Eduardo ficou completamente sem palavras.Emilly também não sabia o que dizer. Como nunca havia reparado que Mateus tinha essa mania de sentir ciúmes sem motivo?Ela olhou para Mateus.— Presidente Mateus, vou lhe dar um conselho: o Presidente Eduardo é o seu futuro sogro. Vocês nem se casaram ainda e você já está comprando briga com ele. Tem certeza de que quer mesmo se casar com a filha dele?Mateus balançou a cabeça.— Eu não quero casar.Emilly arqueou levemente os lábios.— Espero que, no futuro, você ainda tenha coragem de repetir isso. — Mateus ia dizer alguma coisa, mas Emilly já havia saído da cama. — Presidente Eduardo, vou colher o seu sangue agora.Eduardo entrou no quarto.— Está bem.O mordomo trouxe a maleta de primeiros socorros. Eduardo sentou-se na cadeira e arregaçou a manga.Emilly pegou a seringa e começou a coletar o sangue.Mateus perguntou:— Emilly, para que você precisa desse sangue?— Monique foi envenenada. Para preparar o antídoto, é preciso sangue fresco d
— Então você não acha vergonhoso segurar a Emilly desse jeito?Era a primeira vez na vida que Eduardo era chamado de "sem-vergonha" e, por um momento, ele ficou sem palavras.O mordomo falou em voz baixa:— Presidente Mateus, por favor, meça suas palavras. O Sr. Eduardo o considera como um júnior, mas o senhor também deve respeitar os mais velhos.Maria, ao lado, ficou boquiaberta. Nunca imaginou, em toda a sua vida, presenciar o homem mais rico do mundo, Eduardo, e o novo magnata dos negócios, Mateus, segurando simultaneamente uma mulher e prestes a brigar por causa de Emilly.Ela entendeu o que Mateus estava pensando: ele havia interpretado errado, achando que Eduardo tinha interesse em Emilly.Afinal, não haveria problema nenhum na idade; Emilly tinha mais ou menos a mesma idade de Monique, e homens do nível de Eduardo estavam sempre cercados por jovens lindas como Emilly ou Monique, que se atiravam sobre eles."Mas... Eduardo é o pai da Emilly. "Pensou Maria, achando que o mundo h
Emilly assentiu.— Sim, posso tirar o veneno de Monique.Eduardo disse:— Isso é ótimo.— Mas... — Emilly olhou para Eduardo. — Preciso de algo para neutralizar o veneno.— Do que precisa? Vou providenciar imediatamente.Emilly curvou levemente os lábios.— Preciso do sangue de um parente consanguíneo de Monique para preparar o antídoto."Sangue de um parente consanguíneo?"O rosto de Maria, que estava ao lado, mudou na hora.Eduardo disse:— Eu sou o pai de Monique, ela é minha filha biológica. Pode usar o meu sangue!— Não! — Naquele momento, Maria gritou. — Você não pode usar o sangue do presidente Eduardo!Emilly voltou o olhar para Maria, observando a expressão aflita dela.— Por que não? Você não quer salvar Monique?Agora, com Emilly e Eduardo olhando para ela, Maria percebeu que tinha se exaltado.Ela não podia permitir que o sangue de Eduardo fosse usado, porque, se isso acontecesse, a verdadeira origem de Monique seria revelada.Maria disse:— Presidente Eduardo, sua saúde é
Eduardo disse:— Então é assim que você trata a sua própria filha biológica?Maria respondeu:— Eu... eu...Ela queria se explicar, mas seu coração estava em tumulto. Sob a pressão da presença imponente do homem mais rico do mundo, ela não ousou falar de qualquer jeito. Quanto mais ela dissesse, mais poderia se expor.A Sra. Berenice disse:— O pai de Emilly, na verdade, não é meu filho biológico. Ele foi adotado por mim. Durante todos esses anos, Monique esteve sempre ao lado de Maria, por isso é natural que Maria a tratasse como se fosse sua própria filha.A Sra. Berenice deu essa explicação.Eduardo não disse mais nada e olhou para Emilly.— Emilly, por enquanto vou confiar em você.Emilly respondeu:— Obrigada, Presidente Eduardo.— Mas quero que você retire o veneno de Monique.Emilly arqueou as sobrancelhas finas.— Presidente Eduardo, o senhor acabou de dizer que acredita em mim. Se o veneno não foi colocado por mim, por que eu deveria curá-la?Maria disse:— Emilly, o President
Maria queria muito dar um tapa forte em Emilly.Mas Maria não conseguiu, porque uma mão grande surgiu de repente, segurou firme o seu pulso e a impediu.Maria levantou o rosto e viu que era Eduardo.Ele estava parado bem à frente de Emilly, bloqueando o tapa que ela pretendia dar.O semblante de Maria mudou. Ela não esperava que Eduardo fosse proteger Emilly.Pelo que sabia, Eduardo e Emilly quase não tinham contato; agora, Monique era a filha de Eduardo e estava deitada na cama. Em teoria, ele não teria motivo algum para defender Emilly.O coração de Maria disparou como um alarme estridente.— Presidente Eduardo, essa Emilly teve a audácia de envenenar Monique. Por causa disso, Monique continua inconsciente até agora. Eu só queria dar uma lição nela.A Sra. Berenice logo se apressou em apoiar:— Isso mesmo, Presidente Eduardo. Emilly ousou envenenar Monique. Se não tivéssemos descoberto a tempo, a vida de Monique estaria em risco. Ela precisa ser castigada com rigor.Emilly olhava par
Nilo estava furioso.— Você!Nesse momento, Emilly segurou o braço de Nilo e balançou a cabeça para ele.— Nilo, não se preocupe. Eu mesma irei até a família Araújo.Nilo disse em voz baixa:— Emilly, essa Monique com certeza fez isso de propósito. Se você for à família Araújo, será como entrar diretamente na armadilha.Emilly olhou para o mordomo.— Eu confio no caráter do Presidente Eduardo. Ele jamais permitiria que eu deixasse a família Araújo sem segurança.Nilo ainda não concordava.— Mas, Emilly...— Nilo, eu só vou até a família Araújo. Também quero ver que tipo de veneno a Monique ingeriu.Vendo o olhar firme e lúcido de Emilly, Nilo não insistiu mais.— Então tome cuidado, Emilly.Ela assentiu.— Está bem.O mordomo disse:— Srta. Emilly, por aqui, por favor.Emilly o acompanhou e se afastou.Sofia e Daniela tentaram se aproximar, mas os seguranças de preto as impediram. As duas olhavam para Emilly com preocupação.— Emilly!Ela lhes lançou um sorriso tranquilizador.— Fiquem