Numa noite de festa, Helena Almeida ouviu Leonardo Mendes dizer: — Helena é muito bonita. Quando a cortejei, foi porque ela me lembrava um pouco a Camila Ribeiro. Todos esses anos, estive apenas tentando encontrar a sombra de Camila nela. Só então ela percebeu que sempre foi apenas uma substituta. Naquela mesma noite, ela discou um número que não ligava há muito tempo. — Oi, pai. Eu aceito voltar para casa e aceitar o casamento arranjado. Mais tarde, em um grande banquete, Leonardo viu o rosto que ele desejava noite e dia. Ao descobrir a verdadeira identidade de Helena, ele enlouqueceu completamente… No dia em que Helena fugiu de casa para evitar o casamento arranjado, Gabriel Costa ficou diante da janela, girando suavemente uma taça de vinho tinto. Seus olhos estavam sombrios e indecifráveis. — Helena, um dia você voltará para mim por vontade própria. Diziam que Gabriel, o jovem herdeiro mais poderoso de Cidade J, era reservado e indiferente às mulheres. Helena acreditava nisso cegamente. Até que, mais tarde, ela descobriu o quão louco ele podia ser por trás de sua fachada de homem refinado e inatingível.
View MoreLeonardo voltou para o apartamento que havia comprado recentemente, bem ao lado do de Helena. Ele entrou no banheiro e ligou o chuveiro, deixando a água quente escorrer pelo corpo enquanto esfregava sua pele de forma quase obsessiva.— Helena... Helena... — Ele murmurava, com a voz embargada.Leonardo passava as mãos com força pelo corpo, a ponto de deixar a pele avermelhada. Suas lágrimas se misturavam com a água que caía do chuveiro.— Eu não sou sujo... Não sou... Se eu me lavar, vou ficar limpo... Você não vai me desprezar......Helena entrou em seu quarto, mas não conseguia encontrar sossego. Seu coração estava inquieto, e a mente não parava de girar em torno do que havia acabado de acontecer. A gravação que Leonardo havia mostrado era, sem dúvida, a voz de Susana. Ela realmente tinha sido tirada da custódia da polícia? Por que Gabriel nunca mencionou isso? E a "emergência" que ele disse estar resolvendo naquela noite... Será que tinha mesmo algo a ver com Susana?Deitada na cam
Helena não conseguia sequer pensar na possibilidade que Leonardo havia insinuado. O coração dela parecia preso na garganta, e seus dedos tremiam levemente. "Não pode ser. Gabriel jamais faria isso!" Ela repetia para si mesma, tentando se convencer. Ele tinha prometido que só havia espaço para ela em sua vida, em seu coração. Mas como explicar a gravação que acabara de ouvir? A mente dela estava um caos.Leonardo permaneceu em silêncio por alguns instantes, como se quisesse dar a Helena tempo suficiente para se afogar em seus próprios pensamentos.Depois de um momento, ele retomou, com a voz calma e carregada de intenção:— Susana sequestrou sua irmã. Ela tentou te matar. Gabriel levou uma facada para te proteger, e Susana quase o matou. Depois de tudo isso, com tudo o que ela fez, a família Costa jamais a deixaria escapar impune. Mas pare e pense, Helena... Susana já estava nas mãos da polícia. Por que, então, bastou ela dizer que estava grávida para que, de repente, alguém a tirasse
Helena dirigiu até um restaurante próximo, onde comeu algo simples apenas para matar a fome. Quando voltou para o condomínio, já passava das dez da noite. Ela estacionou o carro, apertou o botão do elevador e subiu até o andar do seu apartamento. Ao chegar à porta, usou a digital para destrancar. Assim que abriu a porta, ouviu alguém chamando seu nome por trás.— Helena.Ela se virou e viu Leonardo parado sob a luz do corredor. Ele usava um casaco longo de lã em tom cinza-escuro, com a expressão serena e um leve sorriso no rosto. Parecia impecável, quase como um galã daqueles que sabem exatamente o impacto que causam.Ao reconhecê-lo, Helena franziu o cenho.— Leonardo, o que você está fazendo aqui?Ele não respondeu de imediato. Em vez disso, devolveu a pergunta com um tom casual:— Onde você esteve hoje? Por que chegou tão tarde?Helena manteve o semblante fechado.— E o que isso tem a ver com você?Leonardo deu de ombros, fingindo indiferença.— Só estou preocupado com você.— Não
Helena saiu do hospital e foi direto para o escritório trabalhar no caso de Noah. Ela queria organizar todos os documentos necessários para dar entrada no reconhecimento do acidente de trabalho na segunda-feira, assim que o INSS abrisse.Ela passou a tarde inteira ocupada e até esqueceu que tinha combinado com Gabriel de encontrá-lo à noite. Quando o celular tocou, Helena ainda estava concentrada nos papéis sobre a mesa.— Helena, onde você está? Vou te buscar. — A voz de Gabriel soava tranquila, mas direta.— O quê? — Helena piscou, como se despertasse de um sonho. — Ah, eu esqueci de te avisar. Estou no escritório, trabalhando.— Trabalhando? — Gabriel soou surpreso. — Não estava com a Júlia e as outras no shopping?Helena segurou o celular entre o ombro e a cabeça, enquanto digitava no teclado.— Não. Surgiu um caso urgente, então voltei para o escritório.— E você já comeu? — Perguntou Gabriel.— Ainda não.— Vou te buscar para jantarmos. Você pode resolver isso amanhã. Já está tar
Noah terminou de adicionar o contato de Helena no celular e, em seguida, abriu um aplicativo de delivery. Ele usava apenas a mão esquerda para deslizar a tela, já que a mão direita não existia mais. O pulso estava envolto em uma atadura branca, resultado de um acidente que o marcara para sempre.Helena observou a dificuldade dele por alguns segundos antes de intervir.— Deixa que eu te ajudo.Noah sorriu, meio sem jeito.— Ah, obrigado, Dra. Helena. Vou te dar trabalho.Helena pegou o celular dele e olhou para a tela. No entanto, ao ver o que estava na tela, ela parou, surpresa. Era uma lista de refeições extremamente baratas. Ela sequer sabia que algo tão barato poderia ser vendido como comida.Helena franziu levemente a testa e pensou consigo mesma: "Como algo tão barato pode cobrir os custos? Que tipo de ingredientes eles usam para fazer isso?" Noah percebeu sua hesitação e perguntou, confuso:— Aconteceu alguma coisa, Dra. Helena? Pode escolher qualquer um de dez reais. Todos são
Larissa sentiu um aperto no coração. — Não se preocupe, Felícia. A Dra. Helena é uma pessoa muito boa, ela não vai se importar com essas coisas. Pode ficar tranquila. — Larissa tentou passar segurança enquanto estendia a mão para tocar a cabeça da menina.Felícia, por causa da quimioterapia, havia perdido todo o cabelo e, para sair de casa, sempre usava um gorro de lã rosa, muito fofo. Larissa sabia que aquele gorro tinha sido um presente de Noah, e a menina o tratava como um verdadeiro tesouro.O coração de Larissa ficou apertado, e seus olhos começaram a arder com as lágrimas que teimavam em se formar. A mão estendida parou no ar por um momento, antes de descer devagar e pousar suavemente sobre o gorro da menina.— Felícia, não se preocupe. A Dra. Helena com certeza vai ajudar no caso do seu irmão!— Tá bom. — Felícia finalmente desfez a expressão tensa do rosto e abriu um sorriso inocente e sincero. — Obrigada, Larissa. Obrigada, Dra. Helena.Helena, que dirigia e ouvia a conversa
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