All Chapters of O Dono do Morro & A Filha do Pastor 1: Chapter 1 - Chapter 10
37 Chapters
Prólogo
"- Não me deixe: eu preciso de você. - A filha do pastor. - Deixar você seria como me sentenciar a morte. - O dono do morro."  “ Seu amor me salvou... o seu amor me levou ao encontro da redenção em Deus. "  Allan e Bella: dois mundos completamente opostos. O caminho dos jovens se cruzam, nascendo um sentimento capaz de romper barreiras. É quando Allan terá a difícil missão: escolher entre o amor ou a vida em que já se acostumou a ter. Como fazer essa decisão?Indecisão: uma simples palavra capaz de corromper a alma. E o remédio, qual seria? Amor: palavra tão curta, sem sentido, sem razão; não é preciso procurar palavras para explicar... simplesmente sentir e fazer com que este sentimento tente esquecer o passado.Para Allan, a bela Isabella era a chance de uma
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Capítulo 1
Bella analisava seu reflexo no espelho. Seus olhos brilhavam como esmeraldas e seu cabelo ruivo continha ondulações nas pontas. Vestia um longo vestido preto adornado por um cinto dourado. Aquele dia era especial: a primeira vez em que os jovens iniciavam evangelização em uma comunidade Paulista. - Está pronta? – Cris, seu irmão mais velho parou no batente da porta. - Sim. – Sorriu educadamente e pegou sua bolsa. Minutos depois se juntaram aos outros jovens. Após os cumprimentos, Isabella ficou ao lado dos seu melhores amigos: Malu e Ryan. Começaram a subir a rua debaixo de sol forte. O acesso não era muito fácil, pois possuía muitos buracos. A movimentação intensa chamava a atenção; motoqueiros subindo e descendo em alta velocidade e pessoas nas calçadas dançando. As meninas tinham dificuldades pois a ponta de seus saltos agarravam constantemente nos buracos, fazendo com que perdessem o equilíbr
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Capítulo 2
A semana se iniciava. E como a maior parte dela, Bella chegava na cozinha extremamente desanimada. - Bom dia! – O irmão a encara sorridente.“ Como alguém podia sorrir tão cedo?” – Se perguntava. - Bom dia. - O mau humor dela era visível. Pegou a tigela e seu cereal favorito.- Nada simpática você. – Brinca acostumado com o jeito estranho da irmã pela manhã. - Acordo cedo ou sou simpática, porque os dois na mesma frase: não rola. – Derrama o leite no copo e depois o cereal. - Calma Isabella, falta pouco... É o último ano. – Sabia que a secura dela era acarretada pelos infortúnios que sofria na escola. O que tirava o brilho da caçula. - Será que um dia vou deixar de parecer uma extraterrestre? - Todos olhavam para ela como se fosse diferente dos demais; apenas uma menina esquisita com valores esquecidos na sociedad
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Capítulo 3
Na favela existe uma frase que diz: “ Pra viver aqui tem que ser lobo, porque aquele que te abraça é o mesmo que te apunhala.”Allan não teve uma infância como as outras crianças: seus brinquedos eram armas. Assumiu o comando do morro aos dezessete anos, após o pai ser baleado em uma invasão e falecer. Sua vida se resumia a perigo: um dia após o outro, curtindo a vida da melhor forma possível. Depois de deixar a filha do pastor em casa, retornou para o morro. Tomou um longo banho e depois vestiu a calça jeans recém comprada e uma regata preta. Não economizou no perfume importado. Finalizou o visual com seus acessórios de ouro. Desce as escadas e vê a mãe sentada no sofá, assistindo novela; sorrateiramente se aproxima, assustando-a.- Onde vai assim tão arrumado? - Franze a testa.
