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Capítulo 2 Um Par Perfeito

Jasmim repentinamente se lembrou que, dois meses atrás, havia uma viagem de uma semana programada no relatório de agenda d Henrique.

dos dedos ficaram mais pálids à medida que segurava o celular.

Será que ele a traiu?

Afinal, antes disso, como a esposa secreta e secretária do grupo empresarial de Henrique, ela nunca ouviu fofocas sobre ele e outras mulheres.

- O Sr. Henrique trata tão bem sua namorada. Quem é essa sortuda que conseguiu ser a namorada do Sr. Henrique? Parece que eles vão anunciar o relacionamento em breve!

- Já pesquisei sobre essa mulher na internet, você acha que é ela?

A jovem enfermeira que empurrava um carrinho de instrumentos pegou o celular da pessoa ao lado e, com um único olhar, exclamou:

- Sim, sim, é ela! Meu Deus, essa não é Agatha Neves do Grupo Neves? Ela é a combinação perfeita para Henrique em termos de antecedentes e aparência. Eles realmente fazem um par perfeito!

A conversa dos dois foi se esvaindo à medida que se afastavam.

"Grupo Neves..."

Depois de completar os procedimentos de alta e entrar no carro enviado pelo mordomo, Jasmim permaneceu inquieta por um longo tempo.

Na janela semiaberta do carro, a luz fraca da tela do celular iluminava seu rosto pálido. Ela tinha pesquisado várias palavras-chave na web, mas não encontrou qualquer ligação entre as famílias Neves e Lopes.

Isso era muito estranho, considerando o alto status das duas famílias Cidade B.

Ao voltar para a Mansão dos Lopes, as luzes da sala ainda estavam acesas.

Sua cunhada, que sempre a olhaa de modo desfavorável, não estava lá; apenas Nanda, apoiada em sua bengala, a esperava.

- Minha querida Jasmim, que sorte a sua! Eu quase tive um ataque cardíaco de preocupação!

- Vovó, estou bem. - Jasmim forçou um sorriso e, com uma desculpa, dirigiu-se para o andar de cima para descansar. - Estou um pouco cansada.

- Tudo bem, vá descansar. Já contatamos Henrique; ele estará de volta em breve!

Jasmim hesitou por um momento, e aquela dor voltou a dominá-la, fazendo seu rosto ficar extremamente pálido.

A única pessoa da qual Henrique estava se escondendo era ela.

Nanda pensou que o desconforto de Jasmim era apenas a falta da companhia de Henrique.

Ela não sabia que a presença daquela mulher era como um espinho perfurando seu coração, fazendo toda sua resistência parecer ridícula.

Quando Henrique voltou à Mansão dos Lopes, já era madrugada do dia seguinte.

O quarto estava às escuras. Henrique acendeu a luz e um brilho âmbar iluminou metade de seu rosto, revelando uma expressão um tanto descontente.

- Ainda não foi dormir? Por que as luzes estão apagadas?

Naquele momento, Jasmim já estava deitada na cama há um dia inteiro.

Quase sem comer ou beber, o mordomo havia deixado a comida n ao lado da cama, que agora estava completamente fria.

- Onde você esteve esses dois dias? - De costas para ele, sua silhueta parecia mais magra do que o habitual. Sua voz rouca continha um traço de fadiga e exaustão.

Henrique acabara de tirar seu paletó quando ouviu sua pergunta. Ele parou abruptamente e olhou em direção à cama, franzindo fortemente.

Em três anos de casamento, era a primeira vez que ele ouvia Jasmim questioná-lo com tal tom.

- Tive assuntos para resolver na filial em Cidade L. - Respondeu ele, com indiferença, embora parecesse um tanto irritado enquanto afrouxava a gravata e caminhava em direção ao banheiro.

- Sério? - Jasmim soltou uma risada suave, e sua voz ecoou pelo quarto, como se vinda do nada. - Consultei com seu assistente Pietro. Não havia nenhum voo marcado para Cidade L em sua agenda.

O tom peculiar em suas palavras era notavelmente perceptível.

- O que você está tentando dizer?

Os passos de Henrique pararam bruscamente na porta do banheiro.

Mesmo sem fazer contato visual com ele, Jasmim pôde sentir a onda de pressão que o envolveu.

Ela sabia que esse era o prelúdio da ira de Henrique.

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