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Capítulo 181

Penulis: Aurora Mendes
Isadora encarou Eliel de propósito enquanto falava, só para ver se ele deixava escapar alguma reação. Mas nada. Nenhuma surpresa, nenhum incômodo. Frio como sempre. Ou seja... ele e o Gustavo já deviam ter tramado isso juntos. Eram dois espertinhos...

Curiosamente, ao perceber isso, ela até respirou mais aliviada. Antes, ainda se preocupava com o Rafael, achando que ele podia estar lutando sozinho. Agora, sabendo que ele tinha um aliado de peso, podia baixar a guarda um pouco.

Eliel logo a levou até um restaurante.

Ao sair do carro, ela estranhou o lugar. Franziu levemente a testa e lançou um olhar desconfiado:

— Restaurante?

— Pelo que vi, seu marido nem se deu ao trabalho de garantir seu jantar. Então, hoje é por minha conta.

Sem a menor cerimônia, ele já foi avisando. Afinal, os dois tinham estudado juntos — nada mais natural.

Isadora entrou e, sem fazer cerimônia também, abriu o cardápio e escolheu os pratos mais caros. Depois, pousou o cardápio com calma e olhou séria para Eliel:

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    Ao ver aquele jeito infantil dela, Rafael soltou um suspiro leve, sorrindo:— Quem é que ia te xingar pelas costas?Isadora inclinou a cabeça, desconfiada:— Acho que foi você! Fala a verdade, você não estava aqui me xingando mentalmente?Rafael revirou os olhos, bufando, e pisou mais fundo no acelerador:— Se fosse para te xingar, eu faria isso na sua cara! E ainda com gosto! Ao reencontrar Jorge, o coração de Isadora se apertou. O sentimento era confuso, pesado.Já Jorge, ao vê-la de novo, só conseguiu sentir raiva.— Sua vadia! Ainda tem a cara de pau de vir aqui me ver? Olha o que você fez com o seu próprio tio! Se sua mãe estivesse viva, ela jamais te perdoaria!Mal abriu a boca e Jorge já usava o nome da mãe dela como escudo.Era sempre assim. Não importava o que quisesse, por mais absurdo que fosse, colocava tudo na conta da mãe dela. E por causa disso, Isadora cedia vez após vez. Tolerou, engoliu e suportou, até ele se achar no direito de vendê-la como se fosse um objeto. Um v

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    Os olhos de Isadora brilharam com a emoção, e sua mão se ergueu quase sem querer, tocando suavemente o rosto dele.Daquele ângulo, o rosto de Rafael era praticamente idêntico ao de Olavo. Lembrou-se da primeira vez em que viu Olavo... bastou um olhar para se apaixonar por completo. Pensando bem agora, quando o destino põe dois iguais no seu caminho, quem é que consegue escapar?Sentindo o toque leve dela, Rafael diminuiu ainda mais o ritmo dos passos:— Está doendo?— Está. — Isadora respondeu com sinceridade.A dor nas costas era quase insuportável, como se a pele estivesse pegando fogo. Mas o que doía de verdade não era o corpo... era o coração.Sem pensar, se encolheu e escondeu o rosto no peito dele. Abraçou Rafael com força. Naquele instante, não queria pensar em nada. Só queria aproveitar aquela paz que há tanto tempo não sentia.Marcos ficou parado, olhando a cena dos dois com uma expressão indefinida. Estava tão confuso que nem sabia se era para voltar ao trabalho ou não.Depoi

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    Com os olhos baixos, Isadora murmurou suavemente:— Se for por causa disso que está bravo, então não vale a pena... Já faz tempo que me acostumei.Justamente por isso Rafael sentiu o coração apertar ainda mais. Aquela resignação doía nele de um jeito que nem conseguia explicar.Sem pensar, estendeu a mão e acariciou de leve o rosto dela:— Você passou por coisa demais...— Já passou. — Isadora desviou o rosto, sorrindo com leveza.Antes, o que machucava era o amor que ela sentia por Olavo, era o afeto pela Aline... mas agora que Aline já não estava mais aqui, e o amor por Olavo tinha virado cinzas, nada disso doía mais. Quem deveria sofrer agora eram os que causaram tudo isso.Rafael a observava, sem saber se admirava ou se preocupava com aquela maneira orgulhosa de lidar com tudo:— Então descanse um pouco. Eu já vou.— Espera!Isadora o interrompeu e terminou rápido o que ainda tinha no prato.— Vamos ver o Jorge?Há dias queria visitar Jorge, mas sempre aparecia algum imprevisto. Ag

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