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Capítulo 2

Todos aguardavam para ver a reação de Raul.

- Seu noivo? - Raul pareceu pensar por um momento e não se lembrou. - Quem?

Os olhos da outra pessoa se fixaram no rosto de Eulália, deixando-a com arrepios:

- Isaac.

Raul se lembrou:

- Ah, ele...

Ele desfez a perna cruzada e mesmo olhando para cima, sua postura opressora, típica dos superiores, fez os joelhos de Eulália fraquejarem.

- Por que eu deveria deixá-lo em paz? - A expressão do homem era fria, claramente não seria convencido por algumas palavras dela.

Eulália reuniu coragem e encontrou o olhar de Raul:

- Contanto que você deixe meu noivo em paz, eu farei qualquer coisa.

Alguém riu debochadamente:

- Você pensa que está em uma novela? Fazer qualquer coisa? O que você pode fazer pelo Presidente Raul?

- Desapareça daqui, não estrague o humor do Presidente Raul. Você não sabe que ele detesta mulheres insistentes?

Nesse momento, Raul decidiu falar:

- Eu não quero mais beber.

Seu olhar sem emoção caiu sobre o rosto dela:

- Beba todas essas bebidas para mim.

Todos ficaram chocados, algo estava errado com o Presidente Raul esta noite.

Se fosse antes, uma mulher como Eulália, que estava o incomodando, já teria sido expulsa.

Eulália, instintivamente, olhou para a mesa de centro, onde havia várias garrafas de bebidas não consumidas.

Se ela bebesse todas aquelas bebidas, seu destino seria ou envenenamento por álcool ou hemorragia estomacal, certo?

Pensando em seu noivo, com quem ela estava havia sete anos, Eulália respirou fundo.

Ela olhou para Raul, com o olhar firme:

- Se eu beber todas essas bebidas, você realmente deixará meu noivo em paz?

Raul:

- Sim.

Sob o olhar surpreso de todos, Eulália pegou uma garrafa e começou a beber.

O olhar de Raul brilhou com um brilho frio, aparentemente, surpreso por ela realmente estar bebendo.

Ela estava disposta a sacrificar sua vida por um homem assim, era esse o tamanho do seu amor?

Observando a mulher em frente a ele beber uma garrafa atrás da outra, um sorriso de desprezo se formou nos lábios de Raul.

Eulália tinha uma certa tolerância ao álcool, mas não conseguia suportar beber tanto.

Uma grande quantidade de líquido escorreu por seu pescoço, brilhando em sua pele clara e delicada. O olhar de vários homens mudou.

Os olhos de Raul também ficaram mais intensos, sua atenção focada no pescoço de Eulália.

Eulália não se lembrava quantas garrafas tinha bebido.

As pessoas ao redor estavam gritando para ela beber mais, sua visão já estava embaçada.

Ela se inclinou sobre a mesa de centro e encontrou outra garrafa de bebida.

O homem sentado no sofá parecia estar se levantando e ela pensou que ele estava indo embora, então ela correu para abraçar suas pernas.

Mas, de repente, seu corpo foi levantado no ar.

Eulália não sabia como havia acabado nos braços de Raul. Ela o abraçou pelo pescoço, implorando:

- Você não pode ir embora, não... Não vá... A bebida ainda não acabou, certo?

Raul aproximou os lábios do ouvido dela:

- Não me vou embora.

Sob o olhar chocado das pessoas ao redor, Raul, o líder da família Vieira, conhecido por evitar envolvimentos com mulheres, saiu carregando uma mulher embriagada.

E aquela mulher era noiva de outra pessoa.

Eulália não tinha ideia de que seu envolvimento com Raul estava se espalhando rapidamente pelos círculos de alta sociedade.

Neste momento, ela se tornou uma gata bêbada.

Ela ficava grudenta quando estava bêbada, querendo ser abraçada e mimada, completamente diferente de sua arrogância anterior.

Os lençóis brancos estavam cobertos pelos longos cabelos ondulados castanhos da mulher.

Ela era linda como uma fada.

Raul abriu suavemente a gola do terno, sua voz cheia de escárnio:

- Você procurou por isso.

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