Logo, sons ambíguos soaram na escuridão da sala de estar.Quando terminaram, Mayra recostou-se no peito de Ibsen e disse, com voz suave:— Sr. Serpa, o que houve com o senhor esta noite? O senhor está diferente do habitual, aconteceu alguma coisa?A mão de Ibsen, que acariciava os cabelos dela, parou por um instante. Em seguida, respondeu com voz grave:— Não foi nada. Só senti saudades de você.Mayra baixou os olhos, apertando a cintura dele com mais força:— Eu também senti sua falta.A voz da mulher era suave e delicada, quase escorrendo ternura, mas Ibsen, de repente, achou tudo aquilo sem graça.Ele não compreendia o que estava sentindo.Inês partira por vontade própria, e ele deveria estar aliviado, mas sentia uma inquietação inexplicável, difícil de descrever.Soltou Mayra, levantou-se e começou a se vestir.O rosto de Mayra mudou, e seus dedos apertaram instintivamente a manta do sofá sob ela:— Sr. Serpa, o senhor não vai ficar aqui esta noite?Ibsen abotoou o cinto, virou-se
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