ВойтиPaulo estava no palco com as mãos tremendo de nervoso. Ele disse a Alexandre, que estava ao seu lado:— Estou um pouco nervoso.O olhar de Alexandre permanecia fixo em Raíssa:— Tudo bem. Da próxima vez, você não vai ficar nervoso.Naquele instante, Paulo teve vontade de chutá-lo, mas se conteve para manter a postura.As noivas finalmente chegaram diante deles.Alexandre estendeu a mão para Raíssa e, no momento em que a segurou, disse com suavidade:— Você está exatamente como eu imaginei: muito linda.O brilho de encanto em seu olhar era impossível de esconder. Raíssa sorriu levemente, com os lábios cerrados:— Você também está muito bonito.Ela não exagerava nem um pouco. Alexandre, vestindo um terno, exalava uma elegância nobre e reservada. Com seus traços faciais impecáveis, parecia um aristocrata de uma família tradicional.Nesse momento, a voz de Paulo soou ao lado, com um leve nó na garganta:— Querida, estou com vontade de chorar.Josiane mostrou uma expressão difícil de descre
— Espere um instante! — Paulo de repente se lembrou de algo. — Não, não pode ser. A gente não pode fazer o casamento juntos.— O que foi? — Raíssa se aproximou curiosa do celular.Alexandre, ao notar que os cabelos dela ainda estavam pingando, pegou a toalha e começou a secá-los suavemente para ela.— Desde o ensino médio, onde tem o Alexandre, eu desapareço. Se a gente fizer o casamento junto, os dois sendo noivos ao mesmo tempo, ele é tão mais bonito do que eu... Toda a atenção vai para ele. — As palavras de Paulo fizeram todos caírem na risada. — Não riam! Vocês não entendem como é viver sempre à sombra dele, arghhh.Josiane falou de propósito:— Tudo bem, se você não quiser fazer junto, eu procuro alguém que queira.Paulo se assustou:— Não, não! Vamos fazer junto, está bem? Se eu tiver que ser ofuscado pelo Alexandre, que seja... O importante é que, no seu coração, eu sou o mais bonito.Josiane estendeu a mão diante dele:— Olha aqui.— Olhar o quê? — Paulo arregalou os olhos, pro
Raíssa parecia ter despertado de um sonho. Saiu dos braços dele e piscou os olhos, olhando para ele:— O que você acabou de dizer?Alexandre segurou a mão dela, beijou levemente o dorso e a olhou com seriedade:— Raíssa, você aceita fazer uma cerimônia de casamento comigo?Raíssa se apressou em explicar:— O que eu te falei era só para compartilhar o que vi, não queria dizer que quero que você organize uma cerimônia para mim.— Eu sei. — Alexandre sorriu de leve, com os cantos dos lábios.O olhar de Raíssa se enterneceu. Ela ficou em silêncio por um instante e o abraçou novamente.— Assim já está ótimo, Alexandre. Eu não tenho essa obsessão por cerimônia de casamento. Ter você e a Kayra já me deixa completamente satisfeita. De verdade, eu sou muito feliz. Eu sou realmente muito feliz. — Enquanto falava, Raíssa, inexplicavelmente, ficou com a voz embargada.Ela parecia ansiosa, como se quisesse usar todas as palavras possíveis para garantir a Alexandre o quanto estava feliz naquele mome
Kayra estava sentada na loja de roupas, apoiando o queixo na mão, enquanto Alexandre examinava cuidadosamente as roupas penduradas nas araras. Depois de algum tempo, Kayra não conseguiu mais se conter e perguntou:— Papai, até quando a mamãe vai continuar fazendo compras?Daqui a alguns dias, uma colega de trabalho da Raíssa iria se casar e a havia convidado para a cerimônia. Aquela seria a primeira vez que Raíssa participaria do casamento de outra pessoa. Ela não tinha experiência nesse tipo de evento, mas sabia que precisava estar bem vestida, então aproveitou a folga para arrastar Alexandre e Kayra ao shopping.Fazia tanto tempo que ela não saía para fazer compras que precisava entrar em praticamente todas as lojas que via pelo caminho. Seu entusiasmo era evidente.Mas isso acabou se tornando um desafio para Alexandre e Kayra, que a acompanhavam.Alexandre finalmente compreendeu por que, cinco ou seis anos atrás, Arthur não gostava de acompanhar a esposa em compras. Ninguém lhe havi
— O que você está fazendo! — Josiane levou um susto e agarrou o braço dele.Paulo estava tão emocionado que mal conseguia se conter. Abraçou ela e começou a girar em círculos com ela no colo.— Josiane, você aceitou se casar comigo. A gente vai se casar!Josiane ficou tonta com as voltas, mas seu rosto trazia um sorriso. Ela falou com um tom levemente resignado:— Me coloca no chão.— Não vou colocar. Quero te segurar para sempre.Paulo girou mais algumas vezes, até ele mesmo começar a ficar tonto, cambaleando nos pés.Os dois caíram juntos no sofá.Josiane caiu por cima de Paulo, e ele envolveu firmemente a cintura dela com os braços.No instante em que seus olhos se encontraram, os dois ficaram em silêncio, conseguindo ouvir apenas a respiração um do outro.Paulo parecia querer enxergar até o fundo da alma dela.— Esposa... — Disse ele, com a voz baixa, carregada de uma excitação que não conseguia conter.— Não me chama assim. Ainda não sou sua esposa. — Josiane respondeu com um tom
— Isso... — Ao ouvir de repente aquelas palavras, Paulo quase se engasgou com a própria saliva, tossindo sem parar, o rosto foi ficando involuntariamente vermelho.— Mãe, como é que a senhora pergunta isso logo na primeira vez que o vê? — Disse Josiane, contrariada.Bianca respondeu com naturalidade:— Vocês já não são tão jovens. Se acharem que estão bem juntos, podem se casar logo e ter filhos cedo.— Estamos namorando há pouco tempo. A senhora está se apressando um pouco. — Respondeu Josiane.— E o que tem isso? Quando conheci seu pai, nos casamos no segundo encontro.— Os tempos mudaram.— Mas hoje em dia também tem muita gente que casa rápido. Além disso, você e o Paulo se conhecem há bastante tempo.Desde a última vez que Paulo havia ligado para ela, Bianca passou a sondar Josiane sobre ele.Ela então se virou para Paulo:— E você? O que acha disso?Josiane também voltou o olhar para ele.Paulo raramente mostrava uma expressão tão séria.— Sra. Bianca, gosto da Josiane há muitos







