Dizer que eu não estava nervosa seria uma mentira. Desde o divórcio, Carlos já havia me permitido muitas coisas, não importava o que eu fizesse, ele nunca me colocou em uma situação desesperadora de verdade.Mas agora, ao propor o negócio, eu estava me colocando em uma posição diferente. Mantive minha calma, olhando diretamente para Carlos o mais tranquilamente possível. - Eu sei. Estou falando sério.- Como você vai provar sua sinceridade?Os olhos de Carlos desceram do meu rosto até o cobertor, levantando uma sobrancelha com um significado muito claro.Se eu não entendesse o que ele estava insinuando, eu seria uma idiota. Meu rosto queimou, me sentindo como um peixe numa tábua de cortar, à disposição de qualquer um. Mas logo me convenci de que era difícil engravidar, então não havia motivo para preocupação.E não era como se fosse a primeira vez que eu e Carlos fizemos sexo, não havia necessidade de hesitar. Depois de pensar sobre isso, desvendei o cobertor. O quarto estava que
Nas ruas da Cidade A, o trânsito era intenso.Eu estava sentada há cerca de duas horas, em uma cafeteria chamada "Meeting", em um canto perto da parede, de frente para o balcão onde uma jovem de avental azul claro estava ocupada preparando diversas bebidas.Ela tinha cerca de 1,60m de altura, não parecia pesar mais de 45 quilos. Sua pele era clara, ela era bem magra e adorava sorrir. Seus cabelos negros e espessos estavam presos em um rabo de cavalo alto e seus olhos em forma de lua crescente, faziam o sorriso dela parecer contagiante.- Senhora, gostaria de mais uma xícara? - Ela se aproximou, me perguntando com um sorriso radiante.Fiquei um pouco constrangida, pois acabei me perdendo observando essa jovem por um momento. Ainda bem que sou mulher, senão poderia ser confundida com um pervertido ou algo do tipo.- Está bem, mais um café puro. - Respondi com um sorriso educado, minha voz era suave.Logo, a moça trouxe outra xícara de café amargo para mim. Em vez de ir embora imediatamen
- Eu estou falando sério. - Eu permaneci sentada, enfrentando aqueles olhos opressores com calma. - Já se passaram cinco anos, de qualquer forma você nunca vai me amar, então vamos nos dar uma saída mútua.Daqui a um mês, haverá uma grande conferência comercial na Cidade A, onde Carlos estará presente e conhecerá Celeste, que estará trabalhando como recepcionista de meio período. Será amor à primeira vista e ele estará determinado a conquistar ela, mesmo que fosse necessário tomar medidas drásticas.Mas eu não vou mais desempenhar o papel de peão na intensa história deles.Eu já fiz o que eu queria, o que eu podia e o que deveria fazer na vida anterior. Eu obtive os resultados finais, e nesta vida eu não vou me tornar uma piada novamente, nem vou arrastar a família Correia para o abismo.Decidi me afastar antes de Carlos e Celeste Fontes se encontrarem, dando a eles o espaço para o primeiro passo para seu árduo caminho romântico.Talvez porque meu olhar estivesse realmente sério, o ros
Essas pessoas são minhas melhores amigas. Na vida passada, minha família foi arruinada pelo Carlos, que estava louco por amor. Foram elas que estenderam a mão para me ajudar. Embora não tenham conseguido derrotar o Carlos, a dificuldade revelou a verdadeira amizade delas, e seus corações sinceros permaneceram em minha memória.Então, contei a elas sobre meu divórcio com o Carlos.Bem, exceto a parte que eu renasci.Depois de ouvirem minhas palavras, as três ficaram em silêncio por alguns segundos e então aplaudiram juntas:- Ótimo! Para celebrar a Samy se libertando do amor insano, esta noite vamos nos divertir até não podermos mais!- Um brinde! - Eu também gritei alegremente, levantando meu copo com meu braço ossudo e pálido levantados bem alto.Parecia que eu podia ver a mim mesma e ao Carlos se divorciando e seguindo livremente para uma nova vida, deixando a tragédia da vida passada para trás.Com um pouco de embriaguez, a coragem das quatro mulheres também aumentou rapidamente.La
