All Chapters of De repente dezembro: Chapter 21 - Chapter 30
35 Chapters
XXI
- Tia Ben? – Refiz sua pergunta. – Carter... – Lembrei do sobrenome. – Margo Bennet Carter é sua tia? – Dei um passo para trás.            - Sim. – Dei outro passo tropeçando nas caixas.            - E não me contou? Como pôde deixar eu me aproximar de você sabendo quem Bennet representa em minha vida? – Perguntei.            - E o que Bennet é em sua vida? – Perguntou confuso ao se aproximar.            - É a dona do orfanato. – Falei ríspida.            - Orfanato? Nancy, por que nunca me disse que estava em um orfanato? – Pisq
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XXII
Vi Logan correr pela cozinha de um lado para o outro, coloquei as mãos nos bolsos da calça jeans seguindo seus passos.            - O que está fazendo? – Perguntei com a voz brincalhona.            - Voltou. – Não parecia uma pergunta, mas sua voz era diferente.            - Estava falando com Luan. – Por mais que Logan parecia ser amigo de Luan, quando eu dizia seu nome, ele transparecia certa irritação, ou será que fosse... – Está com ciúmes? – Acusei me aproximando do balcão da cozinha. Debrucei-me diante dele, senti o gelo da pedra em meus braços.            - Ciúmes? Por que eu teria
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XXIII
Não dissemos nada sobre o ocorrido de mais cedo, depois que havia recuperado um pouco da minha dignidade, consegui ir tomar um banho.            Infelizmente não conseguia decifrar as expressões de Logan, mas eu acreditava que para realmente termos algo, ele deveria conhecer sobre seus próprios sentimentos.            - Até a pessoa mais forte, tem seus momentos de fraqueza. – Logan pegou uma xícara e colocou diante de mim, acrescentou chá fresco e voltou seus olhos a mim, como se pudesse ler minha mente, respondendo minha única pergunta daquele momento.            - Como? – Perguntei confusa. Logan era tão estranho quanto eu.            Logan r
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XXIV
Logan saiu para comprar comida, me deixou com Luan arrumando nossa bagunça, já que iriamos embora na manhã seguinte.            Por obra do acaso, Luan precisou cuidar de sua mãe que estava doente e parecia ter piorado com o frio.            - Tem certeza que não precisa de ajuda? – Perguntei preocupada. – Sem contar que não há nada a se fazer aqui. – Corri rapidamente meus olhos pela cozinha.            - Absoluta. – Luan riu me fazendo retribuir o sorriso.            - Qualquer coisa estarei aqui. – Coloquei a vassoura no canto da cozinha e o pano dentro da pia ao terminar de limpar a bancada. – Também não tenho pra ond
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XXV
A noite terminou quase tranquila, tirando o fato de eu quase ter amputado meu braço e sentir dor a noite toda.            Tentei me concentrar na fatia de pizza que comia, mas ver Logan sempre de terno e de repente sem camisa era uma total confusão.            - Vai comer o último pedaço? – Logan perguntou me trazendo de volta.            - Não mesmo. – Meu estômago estava explodindo de tão cheio, que nem consegui terminar de comer meu pedaço o jogando no prato.            Anos sem comer pizza e quando como, acabo desperdiçando.            - Acho melhor ir dormir, não aguento m
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XXVI
Acordando atrasada como sempre, o dia seguinte se iniciou da mesma maneira que se iniciava todas as manhãs.            Corri para o trabalho deixando Alysson desmaiada em sua cama.              Cochichos pararam quando me aproximei dos grupinhos de fofocas e mais olhares intimidantes estavam sobre mim.            Droga! Meu pesadelo estava apenas começando.            - Nancy? – Virei dando de cara com Dayse, a peituda/ruiva/recepcionista que não tinha o melhor dos olhares para mim. – Adam quer vê-la em sua sala imediatamente.            Ela baixou os olhos, não fez piada como sempre, apenas v
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XXVII
Nós percebemos que as coisas mudam, quando algo muito importante para de ser importante a ponto de não nos importarmos mais.            Nem em um milhão de anos imaginaria Logan me levar aquele lugar novamente.            Estávamos de volta ao mirante, onde tinha visto Logan chorar pela primeira e última vez.            - Acha que não posso ser feliz, por que meu pai morreu? Que não posso aproveitar a vida, por que minha mãe está ficando doida? Ou ver minha tia, uma pessoa que eu pensava que conhecia, se tornar alguém cruel? Talvez eu tenha culpa ou não, não tem como saber. E se eu tiver, eu não quero essa culpa! – Logan disparou a falar assim que saímos do car
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XXVIII
Você implora por silêncio, mas esquece que o barulho está dentro de você.             O pensamento mais sábio que havia tido desde que fizera dezoito anos. N era a melhor companhia que eu consegui arranjar em anos. E olha que ela só apareceu há poucos dias!            Ótimo, tudo o que precisava era alguns dias para procurar um emprego novo que pague minhas contas e garanta o futuro dos meus irmãos. Não poderia ficar melhor.            Beck corria pelo quarto ao se arrumar, parecia ir para um lugar importante, já que nunca corria. Passou pela porta acenando me deixando outra vez sozinha no quarto.          &nbs
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XXIX
No dia seguinte não foi diferente do anterior, trabalho e mais trabalho onde isso se repetiu pelas próximas duas semanas. O Juiz Peterson não cedeu em sua decisão, nem sequer me ofereceu uma colher de chá.            Logan e eu nos víamos quando podíamos, ele prometeu não sumir de repente e até sugeriu para que eu conhecesse sua mãe, mas a ideia de dar de cara com Bennet me assustou, e resolvemos esperar mais um pouco antes desse encontro.            E detalhe, ele não comentava sobre o que ocorria na MC3, nem mesmo migalhas, se falavam de mim ou se sentiam minha falta.            - Estou desesperada, o ano está acabando junto com meu prazo, e eu não sei o que fazer. Literalmente! – Eu
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XXX
Logan comprou os ingressos do filme, para minha sorte era filme antigo. Um thriller chamado Psicose, amava aquele filme desde que meu pai havia me apresentado.            - Vai amar o filme. – Falei sorrindo ao apertar seu braço quando ele se sentou ao meu lado segurando um balde de pipoca e dois refrigerantes.            Peguei de sua mão antes que caísse tudo em cima de mim.            - Não gosto de terror. – Afirmou tomando um gole de seu refrigerante.            - Não é terror. É clássico. – Assegurei enfiando pipoca em minha boca.            - Pessoas morrem? – Lo
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