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Capítulo 3

Penulis: Isabelly Cardoso
Manuela estava ocupada conversando com as pessoas da família Lopes, e ela não conseguia entrar na conversa, então resolveu ir até o jardim tomar um ar.

A família Lopes também era uma das mais influentes de Rivéria, e o jardim deles era enorme.

Jaqueline estava cansada de andar e, quando viu um balanço, resolveu se sentar ali.

De repente, ela reparou que na cerca perto do balanço havia uma frasezinha gravada:

"E+V, juntos para sempre."

A letra era meio infantil, dava para ver que alguém bem pequeno tinha feito aquilo.

Ela lembrou que Edson e Violeta eram amigos de infância, e que quando eram pequenos certamente tinham ido muitas vezes na casa da família Lopes, então não era estranho encontrar uma marca assim por lá.

Quando estava prestes a ir embora, ouviu a voz de Edson e de Violeta vindo lá da frente.

— Edi, minha casa vai ser reformada, e eu não estou afim de ficar ouvindo meus pais reclamarem. Posso ficar na sua casa por um tempo?

— Claro que pode, seu quarto está sempre guardado para você. — Edson respondeu com voz gentil, que Jaqueline nunca mereceu.

Jaqueline não conseguiu evitar apertar com força a corda do balanço.

Na mansão onde ele morava com Edson, tinha um quarto de hóspedes, o maior e mais claro da casa.

A empregada ia lá todo dia limpar, e os lençóis eram trocados frequentemente.

No começo, ela até ficou curiosa, querendo entender por que aquele quarto nunca tinha ninguém e mesmo assim era sempre arrumado.

Ela só descobriu naquele momento que aquele quarto tinha sido reservado especialmente para a Violeta pelo Edson.

...

O funeral terminou, Jaqueline caminhou atrás de Edson.

Edson ficou em silêncio, olhando para o celular, sem intenção de falar com ela.

Jaqueline também não tinha interesse em enfrentar sua frieza, ela só estava ao lado dele porque o contrato exigia.

Violeta apareceu por trás e naturalmente segurou o braço de Edson.

— Edi, que tal a gente passar na minha casa para pegar minhas malas primeiro?

Edson assentiu, como se só naquele momento tivesse se lembrado de contar aquilo para Jaqueline.

— Jaqueline, a Violeta vai ficar um tempo na nossa casa. Já que você não tem nada para fazer mesmo, então cuide bem dela nesse período.

Ele falou com um tom de ordem, não de pedido.

Jaqueline sabia que, para ele, ela, mesmo sendo esposa, não passava de uma empregada.

Já estavam prestes a se divorciar, então Jaqueline nem discutiu se aquilo era justo ou não.

Ela respondeu com uma calma impressionante:

— Tá bom.

Provavelmente por ela ter aceitado tão rápido, Edson achou estranho e não conseguiu evitar levantar o olhar para observar ela com curiosidade.

Ele nunca escondia que se encontrava com Violeta.

Antes, toda vez que ele voltava da Inglaterra, ele percebia que o humor dela ficava em baixa.

Mas naquele momento, a expressão dela parecia a mesma, sem mudança alguma.

Ele ficou irritado de repente.

Quando chegaram no estacionamento, Edson abriu a porta do carona para Violeta entrar.

Jaqueline sentou no banco de trás e estava prestes a abrir o porta-malas quando ouviu Edson dizer:

— Vou passar na casa da Vivi primeiro, não é no seu caminho, então você pega um táxi sozinha mesmo.

A mansão da família Lopes ficava lá no alto da montanha, onde era difícil conseguir táxi.

Mas Edson agiu como se não soubesse daquilo, e saiu dirigindo com Violeta.

Jaqueline ficou mais de uma hora esperando no vento frio no alto da montanha, e no fim teve que pagar duzentos reais a mais para conseguir um motorista que a levasse.

Quando chegou em casa, ela estava morrendo de fome e exausta.

Mas na mesa, o clima era de alegria.

Edson, Violeta e Sarah estavam lá, aproveitando um churrasco.

Sarah fez cara feia e reclamou:

— Onde você foi passear? Por que só voltou agora? A gente ficou sem jantar por sua causa, e teve que se virar com churrasco.

Edson colocou a carne de boi cozida no prato de Violeta e só então olhou para Sarah:

— O molho que a Vera preparou está horrível. Vai na cozinha e faça outro direito.

Vera lançou um olhar de desculpas para Jaqueline.

Vera, na verdade, era a cozinheira da casa, mas Edson nunca gostava da comida dela. Então ela tinha ficado só com a limpeza. Como Jaqueline não estava, Vera tentou cozinhar, mas como não sabia o gosto de Edson, acabou tentando fazer churrasco mesmo.

Vera sempre tratava Jaqueline bem, então Jaqueline não quis deixar ela constrangida. Ela entrou na cozinha e preparou o molho de novo.

Mal ela colocou o molho na mesa, Sarah já deu uma nova ordem:

— Jaqueline, faça um feijão-preto com arroz para gente! O de fora é horrível, tudo cheio de coisa industrializada.

