- Para aí!Quando ele, com a mão erguida no ar, estava a um fio de bater em Laura, uma voz alta e firme interrompeu sua ação de repente. Ao ouvir isso, Pedro gradualmente baixou a mão como se nada tivesse acontecido e substituiu sua expressão por um sorriso de imediato.- Querido, eu e a Laura estávamos apenas brincando. Ela é minha sobrinha, como eu poderia a machucar? Eu a adoro muito!Laura soltou um riso frio.Pedro a encarou com raiva e logo depois, tentando agradar Sandro, disse: - Tão cedo assim, você deve estar voltando de alguma festa, né? Homens precisam se divertir, sem se importar com os sentimentos das mulheres!Ao ouvir isso, Sandro franziu a testa, olhando para Laura, que estava incrédula com as palavras de seu tio, ditas na sua frente.- Tio!- O que foi? Não se intrometa quando homens estão falando! - Pedro repreendeu diretamente.- Nada, mas não venha pedindo dinheiro! - Laura, já acostumada com a atitude de Pedro, rapidamente segurou sua mão, preocupada.- Se você n

Por um instante, o quarto mergulhou em silêncio. Laura ergueu a cabeça, repleta de nervosismo, e encontrou o olhar gélido de Sandro.Ele a olhava friamente, com uma emoção nos olhos que ela não conseguia entender.Depois de um tempo, ele soltou uma risada sarcástica e, diante do olhar confuso dela, disse friamente: - Saia daqui!Ela começou a tremer, invadida por um medo profundo.Vendo ela fugir às pressas, Sandro chutou a mesa de centro com força, a derrubando e causando um estrondo enorme. Sofia, que estava na cozinha, ficou tão assustada que nem ousou fazer barulho.Na Mansão Vida Doce, onde viviam os ricos, todos tinham carros particulares. Não havia ônibus que passavam por ali, Laura custou muito tempo para correr ao ponto de ônibus mais próximo.Com as mãos apoiadas nos joelhos, ela respirava com dificuldade.Ela se esforçava para não pensar nas palavras de Sandro, voltando para casa esgotada. Chegando lá, ela desabou na cama e logo adormeceu .Quando acordou, já era noite. Ao

Ao voltar ao quarto, Laura sentiu uma atmosfera estranha. Ela lançou um olhar para seu tio Pedro, no entanto, vendo que ele estava concentrado na TV sem intenção de conversar, ela não perguntou nada.- Vou para casa preparar o almoço e voltarei mais tarde. Não fique só assistindo TV, descanse! - Disse ela.Pedro apenas resmungou, sem dar uma resposta direta. Laura, sem se importar, saiu.Na entrada do hospital, ela viu de novo a pessoa que tinha visto na ginecologia, que também a notou.Laura pretendia ir embora diretamente, mas a mulher se aproximou.Bela disse com um sorriso peculiar, enquanto o perfume forte fazia Laura franzir o nariz e recuar dois passos:- Sra. Laura, que coincidência encontrar você aqui no hospital. - Srta. Bela, o que faz aqui?Bela, como se não tivesse percebido Laura recuando, se aproximou ainda mais e sussurrou de maneira sugestiva ao seu ouvido: - Já faz um tempo que não menstruo, vim fazer um exame.Não menstruar?Ao entender o significado das palavras d

Depois de ser aconselhado por Laura, Pedro se acalmou e não falou mais, mas ainda assim gostava de se mostrar superior diante dos outros. De vez em quando, ele se gabava de quanto dinheiro conseguia tirar de Sandro e até exibia um cheque assinado por Sandro, embora de valor menor.Ele guardava os cheques de maiores valores escondidos, temendo despertar a cobiça alheia.Sua atitude deixava as pessoas ao redor menos desconfiadas e ele até ganhou um pouco de respeito deles, o que deixava Pedro bastante satisfeito.Depois de cuidar de Pedro no hospital por dois dias, Laura retomou sua busca por emprego, mas sem sucesso. Sob o sol escaldante, ela se abrigava à sombra de uma árvore, contemplando seu currículo e sentindo uma onda de desânimo.Ela não tinha concluído a faculdade e, após deixá-la, também enfrentou dificuldades para conseguir um emprego. Sua baixa qualificação e o hiato em sua trajetória profissional eram um empecilho na busca por uma vaga.Ela tinha estudado na universidade por

Esta foi a primeira vez que Sandro foi à casa alugada por Laura.Ele olhou ao redor com uma expressão de desdém. O espaço era estreito e os móveis eram todos usados, não eram nada em comparação com a Mansão Vida Doce.- Como você consegue morar num lugar assim? - Perguntou ele.Laura lançou um olhar complicado antes de responder: - O Bairro Alto, onde cresci, era ainda mais humilde.De fato, ela tinha passado a infância naquele lugar.Sandro, com uma sobrancelha erguida, mudou de assunto: - Ouvi dizer que seu tio, Pedro, foi agredido. É verdade?Quando Sandro soube disso, de imediato pensou que Laura viria pedir sua ajuda, dada a sua situação financeira. Conhecendo Pedro, ele sabia que o tio não gastaria um centavo.Ele estava certo, mas, após esperar dois dias sem notícias de Laura, decidiu ele mesmo visitar ela.- Como você soube? - Perguntou Laura, surpresa e cautelosa.Sandro deu um riso sarcástico: - Existe algo que eu não saiba?Era verdade, considerando sua posição na socieda