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Capítulo 2

Na manhã tranquila da zona industrial, passos lentos se aproximavam. Theo Reis acordou abruptamente de seu sono, abrindo seus olhos penetrantes como os de uma águia.

- Sou eu! - Joaquim Dias se aproximou rapidamente. - Estive procurando por você por tanto tempo, é bom te ver vivo.

Os olhos escuros de Theo ficaram levemente opacos.

- Você está gravemente ferido? Está tudo bem? - Joaquim disse enquanto casualmente abria as roupas desarrumadas de Theo. Algumas feridas profundas estavam em locais vitais. Felizmente, Theo estava carregando alguns medicamentos especiais consigo, senão teria perdido a vida com certeza.

Com uma expressão séria, Joaquim disse em tom profundo:

- Eles realmente estão se esforçando ao máximo para te matar!

- É bom que você saiba. - Theo afastou a mão dele e começou a abotoar sua camisa.

Joaquim agarrou sua mão:

- O que é isso?

Assim que ele viu as marcas, imediatamente reagiu:

- A família Reis realmente ultrapassou todos os limites. Eles te esfaquearam e, além disso, enquanto você estava indefeso, enviaram uma mulher para te estuprar. Eles sabem que você detesta mulheres e fizeram isso de propósito para te enojar! Onde essa mulher te tocou?

A expressão de Theo era impenetrável, o enojar? Se realmente quisessem o enojar, não teriam enviado uma mulher assim. A mulher da noite passada era virgem e...

Theo se lembrou daquele tremor e da sensação irresistível que ela o causou, seus olhos se tornaram profundos.

Ao o ver em silêncio, Joaquim ficou apavorado:

- Ela conseguiu?

Era uma questão de extrema importância. Ele se lembrava da última vez, quando uma mulher insensata tocou apenas um dedo de Theo, ele teve erupções cutâneas por todo o corpo e demorou muito tempo para se curar.

- Você está realmente bem? Você teve erupções cutâneas? Droga, esqueci de trazer aquele remédio da última vez. De qualquer forma, vou guardar essa vingança para você, vamos ter que acertar as contas no futuro! - Disse Joaquim.

- Cale a boca! - Theo olhou Joaquim com exasperação. - Me leve para o hospital!

Joaquim então lembrou que as feridas de Theo eram mais importantes do que erupções cutâneas:

- Vou te levar ao hospital agora mesmo!

...

Amanda, sentindo todo o seu corpo dolorido, caminhava de volta para casa lentamente.

Aquele homem tinha a exaurido várias vezes na noite passada e já estava quase amanhecendo quando tudo terminou.

Assim que ela abriu a porta, Catarina veio em sua direção:

- Você finalmente resolveu voltar? Como nora da família Camargo, você passou a noite inteira fora. Onde você esteve?

Amanda estava cansada demais para se importar e a ignorou.

No entanto, Catarina agarrou a lapela de Amanda:

- Você ousa me ignorar? Você se esqueceu de como a sua família implorou para que Gustavo se casasse com você?

Amanda resmungou friamente e empurrou Catarina para longe:

- Se eles imploraram, vá os procurar!

De surpresa, Catarina, sem querer, abriu a gola da Amanda, revelando diante dos seus olhos todas as marcas de beijos sugestivos.

- Você! - Catarina arregalou os olhos. - Amanda, como você ousa trair meu filho às escondidas? Chamem alguém e amarrem essa mulher para que eu possa aplicar a punição familiar nela.

Na sala de reuniões da família, Catarina segurava o código de conduta da família Camargo, apontando para Amanda com uma expressão distorcida:

- Afinal, você vai falar ou não?

- Não sei! - Amanda olhou para o semblante de Catarina e finalmente experimentou a sensação de vingança.

- Você não vai falar, é isso? Espera só para ver o que vou fazer com você! - Disse Catarina.

A vara de bambu chicoteava Amanda incessantemente, causando tanta dor que ela se curvou e seu suor frio encharcou seus cabelos. No entanto, ela ainda sorria:

- Seu filho pode se envolver com outras mulheres lá fora, mas eu não posso encontrar um amante? Se ele me traiu, eu também posso trair ele. Isso se chama justiça! É bem justo!

Catarina ficou furiosa, sua expressão distorcida, agindo como se estivesse enlouquecida, chicoteando Amanda com todas as suas forças:

- Você acha que é uma nobre senhorita da família Martins? Sua família já está em ruínas há muito tempo. Se não fosse pela compaixão do Gustavo, você seria pior do que um mendigo agora. O que você ainda quer falar sobre justiça? Hoje mesmo vou te matar!

Outra chicotada de bambu e Amanda desmaiou imediatamente.

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