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Capítulo 4

Penulis: Árvore Florida
Fiquei paralisada por um instante.

Um segundo depois, minhas pupilas se dilataram.

— Bebê?!

Ele pareceu ainda mais surpreso do que eu.

— Você não sabia? Você já está grávida de três meses.

Eu realmente não sabia.

Naquele momento, não havia palavras para descrever o que senti.

Parecia uma brincadeira cruel do destino.

Cambaleei para fora do quarto, atordoada, mas meus passos congelaram de repente.

Leonardo vinha pelo corredor, amparando Cristiane pelo braço.

Instantaneamente, me escondi atrás da parede, com medo de que eles me vissem.

— Léo, o que você vai fazer com esse bebê? — A voz de Cristiane estava cheia de mágoa.

Leonardo não respondeu. Continuou apenas guiando-a em direção ao quarto.

De repente, ela parou bruscamente. As lágrimas quase escorriam.

— Você não quer esse filho, né? Se for assim, eu posso tirar. Eu tiro.

Ela se virou para correr, mas Leonardo a segurou imediatamente, envolvendo-a em um abraço firme.

— Eu quero. — Disse baixinho. — Eu quero esse bebê.

Meu coração parou.

Ele continuou, com voz suave, mas firme:

— Só que ele veio na hora errada. Você vai ter que dar à luz em segredo. Como compensação, eu te dou um desejo. Qualquer um.

Cristiane, com os olhos cheios de lágrimas, quase soluçou:

— Então eu quero me casar com você. Mesmo que seja só uma cerimônia pequena. Eu quero ser sua esposa.

Leonardo ficou em silêncio por alguns segundos.

E, por fim, ele assentiu.

— Está bem. Eu prometo. Daqui a sete dias, vou te dar o casamento mais grandioso do mundo. Mas ninguém pode saber disso. Entendeu?

Os dois seguiram de mãos dadas rumo ao quarto.

E eu permaneci ali, escondida na esquina do corredor, cobrindo a boca com força enquanto as lágrimas escorriam quentes e silenciosas.

Voltei para o quarto cambaleando, ainda tremendo, e vi que o homem que havia me socorrido continuava ali.

Só então me lembrei de agradecer.

Peguei o cartão ilimitado que Leonardo me dera e o estendi como forma de gratidão.

Mas ele empurrou o cartão de volta.

— Não preciso de dinheiro. Mas obrigado.

Disse isso com naturalidade.

Então se virou para sair.

Já na porta, ele parou de repente, voltou dois passos e colocou algo na palma da minha mão.

Só depois disso desapareceu pelo corredor.

Confusa, olhei para baixo.

Era um cartão de visitas simples, com apenas um nome:

[Alexandre Rodrigues]

Por alguma razão, aquele nome me soava familiar.

Mas não tive tempo de pensar nisso. Havia coisas muito mais urgentes acontecendo.

Eu queria sair do hospital imediatamente, mas o médico insistiu para que eu ficasse mais alguns dias por segurança.

Durante esse período, amigos mandaram mensagens e outros até se organizaram para me visitar.

Meus pais ficaram tão desesperados que quase pegaram o primeiro voo para cá.

A única pessoa que não apareceu foi meu marido.

No chat, só havia uma mensagem curta e fria:

[Estou viajando a trabalho. Se precisar de algo, fale com o Luiz.]

A verdade era que ele realmente não estava com a família.

Estava em uma ilha isolada… Preparando o casamento dele com Cristiane.

E, sinceramente, ele foi até inteligente.

Uma ilha particular significava que ninguém subiria lá sem a permissão dele, incluindo eu.

E, de forma quase irônica, nós dois marcamos nossos casamentos para o mesmo dia: daqui a sete dias.

Talvez porque sete fosse o número da sorte dele.

Ele sempre usava um pingente com o número 7 no peito.

Era a única lembrança deixada pela mãe falecida. Atrás, havia uma palavra gravada:

LUCKY.

No dia do nosso casamento, ele me deu aquele colar e disse:

— Mais do que proteger a mim, eu quero que ele proteja você.

Não existia no mundo declaração de amor mais bonita do que essa.

Só de lembrar, meus olhos ficaram vermelhos novamente.

Minha mão subiu sozinha até o colar em meu pescoço.

Mas, no instante em que baixei o olhar, meu corpo inteiro congelou.

O LUCKY gravado na parte de trás havia desaparecido.

O colar tinha sido trocado.

Um arrepio percorreu minha espinha.

Peguei o celular imediatamente e comecei a vasculhar a conversa, foto por foto, até que meus olhos pararam naquela imagem.

O corpo nu e lindo de Cristiane, e pendurado em seu pescoço havia um colar de bronze com a palavra LUCKY gravada atrás.

Claro.

Tudo fez sentido.

Passei a mão sobre o meu ventre e murmurei para o bebê ali dentro:

— Claro que não. Nós não somos mais os sortudos da história, não é?

Antes, eu ainda estava em dúvida se deveria ou não manter aquela criança.

Mas agora, a resposta estava clara.

Não era apenas o filho de Cristiane que tinha vindo na hora errada.

O meu também.

Porque o pai dele nunca o amaria.

Com tudo definido, bati na porta da sala do médico.

— Olá, gostaria de agendar um procedimento de aborto.

Pensei, enquanto apertava o punho: "Não existe presente de casamento melhor do que esse."
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