Todos os capítulos de Você Se Casou com Sua Musa, E Eu Virei Sua Obsessão: Capítulo 11 - Capítulo 20

Do lado de fora, começaram a soar as vozes de colegas curiosos, cheias de perguntas e murmúrios.Carolina apenas se surpreendeu por um instante, mas logo voltou ao normal. Não saiu de imediato, tampouco demonstrou pânico. Ao contrário: com toda tranquilidade, serviu um copo de suco, ergueu-o nas mãos e só então deixou a copa.Os colegas do setor executivo se voltaram para ela quase ao mesmo tempo. Porém, assim que cruzaram olhares, desviaram rapidamente, tentando disfarçar. Ainda assim, era impossível esconder a curiosidade e o tom de fofoca estampados em seus rostos.Afinal, momentos antes só estavam Carolina e Larissa dentro da copa. De repente, Larissa soltara um grito e saíra correndo com o rosto manchado de café... A cena, no mínimo, levava qualquer um a imaginar o pior.Todos sabiam que Larissa havia acabado de tomar para si o projeto que antes ficava sob responsabilidade da secretária Carolina. Que Carolina estivesse irritada era algo compreensível. Mas jogar café na colega, em

Larissa correu até Leonardo e agarrou-lhe o braço, chorando:— Léo, você não disse que esse projeto seria meu? Se eu não tiver resultados, quando formos negociar com a família Queiroz, da Cidade A, vai ser uma vergonha para mim!Ela já havia trocado de roupa. Vestia agora um modelo da temporada de uma grande grife, que lhe caía perfeitamente.Então era isso... Leonardo mantinha roupas de Larissa guardadas no quarto de descanso do próprio escritório. — Léo? — As lágrimas escorriam pelo rosto de Larissa enquanto ela o fitava.Leonardo, no entanto, hesitava em silêncio. Há pouco, as palavras do cliente haviam deixado claro seu descontentamento com Larissa.E, além disso, havia o peso da presença de Carolina...Se insistisse em manter Larissa nesse projeto, o prejuízo seria certo.Ele havia pensado em usar esse trabalho para destacar Larissa, mas, afinal, considerando que ela já tinha proximidade com a família Queiroz, mesmo sem esse mérito, talvez não fizesse diferença.— Está bem, Lari,

— Sr. Leonardo. — Os olhos de Daniel se enchiam de uma escuridão que lembrava um redemoinho sem fundo, carregada de uma pressão inegável. — Uma taça?Leonardo fixava a garrafa de vinho tinto diante de si. Sentia a garganta apertar.Não sabia por quê, mas um peso estranho lhe oprimia o peito.Daniel… Não parecia ter vindo com boas intenções.A aura sufocante que emanava dele quase se tornava palpável, tecendo dentro daquele reservado fechado uma rede invisível da qual Leonardo não conseguia escapar.Um garçom se aproximou em silêncio, abriu o vinho e serviu-lhe uma taça. Em seguida, retirou-se.Leonardo tentou recuperar o controle. Pegou a taça e sorriu para Daniel.— Sr. Daniel, por favor. — Disse isso e esvaziou o vinho de um só gole.Daniel o acompanhou. Também bebeu até a última gota.Leonardo acreditava que a cena terminaria ali, mas um leve movimento do dedo de Daniel fez o garçom voltar imediatamente para encher novamente as duas taças.— Sr. Leonardo. — Disse Daniel, girando o v

A mente de Carolina ressoou como se tivesse explodido num zumbido ensurdecedor. O pânico intenso a fazia se debater com todas as forças, mas os braços de Daniel, firmes como uma montanha, não cediam um milímetro.E, pior ainda, parecia que sua resistência apenas alimentava o desejo nos olhos dele.— Daniel, tente se acalmar. — A voz dela tremia.Ela realmente lhe devia um favor. Mas… Não poderia ser dessa forma, entregando-se assim, de maneira tão precipitada.— Pare de se mexer. — Daniel rosnou, a voz carregada, as veias saltando em seu pescoço. — Se não quiser que eu perca o controle de vez…Os olhos vermelhos dele estavam fixos em seus lábios, prestes a ceder à tentação. E, mesmo assim, ele se agarrava à última réstia de lucidez.O corpo de Carolina congelou."Então… O que ele havia dito antes não era nesse sentido?"— Eu… Como o senhor quer que eu ajude? — Perguntou, a voz engasgada.A palma quente de Daniel pousou em sua cintura. Mesmo através do tecido, ela sentia a febre de sua

A primeira reação de Leonardo foi correr até Larissa e puxá-la para o lado.Enquanto isso, Carolina permanecia imóvel.Ela sabia que precisava se esquivar, mas a cena diante de seus olhos era idêntica ao acidente de dois anos atrás. Num piscar de olhos, seu corpo inteiro paralisou.— Carol. — O grito desesperado de Leonardo ecoou em seus ouvidos.No instante seguinte, uma sombra veloz surgiu, cortando o ar com força. Um braço firme a envolveu, arrastando-a para um abraço avassalador.A pressão era tamanha que parecia que os ossos dela seriam esmagados. Ele a puxava em um movimento brusco, quase torcendo o próprio corpo, recuando cambaleante com ela nos braços, escapando por um triz da carreta que avançava.Gritos de pânico irromperam ao redor. O caminhão, por fim, freou com estrondo antes de atingir a fachada do hospital e morreu ali, soltando fumaça.O motorista desceu apavorado, tropeçando nas próprias pernas, pedindo desculpas sem parar.— Me desculpem, me desculpem. O caminhão falh