- Não sonhe acordada, Samantha. Eu quero que você se arrependa da decisão de se casar comigo pelo resto da sua vida. - Disse Carlos, recuperando sua frieza e calma. Parecia que ele tinha percebido minha intenção. - Se você quer brincar cada um o seu, então vamos brincar cada um o seu.Fiquei chocada. Ele aceitaria até mesmo ter chifres na cabeça para me fazer lamentar ter me casado com ele?Eu não esperava que ser forçado a se casar comigo tivesse causado um trauma psicológico tão grande nele, que ele precisasse de uma vingança extrema para se sentir aliviado.Enquanto meu cérebro estava temporariamente confuso, Carlos de repente colocou a mão em minha cintura, pressionando meu corpo contra o dele. Ele lambeu os lábios, seu olhar era sombrio e misterioso.- Quer que eu ajude você a se desenvolver de novo? - Perguntou Carlos.- Não! - Disse imediatamente, empurrando Carlos para longe.Pessoas destinadas a se separar não deviam ter contatos desnecessários.Carlos semicerrou os olhos, olh
Eu, junto a uma pilha de suplementos alimentares, estava sentada no banco de trás, pensando profundamente antes de dar instruções a Montes:- Montes, vá até a agência de serviços domésticos e contrate algumas empregadas confiáveis, aquelas que cozinham especialmente bem. De preferência, com qualificação de nutricionista.- Certo, senhora. - Respondeu Montes.Depois de me casar com Carlos, os pais de ambos sugeriram contratar alguns empregados para limpar a casa, cuidar do jardim e cozinhar. No entanto, eu, que estava doente de amor, recusei.Eu sentia que ter mais alguém no nosso “ninho de amor" seria incômodo e atrapalharia nossos momentos de intimidade, como transar da sala até a cozinha, por exemplo.O resultado foi previsível, eu vivia como uma viúva, mesmo não sendo uma.Agora que renasci, não devia mais ter esses sonhos tolos e confusos.De volta para casa, eu andava na frente carregando minha bolsa de marca, enquanto Montes segurava a pilha de suplementos alimentares atrás de mi
Tatiane finalmente me reconheceu. Seu rosto ficou vermelho e pálido alternadamente, e havia um forte olhar hostil, mas ela não se atrevia a me desafiar diretamente.Puxei minha mãe para se sentar do meu lado e comecei a reclamar:- Na verdade, eu não queria vir hoje, mas o Carlos me pediu para acompanhá-lo, é tão chato.- Minha criança, isso é um assunto sério, não é nada chato. - Minha mãe segurou minha mãozinha e, embora estivesse me repreendendo, seu tom era muito carinhoso.De relance, olhei para Tatiane e continuei a conversa como se nada tivesse acontecido:- É chato, sim. Ah, mãe, eu mandei o Montes contratar algumas empregadas na empresa de serviços domésticos para mim. De repente, fiquei com vontade de engordar. O Carlos disse que estou muito magra, então tenho que comer mais e dormir mais.Tatiane mordeu seus lábios carnudos, parecia estar se segurando com dificuldade.- Você deveria ter feito isso antes. Vocês dois moram em um lugar tão grande, como você vai dar conta sozinh
Minha mãe ficou assustada e rapidamente se sentou na cama, me abraçando enquanto me confortava:- Oh, minha filha, o que aconteceu com você? Tenho certeza de que você foi maltratada pelo Carlos. Amanhã vou lá na casa dos Oliveira exigir uma explicação. Como ousam fazer mal à minha filha...- Mãe, o Carlos não me maltratou, foi apenas minha emoção, você é tão boa comigo... - Eu abracei a cintura da minha mãe, engasgando com as palavras.De fato, o Carlos não me maltratou, todas as coisas foram resultado da minha própria vontade e insistência.Ele era um vilão sincero, e eu era uma admiradora bem tola.Minha mãe acariciou suavemente minhas costas, suspirando profundamente. Eu era a sua única filha, ela era a pessoa que mais me entendia, como ela não saberia o quanto eu sofri nas mãos do Carlos?Eu nunca fui uma pessoa chorona, então era impossível que eu chorasse sem ter guardado muitas mágoas no coração.- E você ainda quer comer panquecas? - Ela me perguntou.- Sim, estou morrendo de v