Jaqueline, que estava morta de cansaço e morrendo de fome, não tinha a menor disposição para fazer feijão e arroz naquele momento.

Ela simplesmente sentou, pegou as batatas, carne e linguiça assadas e colocou tudo no próprio prato.

Quando Sarah viu que ela não se mexia para ir para cozinha e ainda comeu toda a carne pronta, ficou furiosa:

— Jaqueline, qual é o seu problema? Está surda?

Jaqueline mordeu um pedaço de carne e respondeu com calma:

— Isso tudo é cheio de coisa industrializada, né? Estou te ajudando a comer. Agora, sobre o feijão-preto com arroz que você quer que eu faça, hoje não vai dar. Não tem nem ingrediente aqui em casa. Se quiser, pode ir comprar.

Sarah ficou tão irritada que engasgou de raiva e se virou para Edson, pronta para reclamar.

Mas Edson cortou logo:

— Se não quer comer, peça delivery.

Normalmente, quando Jaqueline e Sarah discutiam, Edson sempre ficava do lado da irmã. Mas como Jaqueline tinha deixado Violeta morar com eles, ele achou que ela estava sendo bondosa e resolveu não defender Sarah daquela vez.

Sarah engoliu o orgulho junto com um pedaço grande de carne, rangendo os dentes.

Jaqueline não acreditou nem por um segundo que Edson estava a defendendo de graça. E, como se adivinhasse, na mesma hora ele completou:

— A Violeta gosta de rosquinhas feitas em casa, não curte as que vendem por aí. Então, amanhã acorde cedo e faça para ela.

Jaqueline segurou o garfo com mais força, o olhar ficou mais gélido.

Na cabeça dele, até Violeta era claramente mais importante que Sarah.

Ela podia se recusar a servir Sarah, mas não conseguia dizer não para Violeta.

Jaqueline deu um sorriso leve e disse:

— Tá bom.

Ela podia aceitar. Mas se ia ficar gostoso ou não, aquilo ela não podia garantir.

Violeta sorriu toda meiga para Jaqueline:

— Obrigada, Jaqueline!

Jaqueline não respondeu, só continuou comendo a carne do prato, como se não fosse com ela.

Porque Jaqueline tinha pegado toda a carne, Sarah não conseguiu ficar com nenhum pedaço e ficou furiosa por dentro.

Ela aproveitou o momento em que Jaqueline se levantou e, de propósito, empurrou a grelha de churrasco quente com o garfo...

A grelha escaldante caiu direto em cima da Jaqueline. Ela tentou se esquivar para o lado, mas o braço acabou queimado mesmo assim. A dor lancinante se espalhou pelo corpo inteiro.

O rosto dela ficou pálido na hora, e gotinhas de suor brotaram na testa.

Edson, porém, nem olhou para ela. Seus olhos estavam fixos em Violeta, visivelmente preocupado.

Algumas gotinhas de óleo também tinham respingado no dorso da mão de Violeta, deixando a pele levemente avermelhada.

— Eu te levo para o hospital! — Ele disse, levantando Violeta no colo e saindo apressado.

Sarah lançou um sorriso de vitória para Jaqueline e saiu logo atrás.

Vera correu até Jaqueline para ajudar ela a se levantar.

Quando levantou a manga do braço, viu bolhas se formando por toda a pele, o que deixou Vera com os olhos marejados de dor e pena.

— Senhora...

Jaqueline respirou fundo, tentando aguentar o choro de dor.

— Eu estou bem, Vera. Não precisa se preocupar.

No fim, foi Vera quem chamou um táxi e levou Jaqueline até o hospital particular da família Freitas.

O médico cuidou do ferimento dela e mandou a enfermeira aplicar um soro.

Jaqueline sabia que Vera ainda precisava voltar para casa e cuidar do neto, então insistiu para que ela fosse embora primeiro.

Ela acabou cochilando sentada na cadeira e só acordou quando a enfermeira avisou que o soro tinha terminado.

Jaqueline pegou a bolsa para ir embora, mas parou quando ouviu duas enfermeiras cochichando perto dali:

— Fiquei sabendo que o Sr. Edson reservou o andar inteiro dos quartos VIP só para a Srta. Violeta descansar em paz essa noite.

— É só um arranhão! Se não tivessem chegado tão rápido, o machucado já tinha até sumido. Valeu mesmo reservar um andar inteiro por causa disso?

O passo de Jaqueline vacilou.

Ela olhou para o próprio braço enfaixado e deu um sorriso de escárnio.

Pegou outro táxi de volta para a mansão. Chegando lá, ela tomou um banho, se deitou e adormeceu logo em seguida.

No dia seguinte, de manhã, Edson a acordou.

Ela abriu os olhos, ainda sonolenta, e olhou para ele, sem entender:

— O que foi?

Edson ficou com o rosto fechado, exalando uma pressão pesada:

— Eu não te falei para acordar cedo e preparar as rosquinhas? Cadê as rosquinhas então?
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