All Chapters of O Preço da Tentação: Chapter 41 - Chapter 50

Na foto, os dois pareciam muito jovens, encostados um no outro como um casal apaixonado.Ela guardou a foto discretamente dentro do envelope e saiu da cafeteria com passos firmes de salto alto, como se nada tivesse acontecido.À tarde, passou o dia todo atolada de trabalho. A ideia era sair mais cedo para descansar um pouco, mas, justo quando estava se preparando para ir embora, Suzana entrou no escritório com um sorriso cheio de segundas intenções.— Cof. — Ela levou a mão até o nariz como se disfarçasse alguma coisa. — Srta. Isabela, tem alguém querendo falar com você.Isabela arrumava a bolsa enquanto olhava de lado para ela:— Quem é?Antes que Suzana respondesse, a porta se abriu de novo e Gustavo entrou segurando um buquê de flores.— Isa, vim te buscar. Vamos embora juntos.Isabela largou as coisas com certa impaciência, respirou fundo para recompor a expressão e só então levantou o rosto para ele:— Obrigada.Ainda não era o momento de bater de frente.Ela nem estendeu a mão pa

Gustavo olhou ao redor e seu tom ficou mais suave.— Tá bom, você pode ir embora primeiro. Quando eu tiver tempo, eu te procuro...Antes que ele terminasse de falar, Hanna deu um passo à frente e, de repente, beijou Gustavo nos lábios. A luz no jardim à noite estava fraca, mas Isabela conseguiu ver tudo claramente.Ela mordeu o lábio levemente. Depois de ver aquilo de novo, já não sentia a mesma raiva da primeira vez. Só achava aquilo ridículo.Eles ficaram se beijando por mais de um minuto até pararem. A voz de Gustavo saiu meio rouca:— Hanna, você está louca? Pare com isso!— Eu estou mesmo. Estou com medo de você ficar noivo da minha irmã e aí, de verdade, me esquecer. — Ela, de repente, ficou toda sentimental e abraçou a cintura magra do Gustavo. — Gustavo, eu nem ligo para status ou para o que os outros vão pensar. Só quero ficar do seu lado, isso já me basta. Mas eu sei que, se eu continuar perto de você, minha irmã vai ficar brava. Então... Eu te desejo felicidade.Hanna falou

Sérgio pronunciou com ênfase cada sílaba da palavra "noivo".Isabela arqueou uma sobrancelha e olhou para ele:— O que exatamente o Sr. Sérgio quer dizer?Ele soltou uma risada seca, apagou o cigarro entre os dedos e entrou no apartamento com passos firmes.Isabela, acuada, foi obrigada a recuar dois passos.O apartamento dela não era grande. Localizado numa área nobre do centro, mal chegava aos cem metros quadrados. Com a altura e presença de Sérgio, o espaço pareceu ainda menor.— O que eu quero dizer é que você tem muita coragem. — Ele murmurou, empurrando ela contra a parede. — Não tinha dito que tinha terminado com o Gustavo?Isabela levantou o rosto e deu de cara com o maxilar bem definido do homem. Ele era bonito, não havia dúvidas. A pele dele parecia até mais bem cuidada que a de muitas mulheres. Ela quase teve vontade de perguntar qual marca de cosmético ele usava.Percebendo que Isabela estava distraída, Sérgio franziu o cenho e apertou o queixo dela com os dedos.— Responda

A mãe dela, que sempre tinha sido tão doce na memória, de repente levantou a cabeça e olhou para ela com o rosto todo marcado de sangue, perguntando por que ela tinha escolhido o inimigo como mãe.Isabela se assustou de repente e acordou num sobressalto.— Ah... — Ela murmurou, abrindo os olhos e vendo Suzana ao lado da cama, com uma expressão preocupada. — Isa, o que aconteceu com você?Isabela ficou parada por um instante, só então percebeu que tinha sido um sonho.Mas, mesmo sabendo que era só um sonho, ela ainda sentia um peso no peito.— Como você veio parar aqui?Suzana, enquanto despejava água quente numa caneca, falou:— Eu te liguei agora há pouco, a enfermeira atendeu e falou que você estava internada, aí eu vim.Isabela respondeu com um "Entendi" e pegou a água quente, pensou por um momento e falou:— Não conte para ninguém que estou aqui, tá?Suzana levantou a sobrancelha, olhando para ela.— A enfermeira falou que quem te trouxe ontem foi um cara bem gato, mas não parecia

Isabela olhou para trás e lançou um olhar para ela.Viu quando ela levantou o queixo, em um gesto claramente provocador:— Mana, já que de tarde não tenho nada para fazer, o papai pediu para eu ir com vocês dois dar uma volta. Não vai te incomodar, né?Isabela a encarou pelo retrovisor. Quando percebeu a inveja quase transbordando do rosto dela, curvou os lábios num sorriso:— Já sabe que incomoda e ainda vem? Cara de pau mesmo.Ela nunca fazia questão de poupar Hanna.Hanna engasgou, sem saber muito bem o que responder.Isabela, de bom humor, levantou a mão e admirou as unhas recém-feitas. Fingindo generosidade, disse:— Mas se está com tanta vontade de ir, então vai.Gustavo, ao lado, na verdade não queria que Hanna fosse, mas com Isabela já tendo falado daquele jeito, ele não podia dizer nada. Apenas ligou o carro e saiu dirigindo.Durante o trajeto, Hanna ficou no banco de trás, encarando a nuca de Isabela como se fosse perfurar ela com o olhar.Ela estava morrendo de inveja, princ