Os olhos negros de Helena brilhavam com frieza. — Quem está procurando a morte aqui é você. Percival, ao perceber a expressão sombria de Jacó, instintivamente deu um passo à frente, posicionando-se como um escudo para proteger Helena. Mas Helena estendeu a mão e o empurrou levemente para o lado. — Saia da minha frente. Quero ver até onde ele vai com essa palhaçada hoje. Helena deu um passo à frente, ficando entre Percival e Jacó. Ela lançou um sorriso gelado para Jacó e disse: — O que foi? Está com saudade da cadeia? — Vai se foder! — Jacó xingou e avançou na direção de Helena, tentando golpeá-la. Helena desviou do ataque com um movimento ágil e já estava pronta para reagir. De repente, uma perna surgiu ao lado dela e acertou um chute violento no estômago de Jacó, lançando-o longe. Um grito coletivo de surpresa ecoou entre a multidão. Os espectadores, especialmente os de Cidade D, arregalaram os olhos e levaram as mãos à boca, incrédulos. Quem teria coragem de faz
Percival lançou um olhar frio para Verônica e disse com firmeza: — Senhora, você é adulta e deveria ter consciência de que precisa responder por suas palavras. Se continuar caluniando e insultando minha amiga, vou tomar as medidas legais necessárias contra você. — Ai, que medo! — Verônica revirou os olhos, com um sorriso debochado, e respondeu em um tom cheio de sarcasmo. — Então me processa, vai! Quero ver. Verônica estava tão arrogante porque sabia que, dentro daquele navio, tinha o apoio de amigos influentes. Alguns deles faziam parte da elite de Cidade D, um grupo de jovens ricos e privilegiados que desprezavam pessoas como Helena, que, para eles, era apenas uma mulher pobre e fútil, preocupada em ostentar bolsas falsas. Além disso, Verônica sabia que Helena tinha problemas com Jacó. Desde que ele saíra da detenção, sua primeira frase havia sido: "Eu vou acabar com ela." E, para completar, Verônica tinha certeza de que Chloe, a mulher que havia demonstrado habilidades sur
Depois de passar um tempo aconchegante no quarto, o celular de Helena começou a tocar.Gabriel lançou um olhar frio para o aparelho antes de dizer:— Desliga.Helena o lembrou:— Estamos aqui para participar da festa de aniversário dela.Então, ela atendeu o telefone.A voz de Raquel soava tranquila, sem qualquer sinal de aborrecimento:— Helena, vocês não podem ficar no quarto o tempo todo! Venham aproveitar a festa. Convidei também a Júlia e a Inês. Acabei de vê-las subindo a bordo.— Tudo bem, já estamos indo.Helena desligou o telefone e olhou para Gabriel.— Vamos sair. A Júlia e a Inês também estão aqui.Gabriel, com o humor levemente perturbado pela interrupção, respondeu com um seco:— Hmm.No primeiro andar, o salão principal era amplo, iluminado por um enorme lustre de cristal que irradiava luxo e sofisticação. Sob a luz brilhante, grupos de pessoas estavam reunidos, conversando, rindo e brindando.Todos os convidados já haviam chegado, e o navio começava a deixar o porto, de
Raquel segurou o braço de Helena e a conduziu até a porta do quarto onde ela ficaria hospedada naquela noite. — Helena, este é o seu quarto. — Disse Raquel, com a voz um pouco hesitante. Helena assentiu levemente e respondeu: — Obrigada. Logo depois, Raquel olhou para Gabriel e apontou para a porta de outro quarto, localizado na diagonal do de Helena. — Gabriel, o seu quarto fica ali. Helena parou por um instante ao ouvir isso. Raquel tinha decidido separá-los. Ela abaixou os cílios, mas não disse nada. Gabriel, no entanto, lançou um olhar frio para Raquel antes de dizer: — Não precisa se preocupar. Vou ficar no mesmo quarto que a Helena. Os cílios de Raquel tremeram, e ela rapidamente tentou argumentar: — Mas o quarto da Helena é individual. Vocês dois juntos lá vai ficar muito apertado. O navio de cruzeiro era imenso, com mais de cem cabines luxuosas e completas. Cada quarto era decorado com sofisticação, e as áreas de lazer incluíam cinema, bares, salão de fest
Na véspera do aniversário de Raquel, Helena recebeu uma ligação logo após o almoço. — Oi, Helena, amanhã chegue cedo, tá? — Disse Raquel, animada. Helena perguntou: — A festa de aniversário não é à noite? — A festa é à noite, mas o nosso cruzeiro vai sair à tarde. Vamos passar dois dias no mar. — Certo, a que horas partimos? — Assim que todos os convidados chegarem. Mas... Eu quero te ver mais cedo, então tente chegar antes, tá? — Tudo bem. No dia seguinte, o tempo estava ensolarado. Helena vestiu um longo vestido azul de alças no pescoço, que havia comprado no shopping, e fez uma maquiagem leve. Prendeu os cabelos de maneira simples com um prendedor, deixando-os soltos na nuca. Ela não quis fazer uma produção elaborada nem usar maquiagem completa. Afinal, era o aniversário de Raquel, e Helena não queria, de forma alguma, roubar o brilho da aniversariante. Gabriel estava sentado ao lado, esperando pacientemente enquanto ela se arrumava. Helena preparou uma peque
Do outro lado da linha, Chloe pareceu hesitar por um momento. Sua voz estava um pouco diferente do habitual, e ela respondeu de forma gaguejante: — Co... Comi, sim. Helena pensou: será que Chloe também tinha ouvido algo? Ah, meu Deus, que vergonha! O rosto de Helena ficou ainda mais vermelho. Tudo culpa de Gabriel e de suas artimanhas irresistíveis. O beijo de joelhos tinha deixado Helena completamente atordoada, a ponto de ela esquecer que praticamente todas as noites jantava com Chloe. Naquele horário, Chloe provavelmente tinha ido chamá-la para jantar. — Tá... Tá bom. — Helena respondeu, também gaguejando, antes de encerrar a ligação. Depois do jantar, Gabriel começou a insistir para que Helena o deixasse passar a noite. Ele garantiu várias vezes que não faria nada, que só queria abraçá-la para dormir. Helena, ainda se sentindo um pouco culpada por tê-lo escondido de Fernanda mais cedo, como se ele fosse alguém que não deveria ser visto, acabou cedendo. Naquela n