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Capítulo 57

Estava prestes a rebater quando a chamada foi atendida, e a voz de Hugo ecoou.

- Alô?

Eu, ansiosa e irritada, sem perceber, comecei a encher os olhos de lágrimas, dominada por uma intensa frustração.

Carlos continuava ao telefone, mas fixava seus olhos em mim.

Ao perceber que eu chorava de raiva, ele se surpreendeu e, enfim, disse a Hugo:

- Nada, disquei por engano.

Ao vê-lo desligar, senti um alívio no coração.

Subi então na cama e me cobri, sem ânimo para dar atenção a Carlos.

Carlos continuou em silêncio.

Escutei seus passos se dirigindo ao banheiro e, logo depois, o som da água.

“Ele não vai querer dormir aqui esta noite, será?”

Eu estava inquieta.

Sinceramente, preferia não dividir a cama com Carlos.

Primeiro, porque é fácil nos envolvermos demais; segundo, receio que minha vontade se enfraqueça.

Há uma multidão na internet brincando que eu deveria cuidar do pós-parto da amante de Carlos.

Embora seja apenas conversa, penso que, na relação física, a mulher tem mais a ganhar.

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