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Capítulo 0007

No instante seguinte, ele foi agarrado por Débora.

- Aaai, dói, dói, dói, solta!

Luís jamais imaginaria que Débora, com seu corpo tão frágil, pudesse ter tanta força.

Ela torceu seu pulso com força, fazendo-o gemer de dor e ajoelhar no chão.

Débora soltou sua mão, arrumou suas roupas e voltou para o quarto, sem se importar com os gritos de dor que ficaram para trás.

Enquanto caminhava, sua raiva e frustração só aumentavam.

No momento em que fechou a porta do quarto, as lágrimas escorreram pelo seu rosto.

Ela se aproximou de Jonathan, se agachou e cutucou seu braço com força:

- Alguém me humilhou!

Na família Castro, a qualquer momento, seu pai sempre a apoiava. Ninguém jamais ousou humilhá-la dessa forma.

- Se você acordasse e estivesse aqui para me apoiar, eu não teria que passar por essa humilhação, não é?

Débora parecia ter encontrado um ombro para desabafar, liberando todas as suas frustrações dos últimos dias, chorando soluçante:

- Eu não quero uma vida de riquezas! Só quero que meus pais voltem a viver! Jonathan! Você pode dizer aos meus pais que eu não estou nada tranquila, sinto muito a falta deles...

Talvez cansada de chorar, Débora adormeceu à beira da cama, ainda soluçando enquanto seu corpo se movia com os soluços, as lágrimas em seu rosto ainda não secaram.

O homem na cama continuava deitado em silêncio, seus dedos tocaram levemente a mão de Débora.

...

Débora ainda estava adormecida quando sentiu um leve tapa em seu ombro. Talvez as ocorrências daquela manhã tivessem deixado uma sombra em seu coração, e ela lutou para acordar.

Ao ver a pessoa à sua frente como Núbia, ela instantaneamente ficou alerta:

- Sogra.

Núbia olhou para a pessoa na cama, deu um leve toque no ombro de Débora e apontou para a porta.

Embora soubesse que seu filho não poderia ouvir, ela não queria mencionar coisas que o deixassem infeliz na frente dele.

Débora se levantou e bateu levemente em suas pernas adormecidas. Com cuidado, ela colocou a mão de Jonathan debaixo das cobertas antes de sair com Núbia.

- Déby, você bateu no Luís hoje? Eles vieram falar com o Sr. Harlan, exigindo uma explicação.

Núbia apoiou o ombro de Débora, sem um pingo de culpabilidade em sua voz, apenas compaixão.

Se seu filho fosse uma pessoa normal, ninguém teria a oportunidade de humilhar essa garota.

Desde que seu filho se tornou um vegetal, Harlan permitiu que Pietra e Luís entrassem e saíssem da Mansão do Xavier.

Núbia se sentia desconfortável, mas não podia fazer nada a respeito.

Débora assentiu.

Com a resposta afirmativa, Núbia deu um tapinha nela:

- Não se preocupe, estou aqui.

Nunca imaginou que, apenas um dia após seu casamento, a sogra confiaria tanto nela.

Elas desceram juntas.

Assim que Pietra viu Débora, ela se lançou como um lobo em busca de presas:

- Você, sua vadia, como ousa bater no meu filho!

Luís também apoiou a mão e olhou furiosamente para Débora.

Harlan bateu com força na mesa, olhando para os dois com autoridade:

- Chega!

Luís e Pietra imediatamente ficaram calados, apenas encarando Débora com raiva.

Núbia olhou friamente para as duas, protegendo Débora atrás dela.

- Déby, diga, o que realmente aconteceu? - Harlan olhou para Débora com ternura.

Desde o primeiro momento em que viu essa garota, ele sabia que ela não era alguém que causaria problemas sem motivo. Pelo contrário, ele também sabia que tipo de pessoa era Pietra e seu filho.

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