— Augusto, eu não aguento mais. Sério, a Leonor é completamente maluca!
— Pois é, dessa vez foi tudo culpa dela. A gente só veio aqui numa boa e ela descontou tudo em cima da gente. Olha só como ficamos!
— Já passou da hora de contar a verdade. A Leonor sempre morre de inveja da Margarida, e como não conseguia se comparar, fazia a gente infernizar a vida dela para tentar se sentir melhor. Mas cá entre nós, se ela não fosse da família Almeida, quem ligaria para as ordens dela? A gente nunca teria feito nada disso por conta própria.
— Augusto, você é tão íntegro, vive fazendo tudo certo, e tem que aturar uma mulher dessas do seu lado? Coitado de você, de verdade.
...
Um grupinho de mulheres fofocava baixinho, as vozes soando estranhamente familiares aos ouvidos da Margarida.
Ela, que antes estava distraída perdida em pensamentos encostada no corrimão, se assustou ao ouvir seu nome sendo citado e logo foi atrás para entender do que se tratava.
Ali na esquina, bem na frente, encontrou