, era enorme e espelhado. Desviei os olhos para o senhor que não dizia sequer uma palavra. Usava um terno azul escuro e uma gravata preta. Notei que ele arrumou a grava ao engolir em seco.Cerrei os punhos de nervosismo, mal conseguia olhar para cima.
Parecia que Thomas havia regredido. Perdeu feio às duas vezes que jogamos. E ele não parecia decepcionado, o que me preocupava mais ainda.- O que aconteceu? – Perguntei arrumando o tabuleiro para uma nova partida.
- Não, espere. – Peguei a carta aberta de sua mão. Brigamos pela posse da correspondência até que ela se partiu ao meio.- Você está louca! – Pulei em seu colo tomando seu pedaço de papel. Juntei as duas metades e pude ler claramente.
Ao me virar em direção a Academia de Direito dei de cara com alguém que me fez tropeçar quase caindo no chão.- Oi. – Falou ao arrumar a gravata vermelha que eu tinha bagunçado quando apoiei em seu braço para não cair.
Não precisa dizer que estou errada, eu sei e assumo meus erros! Corri para a república a procura de Martin, eu precisava conversar com algum amigo e ele era minha melhor opção. - Alguma de vocês sabe onde posso encontrar Martin? – Perguntei ao abrir a porta do quarto ofegante. - Talvez esteja no treino. – Respondeu Beck, que estava lendo uma revista de fofocas deitada em sua cama. - E onde fica isso? – Caminhei até minha cama tirando minha roupa de trabalho, pegando da gaveta uma regata e uma calça jeans.&nbs
Chegando ao meu quarto percebi que a porta estava entreaberta, olhei para os lados, mas ninguém parecia notar minha presença, receosa adentrei com a luz apagada, ao entrar esbarrei em alguma coisa que me fez cair no chão. Ainda caída, estiquei o braço até alcançar o acendedor podendo ter total visibilidade do quarto, não tinha ninguém, mas a minha frente havia uma sacola preta com um bilhete. Franzi a testa sem entender, claro que não era pra mim, até que minha curiosidade se mostrou maior lendo um pequeno bilhete.“Para Nancy. Boa sorte no jantar de hoje”.Com amor Martin Um pequeno sorriso involuntário tomou conta do meu rosto, levantei expondo a cabe&ccedi