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Capítulo 4 Não Sou Mais a Sra. Lopes

Jasmim tirou a camisa de Henrique, seguindo com beijos pelo contorno dos músculos de seu abdômen. Sua orelha tingi-se de vermelho, em um estado de amor e desejo exacerbados.

Com a voz rouca, não parava em suas ações.

- Sr. Henrique, você me perguntou como me tornei a Sra. Lopes, não foi? Quase esqueci. A primeira responsabilidade da Sra. Lopes é lhe dar filhos. Estou apenas cumprindo meu dever.

- Como você ousa?!

Ao expressar sua ira, os músculos do seu abdômen se destaca claramente.

- Coloquei um pouco de feromônio no ar do quarto. Aguenta aí, logo passa. Eu também quero um filho...

Ela estava cada vez mais audaciosa, muito diferente da moça dócil que costumava ser.

A respiração de Henrique tornou-se pesada ao perceber as provocações descaradas que recebia. Ele conseguiu reprimir as reações induzidas pelo feromônio e segurou com força os dedos dela, que agiam de forma impertinente.

- Jasmim, você me enoja!

O desejo que antes ardia nos olhos da mulher evaporou-se com essas palavras.

Ela levantou seus olhos úmidos e questionou, apegando-se a um último fio de esperança:

- Fazer isso comigo realmente te repugna tanto?

- Sim!

Henrique a encarou, sem hesitar, fazendo seu coração apertar. Um segundo depois, ele a empurrou para longe com desdém.

Não perder mais tempo em palavras com ela, rapidamente vestiu suas roupas que estavam jogadas no chão. Saiu do quarto sem nem mesmo abotoar a camisa.

O quarto se silenciou assim que a porta foi fechada com força.

Jasmim desabou no chão, apertando suas mãos com as unhas, seus olhos cheios de um frio cínico. a hora de desistir.

Na manhã seguinte, Jasmim desceu mancando com sua bagagem. Os empregados já estavam servindo o café da manhã. Nanda, sempre ocupada com suas orações matinais, não estava presente.

- Cunhada, onde você pensa que vai com essa mala? Está indo viajar?

A pergunta foi feita por Maia Lopes, irmã de Henrique, que atualmente estuda na Universidade da Cidade B.

Ela nunca gostou de Jasmim e sempre a tratou de forma sarcástica.

- Mas mesmo se você for sair, apresse-se e penteie meu cabelo. Só depois me leve para a escola!

As mãos de Jasmim eram habilidosas, e as tranças que ela fazia sempre rendiam elogios dos colegas de classe.

No entanto, hoje, Jasmim simplesmente a ignorou. Pegou sua mala e desceu para o primeiro andar, onde esbarrou com Bruna Peixoto, já toda arrumada, emanando uma aura de mulher sofisticada.

Bruna era a segunda esposa de João Lopes e a mãe biológica de Henrique e Maia.

Ela nunca gostou da origem e da família de Jasmim e nunca foi cortês quando falava com ela.

- O que você está fazendo com essa mala logo cedo? Deixe-a e vá ajudar Raquel a limpar um quarto. Alguém novo vai morar aqui em breve.

Jasmim sentiu um calafrio, um pressentimento do que estava por vir. Então ouviu Maia perguntar com curiosidade:

- Uma pessoa nova? Quem?

- Quem mais poderia ser? Sua irmã, Agatha!

- O quê? Agatha voltou do exterior?

- Ela não apenas voltou, mas também está grávida do seu irmão! Nossa casa, a Mansão dos Lopes, tem condições melhores, então ela vai ficar aqui por enquanto, em vez de voltar para a família Neves.

Enquanto falava, Bruna lançou um olhar vitorioso na direção de Jasmim. Agatha era a nora que ela sempre quis; se não fosse por aquele incidente, a mulher casada com seu filho deveria ter sido Agatha!

Ela fez um gesto triunfante com o queixo na direção de Jasmim.

- O que você está esperando? Vá logo!

Em dias normais, Jasmim teria agido com cautela e lisonjeado Bruna.

Mas hoje, mesmo após ouvir tudo isso, seus olhos não mostravam mais o antigo desejo de agradar.

Embora seu coração doesse incontrolavelmente, ela fez um esforço para manter uma expressão fria.

- A partir de hoje, eu e Henrique não teremos mais nada a ver um com o outro. Quem quiser cuidar desses assuntos menores que o faça.

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