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Capítulo 2 Ela teve a coragem de pedir divórcio?

- Faz tanto tempo que não fazemos isso, você não quer? - Disse a mulher, oferecendo seus lábios vermelhos.

O toque era suave, e seus braços eram tão macios que pareciam não ter ossos.

No momento em que ele se afastou, Vinícius segurou o queixo dela, aproveitando a suave luz alaranjada para ver claramente seu rosto.

Ela tinha cabelos negros levemente bagunçados e soltos nos ombros nus, realçando ainda mais sua pele branca e seus olhos brilhantes. Ela parecia tão coitada quanto podia ser.

Em termos de beleza, ele nunca tinha visto uma mulher mais bonita do que ela, e ele tinha que admitir que ela sabia como seduzi-lo.

Além disso, eles eram marido e mulher, então ele não tinha motivo para recusá-la.

Mariane percebeu que a cor dos olhos dele estava mais intensa e sorriu, erguendo seu corpo novamente.

Os braços do homem envolveram a parte de trás da cabeça dela, assumindo o controle de forma dominante.

O quarto estava silencioso, mas a temperatura estava aumentando gradualmente.

No momento crucial, ele instintivamente abriu a gaveta, mas não encontrou o que deveria estar lá.

Mariane abriu os olhos e viu claramente a expressão de descontentamento no rosto do homem.

- Não precisa, na verdade. É perfeito, estou tentando engravidar.

Assim que as palavras dela terminaram, grande parte do desejo nos olhos de Vinícius desapareceu, e quando olhou para ela, havia um toque de julgamento.

Ela sorriu levemente.

O homem perdeu o interesse e saiu de cima dela.

O clima de ambiguidade e paixão que existia um momento atrás desapareceu completamente.

Mariane sentiu seu coração gelar como se estivesse em pleno inverno. Vendo o olhar frio e a expressão impassível dele enquanto arrumava suas roupas, ela se levantou e seu sorriso desmoronou, perguntando:

- Você tem tanto medo de eu ter um filho?

Vinícius parou por um momento e franziu o cenho, olhando para o rosto bonito e pálido dela com frieza. Sua voz soou indiferente:

- Você está fazendo de propósito.

Ela não disse nada, concordando silenciosamente.

Ele desviou o olhar e abotoou o último botão, dizendo:

- Esse truque é chato.

Mariane arrumou suas roupas e saiu da cama pelo outro lado, permanecendo em silêncio por um longo tempo antes de falar:

- Realmente é chato.

Ela nem tinha a intenção de fazer qualquer coisa, só queria ver qual seria a reação dele.

Mariane olhou para cima, sorrindo levemente, e acrescentou:

- Se é tão chato, que tal nos divorciarmos?

Vinícius continuou caminhando em direção ao closet, sem sequer lançar um olhar de relance para ela enquanto falava:

- Pegue minha camisa.

- Estou falando de divórcio.

- Tenho uma viagem de negócios esta noite.

Mariane respirou profundamente e se virou abruptamente, com dificuldade para controlar suas emoções, e disse pausadamente:

- Eu disse, di-vór-cio!

O nó na garganta de Vinícius se moveu e ele se virou para olhar as costas dela, com um tom sarcástico em sua voz:

- A família Giordano quer que você peça algo para mim de novo, por que não diz logo?

- Eu não quero nada, só quero que você assine o acordo de divórcio. Arranje um tempo para irmos ao cartório e providenciarmos o certificado de divórcio.

Vinícius a encarou de forma superior, um sorriso zombeteiro se formando em seus lábios, e disse:

- Quantas vezes você já pediu o divórcio? Lembra?

Mariane sentiu um aperto na garganta, suas palavras ficaram presas na garganta.

No passado, ela realmente havia feito muitas tolices.

O homem desviou o olhar e jogou uma camisa preta na cama, dizendo:

- Você já me ameaçou com isso tantas vezes que se tornou entediante.

Mariane o encarou, falando com seriedade:

- Estou falando sério.

Vinícius perdeu a paciência para conversar com ela, já estava ocupado, voltou para casa apenas para lidar com suas seduções e ainda levou um balde de água fria na cabeça, seu humor não estava nada bom.

Vendo que ela não estava dizendo nada, ele saiu do quarto diretamente, deixando os empregados entrarem para arrumar as coisas.

Mariane ficou parada ao lado da cama, observando os empregados entrarem e saírem, com uma expressão insensível no rosto.

Foi só quando o som do motor do carro veio do pátio que um dos empregados se aproximou dela nervosamente para lembrá-la:

- Sra. Mariane, o Sr. Vinícius já foi embora.

Mariane soltou os cabelos compridos e caminhou até a janela, cruzando os braços na frente do peito, olhando calmamente para a noite escura, como uma marionete feita de forma refinada. Depois de um bom tempo, ela disse:

- Entendi.

Se ele quisesse ir embora, que fosse.

Ele era alguém que não poderia ser retido desde o início, e ela já deveria ter entendido isso três anos atrás.

Mariane não tinha o hábito de se torturar. Se Vinícius foi embora durante a noite, ela simplesmente dormiria tranquilamente até amanhecer e então arrumaria suas coisas.

Uma noite se passou, e seu humor ficou muito mais calmo.

Até que ela pegou sua mala para sair, mas foi impedida pelos empregados.

- Algum problema? - Ela questionou.

O empregado parecia constrangido, mas teve que dizer de qualquer forma:

- Desculpe, senhora, o Sr. Vinícius ordenou antes de partir ontem à noite que, caso a senhora saísse, devemos vigiá-la e não permitir que leve nada da família Lopes.

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