O corpo delicado de Emilly deslizou suavemente em direção ao chão, mas foi amparado pelo braço do homem que envolvia sua cintura macia.Ela estava prestes a se entregar àquele beijo ardente.Mateus estendeu a mão para desabotoar a roupa dela e perguntou com a voz rouca:— Tem preservativo aqui?Emilly balançou a cabeça. Não tinha.— Vou pedir para o secretário mandar um. — Ele pegou o celular para ligar.Emilly o impediu rapidamente. Para ele, era algo totalmente normal fazer esse tipo de pedido ao secretário. Para ela, significava nunca mais conseguir encará-lo.— Não...Os lábios finos de Mateus deslizaram pelo pescoço rosado dela, descendo em beijos.— Não o quê?O cabelo curto dele roçou na pele sensível de seu queixo, fazendo-a sentir uma mistura de dor e cócegas. As mãozinhas dela se entrelaçaram nos fios curtos e o afastaram com delicadeza.— Mateus, não.A cabeça dela estava um caos. Não havia planejado ter algo com ele de novo, pois tudo naquela noite parecia confuso demais.M
As costas delicadas foram pressionadas contra a parede de porcelana branca, e a água morna caiu de cima, encharcando-a de repente. Ela levantou a mão e empurrou o homem à sua frente.— O que você está fazendo?A água escorria pelo rosto imponente e belo do homem, acompanhando os contornos marcantes de seu rosto anguloso. Deslizava por seu pomo de Adão proeminente, até alcançar a clavícula masculina e sensual, descendo ainda mais...Uma verdadeira cena de banho de um deus grego; um espetáculo visual irresistível.Emilly sentiu como se tivesse pegado fogo de repente. Seu corpo inteiro parecia em combustão. Como um cervo assustado, não sabia para onde olhar, perdida e envergonhada.Mateus a pressionou contra a parede, com um sorriso divertido nos lábios finos.— Por que está tão envergonhada? Já viu cada parte do meu corpo, não foi?Emilly não esperava que ele a tivesse puxado para dentro. Naquela noite, ele estava sob efeito de alguma substância, em um estado de delírio, mas agora... ele
Emilly realmente não esperava que ele voltasse. Há pouco, Monique havia sido tão mimada ao telefone, exigindo que ele a acompanhasse, mas, mesmo assim, ele não foi.Monique sempre fora o xodó do coração dele. Antes, bastava uma ligação dela, mesmo sob efeito de drogas, e ele largava tudo para ir até ela.Essa era a primeira vez que ele não o fazia.Com o temperamento que Monique tinha, era difícil imaginar o quanto ela estaria surtando agora.Mateus a observava.— No que estava pensando agora há pouco?Ele estivera parado atrás dela, vendo-a de cabeça baixa, quieta, como se estivesse imersa em pensamentos.De repente, lembrou-se da garota naquela caverna, anos atrás, tão silenciosa e isolada quanto ela.Despertava nele um instinto de proteção e cuidado.Mateus não entendia por que via naquela Emilly a mesma figura daquela menina do passado.Emilly não quis responder:— Não estava pensando em nada.Mateus não insistiu. Baixou os olhos para sua camisa e calça social, agora molhadas. Quan
O dormitório feminino estava silencioso, então a voz empolgada de Monique soou com total nitidez. Até Emilly a ouviu.Ela se serviu de um copo d'água e deu um gole.Por alguma razão, achou aquela água amarga.Mateus não disse nada, mas suas sobrancelhas bem desenhadas já estavam franzidas.— Mateus, estou com saudade de você. Quero ver você agora, imediatamente. Venha logo ficar comigo.Mateus segurou o celular, deu um passo firme e saiu com as pernas longas.Emilly virou a cabeça, observando sua silhueta se afastar. Ele ia ver Monique, não era?Quase havia se esquecido. Efigênia era apenas um breve episódio. Monique era a mulher que ele amava.Um telefonema de Monique, uma simples frase, e ele largava tudo para ir até ela.Aquela noite que haviam passado juntos não mudara absolutamente nada.Emilly sorriu de forma amarga, zombando de si mesma.Mateus chegou até o fim do corredor. Com a testa franzida, disse:— Monique, agora não posso ir.Monique ficou indignada.— Por quê? Vai ficar
Emilly retrucou:— E o que mais poderia ser?A luz suave do dormitório feminino iluminava seu rostinho alvo como neve, com uma pele tão delicada que parecia quebrar-se com um sopro. Até os pequenos pelos em seu rosto brilhavam de tão macios. O olhar charmoso e expressivo de Mateus suavizou-se em um sorriso.— Sobre aquela noite... você não tem nada a dizer?"Aquela noite..."Emilly não pensava nela havia muito tempo, mas, ao ouvi-lo mencioná-la, as imagens voltaram nítidas à sua mente. Duas silhuetas entrelaçadas, uma com postura firme e a outra com delicadeza, se fundiam no sofá.Suor e prazer dançando juntos, até explodirem como fogos de artifício no céu.Ele a chamava de Emilly enquanto se deitava sobre ela.Emilly ergueu os olhos e encontrou o olhar do homem. Ela o encarava diretamente, e ele a fitava com intensidade.Seu rostinho corou num instante. Por causa de Efigênia, Emilly achava que ele havia esquecido aquela noite, mas agora, nos olhos dele, ela viu a si mesma refletida, p
Daniela ficou chocada.— O quê? Grávida antes do casamento? O bebê da Efigênia não é de o Presidente Mateus, e sim do namorado dela?Emilly já suspeitava que algo havia acontecido naquela festa de aniversário, mas jamais imaginou aquilo.Efigênia tinha um namorado.E o filho que ela esperava era desse namorado."Então, afinal, qual é a relação entre Efigênia e Mateus?"Nesse momento, alguém bateu à porta.— Quem é?Emilly se levantou e foi atender. Do lado de fora, destacava-se uma figura alta e elegante: Mateus havia chegado.Emilly ficou surpresa por um instante. O que ele estava fazendo ali?Afinal, aquele era o dormitório feminino.Ela não queria conversar com ele e tentou fechar a porta.Mas não conseguiu, pois Mateus esticou o braço e a impediu de fazê-lo com a mão. Com sua estatura imponente, fitou-a com um olhar intenso e firme.— Emilly, preciso falar com você.— Eu não quero ouvir.— Mas vai ter que ouvir.Com autoridade, Mateus empurrou a porta e entrou.Sofia se apressou em