Não muito longe, se encontrava o antigo bairro da família de Celeste, onde uma multidão se reunia, fervorosa e agitada, gritando palavras de ordem.Alguns erguiam faixas com os dizeres “Protesto contra os especuladores” e “Recusa à demolição”.Calculei mentalmente o tempo; na minha vida anterior, a reestruturação da fábrica química por Carlos, que iniciaria a demolição e expropriação, aconteceu cerca de seis meses após ele começar a perseguir Celeste.De fato, após o renascimento, alguns pontos no tempo haviam mudado.Olhei para o portão distante da fábrica química, empurrei a grande porta, e atrás dela se estendia uma fábrica de oitenta mil metros quadrados.Era bem conhecida na Cidade A, sustentava numerosos trabalhadores e até impulsionava a economia local, transformando uma área desolada em um elo entre cidade e campo.Além de Carlos, ninguém mais ousava reivindicar esse lugar.Desviei o olhar e disse:- Vamos embora.O carro prosseguiu e, ao cair da tarde, cheguei à casa dos meus
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