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Capítulo 4
O som estava mais alto do que o normal. A comunidade extremamente movimentada naquele dia. Malu e Bella conversavam com as pessoas que permitiam que elas se aproximassem. Alguns meninos só demonstravam interesse para tentar seduzir as jovens. Não disfarçavam os olhares sem pudor. Isabella observa Roger; o rapaz que parecia ter uma boa condição. Ele estava com o semblante abatido, sem falar nos olhos arroxeados. - Eu já volto. – Deixou Malu conversando com uma senhora e se aproximou do rapaz. - Roger ? – Se assenta ao lado dele. - Em carne e osso. – Dá de ombros. - Tentei falar com você essa semana. – Diz cautelosa.- Eu sei... - Coça os olhos - Não me leve a mal, essa é a vida que eu tenho escolhido todos os dias e não me vejo preparado pra largar, eu não consigo. - Parece ser sincero.- Eu entendo. - Coloca a mão em seu ombro - Mas isso não o impede de aceitar meu convite de ir ao
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Capítulo 5
A luz do sol adentrava: iluminando o quarto. Bella levantou preguiçosamente e iniciou sua higiene matinal. O céu estava límpido. Fazia uma bela manhã de domingo. - Bom dia. – Entrou na cozinha. - Diego ligou, a evangelização começa mais cedo e termina quase umas cinco horas. - Cris avisa assim que vê sua irmã apontar. - Ok. – Encolheu os ombros desanimada.- Aconteceu alguma coisa? – O pai perguntou analisando-a. - Não, só estou com sono ainda. – Omitiu. Sentou-se na mesa, puxando a caixa de cereal. - Por um segundo pensei que você tivesse encontrado... – Não completa a frase. O pai se referia ao criminoso. - Não encontrei ninguém. – Pôs uma colher cheia da refeição na boca. - Querida, come devagar. – A mãe repreendeu. O resto da manhã passou em silêncio. Cada um em seus afazeres. Bella se arrumava para mais um dia de evangeli
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Capítulo 6
A razão e o coração da jovem diziam coisas distintas. Encontrava-se em uma batalha interna. Recebia o beijo cheio de intensidade e paixão. Mesmo não sendo experiente permitiu-se saborear aquele momento. Rodeou o pescoço de Allan com os braços, e sentiu apertar de modo possessivo sua cintura. O rapaz apressadinho escorregou a mão propositalmente. Tal ato fez Bella reagir de maneira impulsiva: empurrou-o bruscamente. - Isso não podia acontecer... - Um nó se formava em sua garganta. - Foi um erro desastroso. Aquele fora seu primeiro beijo. Apesar de ter gostado, seus princípios cristãos a fazia se sentir errada.- Está me dizendo que meu beijo é um desastre? – A fita desacreditado."Não... É maravilhoso!” – Ela pensou, no entanto emitiu o contrário. – Sim. – Deu de ombros. – Esqueça... faça de conta que esse beijo nunca aconteceu. – Suas palavras saíam com firmeza. - Ok. Já tive beijos melhores. – N
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Capítulo 7
O clima agradável; o sol morno aquecia de leve. Daquela forma uma nova semana iniciava-se. Bella e Cris faziam o trajeto de rotina. - Vamos no cinema hoje? – A ruiva com os cabelos estonteantes o encara. – Por favor!!!- Não resisto a seus pedidos malinha. – Balançou a cabeça positivamente. Ela beija a bochecha do irmão e retira-se do veículo. Se encaminha para a sala. O grupinho de sua algoz já se encontrava no local. A jovem assenta-se e fica rabiscando algo sem importância na mesa. - Santinha!! - A voz enjoada de Paty soou. Bella não faz questão de se virar. Ignorou a menina evitando discussão naquele momento. O professor de artes entrou na sala. Passou uma atividade com tema livre. A jovem encarou a folha ofício sem saber por onde começar. Allan não deixava de habitar seus pensamentos. Desde que o conheceu, algo dentro d
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Capítulo 8
" O amor NÃO escolhe hora ou lugar. Não escolhe cor, profissão ou religião. Ele escolhe corações.”  Bella tirava o pouco juízo que o marginal possuía. Os lábios aveludados dela não saíam de seus pensamentos. Minutos antes de estar no bairro de alto escalão, se encontrava na comunidade. - Tá ligado mano? - Repolho abanou as mãos. - Em que? - O olhava entediado. - No bagulho pô, o Ratazana não tá pagando. – Explicava ao amigo que parecia estar no mundo das nuvens. - Tá de brincadeira né mano? Tô me lixando pra esse mané. - Deu um gole na cerveja. - Se liga chefe, ele tá de fuleram com a gente. - Repolho insiste. - Dá um tempo pra ele, se nã
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Capítulo 9
O trânsito na segunda-feira de outono estava caótico. Tal demora no trajeto fez com que Bella chegasse ao colégio um tanto quanto atrasada.A jovem caminhou em direção a sala, emitiu leves batidas na porta: que logo foi aberta. - Licença. – Emitiu um sorriso simpático em direção ao professor de artes. - Entra Isabella. - Abriu espaço. Durante a aula, o professor elogia o trabalho dos alunos. Destaca o desenho de Bella que pareceu tão realista, como se tivesse feito olhos reais pela intensidade concentrada nas linhas.No intervalo passou um tempo conhecendo mais Luana. Percebeu que a jovem não era tão tímida quanto aparentava. - A santinha fez amiga. - Paty fica na frente de Bella com a mão pousada na cintura. - O que quer? – A ruiva pergunta exasperada
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