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Capítulo 2

Penulis: Garota em Devaneios
Alan olhou para o pano de prato na mão, com o rosto tomado por confusão, espanto e puro desalinho mental.

— Claro. — Falei. — Se não souber lavar louça, pode passar pano, varrer, lavar roupa ou fazer qualquer outra tarefa. Você vê aí o que dá para fazer.

— Espera. Você me comprou só para fazer as tarefas de casa? — Ele perguntou, incrédulo.

— Sim. Ué, para o quê mais seria? — Pisquei.

Alan ficou sem palavras.

No instante seguinte, o estranho som que vinha da garganta do íncubo cessou por completo.

Era isso mesmo. Eu comprei o Alan para ele fazer as tarefas de casa para mim. Essa ideia genial me veio sem querer, ouvindo uma colega conversar. Ela também tinha comprado um íncubo online. Ela sempre elogiava o íncubo dela no refeitório do trabalho, ela dizia que ele era trabalhador, obediente, cozinhava para ela, lavava roupa, fazia todo tipo de serviço doméstico e que a deixava feliz todas as noites.

Enquanto os outros colegas soltaram risadas suspeitas, eu, sendo um tanto distraída, só captei uma frase-chave: Ajuda com as tarefas de casa!

Meus olhos brilharam.

Eu, sempre tão ocupada com o trabalho, nunca tinha tempo para cuidar da casa. Tinha a casa virada do avesso. E viver assim estava me deixando atormentada. Então ter um íncubo que fizesse as tarefas de casa seria simplesmente perfeito. Foi por isso que comprei o mais competente de todos, Alan.

Olhei de relance para a figura alta, de expressão fria, lavando louça na cozinha, e fui dormir toda satisfeita.

Durante a semana seguinte, o íncubo eficiente que era o Alan mergulhou de cabeça e começou a me ajudar nas tarefas domésticas. No começo era meio desajeitado, mas em poucos dias já estava um craque.

Ele é muito inteligente.

Quando eu acordava, ele arrumava a minha cama. Enquanto eu lavava o rosto, ele me passava uma toalha. Quando eu voltava do trabalho, o jantar já estava na mesa. E antes de dormir, ele até se oferecia para aquecer a cama.

Deitada no cobertor que ele tinha aquecido com seu perfume e seu calor corporal, eu soltei um suspiro satisfeita, como se sentisse a minha alma derreter.

Perfeito.

Perfeito demais.

Não é à toa que ele era o íncubo mais caro, a utilidade e a praticidade faziam valer cada centavo. A única coisa que me deixava intrigada era que Alan ficava sempre vibrando ao fazer aquele ronronar baixo na garganta. No começo eu pensei que fosse nervosismo por estar numa casa nova. Mas um mês tinha se passado e ele continuava ronronando.

Todas as noites ele ficava ao lado da minha cama, sem falar, sem fazer nada por conta própria. Só me olhando com aqueles olhos grandes, sem piscar. Sua cauda bonita roçava o chão levemente. Ele parecia ressentido, injustiçado.

Preocupada, toquei na testa do Alan. Estava quente. Muito quente. Será que ele estava com alguma doença séria?

— Alan, hoje você não vai dormir no chão. Dorme aqui do meu lado. — Dei uns tapinhas na minha cama.

— Eu posso dormir na cama? — Ele ficou surpreso.

— Sempre pôde. — Segurei a mão dele delicadamente. — A partir de agora, você pode dormir ao meu lado.

Com a minha permissão, Alan pegou seu cobertor e se deitou ao meu lado. Um íncubo lindo e distante, aninhado no meu travesseiro cor-de-rosa, com o rosto perfeito sem a menor queda pelos efeitos da gravidade, perfeitamente definido.

A visão era de tirar o fôlego. Me deixou até com a boca seca. Mas ele continuava vibrando, e a sua temperatura corporal estava assustadoramente alta.

— Alan, descanse bem hoje. Amanhã você não precisa acordar cedo para fazer o café da manhã.

— Mas você vai ficar com fome.

— Eu saio e compro um crepe na rua.

— Não é higiênico. Eu faço para você.

Ele me encarou. Ou melhor, encarou meus lábios que se moviam enquanto eu falava, o olhar escuro e contido, quase inquieto.

Distraída que sou, só me deixei levar pela emoção.

Como pode existir um íncubo tão compreensivo e carinhoso?

Foi a minha negligência e o meu descuido que o deixaram assim, doente. A culpa me invadiu, não resisti e me aproximei para dar um beijo na testa dele, para expressar minha profunda culpa.

Os cílios dele tremeram.
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