CAPÍTULO 14

Não adiantava explicar nada. Simplesmente não valia a pena.

Toda aquela emoção de antes era só pelo trauma do aborto.

Quando se acalmou, Luana olhou para Júlia com indiferença:

— Você que sabe.

Virou as costas e foi embora, deixando só um silêncio gelado atrás de si.

Júlia ficou surpresa com essa postura. Fechou a cara:

— Metida.

A amiga, que estava pegando um remédio na farmácia, se aproximou, seguiu o olhar dela e perguntou:

— Quem era?

— Só um cachorro que minha família sustenta. — Respondeu Júlia, cheia de desprezo.

— Ué, então o cachorro te mordeu?

Júlia bufou:

— Que nada! Cachorro que não larga do dono, nem com chute. Só enche o saco.

Ela já tinha ouvido do Luís que Luana estava louca de ciúme por causa da volta da Bianca, fingindo divórcio enquanto espionava o irmão.

Se até essas jogadas baratas ela tentava, agora fazer cara feia era o de menos.

No fundo, tudo que a Luana fazia era só motivo de piada.

Logo esqueceu a cunhada e saiu com a amiga.

No caminho, recebeu uma ligação do