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Capítulo 4

Com isso, a empregada saiu do quarto.

Ana olhou para o homem na cama e hesitou por um momento antes de reprimir a vergonha interna e tirar as roupas de Leo, peça por peça.

Apesar de Leo estar em coma, seu corpo estava em excelentes condições. Tirando as cicatrizes do acidente de carro, ele era magro com músculos lindamente tonificados, podia-se dizer que era bastante atraente.

Usando uma toalha úmida, Ana limpou cada centímetro da pele do homem, mas quando chegou à única peça de roupa que restava no corpo de Leo, a cueca, ela permaneceu com a mão pousada ali, incapaz de encontrar coragem para tirá-la.

Em sua mente, ecoaram as últimas palavras da empregada, que se Leo nunca acordasse, ela provavelmente teria que lhe dar um herdeiro.

Mas... Como ter um?

Ele realmente tinha músculos muito bem definidos, mas...

Depois de murmurar baixinho, ela fugiu como se tivesse sido eletrocutada.

Por estar tão nervosa, Ana nem percebeu que a mão do homem, que estava solta, havia se fechado inconscientemente em um punho.

Ana correu para o banheiro e lavou o rosto com água fria para se acalmar, mas enquanto lavava o rosto, continuava com aquela sensação estranha que acabara de sentir.

Quando voltou para o quarto, ela não teve coragem de continuar o trabalho que estava fazendo, então se apressou em vestir as roupas de Leo.

Logo, a noite chegou.

Ana estava um pouco cansada depois de um longo dia desses, então se encolheu na beirada da cama e dormiu.

No meio da noite, Ana sentiu um pouco de frio, então se aproximou inconscientemente do homem deitado do outro lado da cama. Sentindo calor de seu corpo, ela continuou o seu sono profundo.

...

Leo se sentia como se estivesse sonhando. Em seu sonho, ele voltou àquela noite excitante.

O sabor da garota em seus braços ainda era tão imaturo como antes, mas tão doce que o deixava louco...

Ana foi acordada no meio da noite por uma forte sensação de estrangulamento. Ao abrir os olhos, ela se viu presa com força nos braços de um homem, e seu pijama havia sido desabotoado em algum momento, revelando sua nudez.

Ela ficou chocada.

Seria possível que alguém com más intenções, sabendo que Leo estava em coma, tivesse entrado para assediá-la?

As lembranças daquela noite voltaram à sua mente. Ana empurrou o homem com toda a força que pôde, depois saiu correndo aos tropeços.

- Socorro, me ajudem! - Ana estava aterrorizada e saiu gritando por socorro.

Já era tarde da noite e, ao ouvir o grito de Ana, o restante da família Santos foi logo alertado.

Dantes acordou e viu Ana do lado de fora, desgrenhada e com o pijama todo desajeitado. A expressão no rosto do velho não parecia nada feliz.

Era apenas a primeira noite dormindo no mesmo quarto e ela já estava fazendo um escândalo, achava mesmo que seu filho era um morto-vivo desprezível, afinal de contas?

- O que foi? Por que todo esse barulho no meio da noite?

Ao ver Dantes saindo, Ana se acalmou um pouco:

- Tem alguém lá no quarto, não sei quem entrou escondido.

Dantes franziu a testa ao ouvir isso, a segurança na Mansão dos Santos sempre foi rigorosa, e desde o acidente de Leo, nem mesmo uma mosca conseguia entrar.

Ele estava prestes a repreender Ana e dizer a ela para se acalmar quando uma voz masculina fria veio de trás dele:

- Pai, sou eu.

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