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Capítulo 2

Não era de surpreender que Ângelo queria que ela se mudasse esta noite. Aparentemente, havia uma nova pessoa ansiosa para entrar na cena, hein?

Ora, só de pensar que ela estava se lamentando por esse homem momentos atrás, ela queria dar uns tapas em si mesma por isso!

Gisele se aproximou de Íris de forma arrogante, soltando palavras duras e provocativas

- Você é a Íris? Ainda não foi embora? Ângelo te expulsou e você ainda está enrolando aqui? Que sem vergonha!

Íris ignorou suas provocações e continuou arrumando suas malas espalhadas pelo chão.

- Ei, está surda? Não ouviu que estou falando com você?

- Desculpe, não ouvi. - Íris finalmente olhou para cima, sem expressão no rosto. - Só ouvi um cachorro latindo sem parar!

- Você ousa me chamar de cachorro?

- Eu não chamei, quem responde é cachorro. - Ela pegou sua mala e virou a cabeça para Gisele que estava bloqueando seu caminho. - Por favor, me deixe passar, bons cães não ficam no caminho dos outros.

- Você!

Gisele estava tão irritada que batia o pé no chão com força, seu rosto ficando vermelho e pálido alternadamente.

A supostamente submissa Sra. Dellamonica não era conhecida por ser uma idiota calada? Como ela poderia ter uma boca tão afiada?

A empregada rapidamente se aproximou para bajulá-la:

- Srta. Gisele, se acalme. Não vale a pena ficar brava por uma ex-mulher! No futuro, você será a dona desta mansão, essa mulher não vale nada... Seu quarto já foi arrumado de acordo com as instruções do Sr. Ângelo. Deixe eu levar a senhorita para ver!

Gisele ficou toda feliz com a bajulação e não se importou mais com Íris, seguindo a empregada para dentro da mansão.

Em meio ao frio cortante do vento, Íris ficou sozinha.

Ela olhou para a imponente e majestosa mansão, havia uma mistura de emoções em seu coração.

Quatro anos de sua vida foram gastos aqui, e ela não esperava terminar assim, tão desolada. Era realmente irônico.

- Adeus, família Dellamonica!

Ela respirou fundo e partiu sem olhar para trás.

Naquela noite, ela alugou um pequeno loft no centro da cidade.

O quarto não era grande, mas pelo menos ela se sentia estabelecida.

De repente, ela se sentiu relaxada, libertada da prisão de ser "Sra. Dellamonica", podendo fazer coisas que ela sempre quis fazer livremente.

Íris pegou o celular e ligou para o número que ela bloqueou por quatro anos.

- Chefe, já se passaram quatro anos e você finalmente se lembrou de mim! - Bernardo Costa, um dos quatro jovens mestres da Cidade do Mar, conhecido por sua natureza rebelde, parecia um fiel seguidor de Íris do outro lado da linha, com a voz cheia de empolgação. - Ouvi dizer que você está se divorciando, parabéns! Você devia ter chutado aquele iceberg ambulante do Ângelo há muito tempo! Você não faz ideia, durante esses anos em que você foi uma esposa maltratada na família Dellamonica, rolaram lendas sobre você por toda a cidade. Se aqueles velhos soubessem que você é a mestre suprema que eles cavariam a terra inteira só para encontrar, seus olhos saltariam das órbitas de choque! Então, vamos fazer algo grande desta vez? Seu capanguinha aqui...

- Pare! - Íris estava com dor de cabeça por causa dessa matraca incessante e queria até bloquear esse sujeito exagerado de novo. - Prometi ao meu avô que não voltaria para esse ramo. Se você realmente me considera sua chefe, então mantenha esse segredo por mim.

De fato, o seu "passado" foi emocionante, mas já era "passado", e ela não queria falar muito sobre isso.

- Estou ligando para você desta vez porque quero que você investigue algo para mim...

Após a conversa com Bernardo, Íris desligou o telefone.

Ao mesmo tempo, uma mensagem de texto chegou e era de Ângelo!

Seu coração acelerou instantaneamente.

Ela abriu a mensagem e leu:

[Amanhã às nove, no cartório.]

Cinco palavras simples, sem emoção alguma, como se cada palavra dita a ela fosse um favor concedido.

A superfície do lago tranquilo no coração de Íris, perturbado por pequenas ondulações, voltou à calma instantaneamente.

Ela sabia que não deveria ter esperado nada desse homem.

Íris respondeu à mensagem imediatamente, também sem emoção alguma, curta e grossa:

[Ok.]

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