Ricardo passou a noite em claro, o que explicava as olheiras profundas e escuras sob seus olhos na manhã seguinte. Luana, por sua vez, manteve-se focada no prato, comendo em silêncio e evitando perguntas, mas Alexandre, sempre observador, não deixou o semblante abatido do filho passar despercebido.— Não está se sentindo bem? — Indagou o patriarca.— Não é nada. — Respondeu Ricardo, com a voz rouca e baixa.Alexandre desviou o olhar para a nora, esperando que ela dissesse algo, mas Luana se adiantou antes que ele pudesse cobrar qualquer atitude dela.— Pai, vou ao hospital hoje. — Avisou ela, limpando os cantos da boca com o guardanapo.Ele ponderou por alguns segundos, cortando a carne em seu prato com calma deliberada, até que assentiu.— Pode ir.— Obrigada pela compreensão. — Agradeceu Luana, com um aceno respeitoso.— Levo você. — Ricardo se ofereceu de imediato.O instinto de Luana foi recusar prontamente, mas Alexandre interveio sem nem levantar os olhos do seu filé:— Se não es
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