Semua Bab Brindou a Outra, Enterrei o Passado: Bab 521 - Bab 530

Olavo saiu do salão da festa de caridade tomado pela raiva, agarrando o braço de Tereza e praticamente a arrastando para fora.Os saltos dela batiam apressados no chão, mal conseguindo acompanhar o ritmo dele.Ela murmurou, com um tom de queixa:— Olavo, vai devagar... meu pé está doendo.Ele nem reagiu, nem olhou para ela. Continuou andando com o rosto fechado, sombrio de um jeito que dava medo.Tereza mordeu o lábio e permaneceu calada, tropeçando enquanto se esforçava para acompanhá-lo.Só quando entraram no carro, Olavo largou o braço dela com um puxão brusco.Tereza perdeu o equilíbrio e quase caiu, sentindo o pulso arder do aperto. Seus olhos se encheram de lágrimas e ela o fitou, com a expressão de quem implorava por um gesto de atenção.Mas Olavo nem virou o rosto. Ligou o carro, pisou fundo no acelerador, e o motor rugiu, disparando pela estrada como uma flecha.Dentro do carro, o clima era sufocante. Tereza o olhou de soslaio: seu semblante era frio e duro como gelo.Ela nunc

— Tereza! Tereza!A voz de Olavo saiu rouca, tremendo.Ele a abraçou desesperado, carregou-a do banheiro até o carro e a deitou no banco de trás sem perder tempo.O motor rugiu, e o carro disparou em direção ao pronto-socorro do hospital.Do lado de fora da sala de emergência, a luz vermelha piscava sem parar.Olavo andava de um lado para o outro pelo corredor, a testa coberta de suor.A cena de Tereza caída no sangue não saía da sua mente. O rosto pálido e frágil queimava sua consciência.Ele fechava os punhos com força, os nós dos dedos brancos, sentimentos mistos se agitando dentro dele.Nojo? Claro que sentia.Nojo da mentira de Tereza, do seu jogo de interesses, da maldade calculada. E um medo residual: se a empregada não tivesse percebido a tempo, se ele não tivesse corrido para o hospital, será que Tereza...Um fio de compaixão começou a surgir, frágil, quase escondido.Afinal, Tereza fora a mulher que ele já amara profundamente, a pessoa mais importante de sua vida por tanto te

O rosto de Olavo estava duro e sombrio, os olhos fixos na tela do celular.Na tela, rolavam as fotos do jantar beneficente, mostrando Isadora e Rafael em momentos doces e apaixonados.Isadora sorria com delicadeza e encanto, luminosa como uma rosa em plena floração. Ao seu lado, Rafael era alto e elegante, com um olhar terno, cheio do charme seguro de um homem maduro.Juntos, pareciam um casal perfeito, harmonioso em todos os sentidos.Se não fosse por Rafael, Olavo tinha certeza de que ainda teria chance de reconquistar o coração de Isadora!Dentro do peito, raiva e ciúmes explodiram como lava em erupção. Não suportava mais aquela visão na tela.Olavo gritou, lançando o celular contra a parede.O aparelho se estilhaçou no impacto violento, assim como seu coração naquele instante. Fragmentos se espalharam pelo chão.Respirava com dificuldade, o peito subindo e descendo descompassado, enquanto seus olhos vermelhos, como de uma fera ferida, refletiam fúria e desespero.Depois disso, foi

Na frente do prédio do Grupo Freitas.Olavo voltou para o carro, completamente perdido, sem rumo. O buquê em suas mãos não passava de um monte amassado; pétalas vermelhas se espalhavam pelo chão, tão despedaçadas quanto ele por dentro.Bateu com força no volante, e o impacto seco ecoou dentro do carro.— Isadora, como ousa me tratar assim?!Seus olhos exalavam raiva e frustração.Ele não conseguia aceitar. A mulher que antes o seguia em tudo agora lhe dava as costas com aquela frieza cortante.Não acreditava que Isadora realmente não sentisse mais nada por ele.— Só pode estar fazendo charme... só pode! — Murmurou, tentando se convencer.Na cabeça dele, aquilo era apenas um jogo, uma forma de chamar sua atenção.Disse com um brilho sombrio nos olhos, decidido a não a largar:— Não vou desistir, Isadora. Vou te fazer voltar para mim, custe o que custar!No Grupo Freitas, sala da presidência.Isadora deixou tudo que tinha acontecido com Olavo de lado e mergulhou de volta no trabalho.Fol

— Você acha que deveríamos colaborar com o Grupo Syna de qual forma para maximizar os benefícios?A assistente pensou por um momento e respondeu:— Sra. Isadora, acredito que podemos começar considerando alguns pontos...Ela detalhou várias possibilidades de cooperação com o Grupo Syna e apresentou suas recomendações.Isadora ouviu atentamente, assentindo de vez em quando para demonstrar concordância.— Sua análise está muito boa. Então vamos seguir exatamente como você sugeriu. — Sim, Senhora. — Respondeu a assistente, se virando para sair do escritório.Isadora observou a assistente se afastando e sentiu seu coração cheio de confiança.Depositou os arquivos na mesa, massageando a testa. Essa parceria com o Grupo Syna era fundamental, não podia haver nenhum deslize.Pegou o celular e ligou para Rafael:— Alô, Rafa, o Grupo Syna aceitou se encontrar conosco. Quando podemos ir?Do outro lado, a voz de Rafael soou, como sempre, gentil e tranquila:— Isinha, posso me organizar quando qui