Larissa não conseguiu segurar as lágrimas. Seus olhos vermelhos encararam Helena, enquanto sua voz saía entrecortada: — Dra. Helena... E se a Felícia realmente... Antes que ela pudesse terminar a frase, Helena a interrompeu com firmeza: — Não! A Felícia vai ficar bem! Larissa engoliu em seco, tentando controlar o choro. Ela apertou os lábios, forçando as lágrimas de volta. Durante toda a tarde, Helena esteve distraída, incapaz de se concentrar totalmente no trabalho. Ela encontrou um momento para fazer uma ligação. — Ainda não encontraram uma medula compatível? A resposta do outro lado foi educada, mas desanimadora: — Srta. Helena, estamos nos esforçando ao máximo. Assim que tivermos alguma notícia, entraremos em contato imediatamente! …À noite, Gabriel foi buscar Helena no trabalho, e os dois saíram para jantar juntos. A atmosfera do restaurante era elegante e romântica. Uma suave melodia de piano preenchia o ambiente, enquanto velas e rosas adornavam as mesas.
Ao sair do apartamento, Gabriel pegou a sacola de café da manhã deixada por Leonardo e a jogou diretamente na lixeira do prédio. Em seguida, ele virou-se para um dos seguranças ao seu lado e ordenou friamente:— Descubra tudo sobre Leonardo.Os subordinados de Gabriel foram rápidos e logo descobriram que Leonardo havia pago uma quantia alta para comprar o endereço detalhado de Helena diretamente da empresa de administração do condomínio.Gabriel imediatamente ordenou que um processo fosse movido contra a empresa de administração e convocou o diretor-geral da empresa para uma conversa. O homem, um sujeito de cerca de quarenta anos, chegou ao encontro completamente alheio ao que estava por vir. Ele acreditava que o presidente do Grupo Costa o havia chamado para propor uma parceria.Gabriel não costumava se dar ao trabalho de lidar pessoalmente com pessoas de tão baixo nível. Quem o recebeu foi Marco, seu assistente direto. O homem entrou na sala com um sorriso servil, curvando-se lev
Na verdade, Gabriel não contou o detalhe mais cruel: Susana havia sido morta com um corte na garganta, de forma brutal e horrenda. Seu pai, que já estava com a saúde debilitada, também fora assassinado pelo mandante. Além disso, Diogo, o homem que foi usado como ferramenta para o crime, e sua mãe igualmente perderam a vida.Gabriel, por estar na posição que ocupava, já havia testemunhado inúmeras atrocidades. Essas tragédias, por mais sombrias que fossem, ele conseguia suportar. Mas Helena era diferente. Ela tinha um coração bondoso, uma empatia quase ilimitada. Saber de tudo isso certamente a deixaria arrasada, incapaz até mesmo de comer. Por mais que Susana tivesse culpa, seu pai e a mãe de Diogo eram inocentes. Gabriel puxou Helena para seus braços, encostando o queixo no espaço entre o ombro e o pescoço dela. Ele respirou fundo, como se tentasse encontrar um instante de paz.— Helena, tantas coisas têm acontecido ultimamente. Vivo no limite, sempre tenso, mas quando estou com voc
Helena ficou paralisada por um instante, mas rapidamente mudou a expressão de irritação para um sorriso acolhedor, como se nada tivesse acontecido. A rapidez com que ela ajustou o semblante foi impressionante.— Gabriel, você chegou.Gabriel arqueou levemente as sobrancelhas, seu olhar carregado de uma seriedade contida.— Você mencionou o Leonardo agora há pouco?Helena não tentou esconder nada. Respondeu de forma honesta:— Ele veio aqui bater na minha porta.Foi então que Gabriel notou a sacola de café da manhã encostada na parede. Ele abaixou os olhos para ela e perguntou, num tom neutro que não deixava transparecer nenhuma emoção:— Ele veio trazer café da manhã para você?— Sim. Não sei o que deu nele logo cedo. Eu estava dormindo tão bem e ele simplesmente me acordou com as batidas na porta. — Respondeu Helena, com uma evidente irritação, deixando clara sua aversão.Gabriel continuou:— Como ele sabia o número exato do seu andar e do seu apartamento?Helena foi pega de surpresa
Gabriel recolheu a suavidade de seu olhar e desligou o telefonema com Helena. Assim que encerrou a chamada, o celular tocou novamente. Era Alex. Gabriel atendeu com a voz fria e cortante: — O que foi? Do outro lado, Alex falava com nervosismo, a voz trêmula: — Senhor, aconteceu algo grave... Acabamos de receber a notícia de que o pai de Susana se jogou do telhado do hospital. Ele cometeu suicídio. Eu suspeito que isso não seja uma coincidência... E também recebemos outro relatório sobre... Sobre... Gabriel apertou os olhos, e sua voz carregava gelo: — Sobre o quê? Alex engoliu em seco, hesitante: — Sobre a mãe de Diogo... Ela foi encontrada em casa, aparentemente intoxicada por monóxido de carbono. Ela teria acendido carvão para aquecer a casa. O olhar de Gabriel tornou-se ainda mais afiado. — Ela ainda pode ser salva? Alex respondeu em um tom de desespero: — Quando nossos homens chegaram lá, ela já estava sem vida... Os olhos de Gabriel brilharam com uma fr
Susana teve a garganta cortada por um dos homens encarregados de vigiá-la na base. O golpe foi preciso, fatal, e ela morreu na hora. O assassino foi rapidamente contido pelos outros membros da equipe. No entanto, antes que Gabriel chegasse, o homem começou a sangrar pelos olhos, ouvidos, nariz e boca, morrendo logo em seguida.Quando Gabriel entrou no porão da base, o corpo de Susana já estava coberto com um lençol branco. Sob ela, uma enorme poça de sangue se espalhava pelo chão. Ao lado, o homem que havia matado Susana jazia morto, também em meio a uma poça de sangue. Era Diogo, um dos homens que trabalhava para Gabriel na base.Alex, o responsável pela base, estava ao lado de Gabriel. Ele tremia visivelmente enquanto relatava o ocorrido, com a voz cheia de nervosismo:— Senhor, esta noite Diogo e Heitor estavam de plantão. Não sei quem deu a ordem, mas Diogo, de repente, atacou Susana. Ele foi rápido e certeiro, atingindo diretamente o ponto vital. Heitor tentou intervir, mas já er