Daniel não disse nada. Apenas ouvia em silêncio.— Depois, minha mãe ficou gravemente doente. Chamamos os melhores médicos, mas, ainda assim, não conseguimos salvá-la. — A voz de Carolina já vinha embargada. — Nos seus últimos momentos, ela segurou a minha mão e disse que não esperava grandes conquistas de mim, só queria que eu nunca desistisse da dança.Os olhos de Carolina estavam vermelhos.— Eu prometi para a minha mãe. Jurei que nunca, em nenhuma circunstância, deixaria de dançar. Mas agora... Eu não posso mais dançar. Se ela soubesse, ficaria tão decepcionada, não é?Daniel a observava, vendo como a lembrança a fazia sofrer. Sua garganta se moveu levemente antes que finalmente rompesse o silêncio.Ele estendeu a mão devagar, contida e delicada ao mesmo tempo, pousando-a sobre a dela, que tremia.— Não diga isso. — Sua voz saiu baixa e suave, como se carregasse uma força capaz de acalmar a dor. — Sua mãe não ficaria decepcionada. Quando pediu para você não desistir da dança, o que
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