O pôr do sol ainda tingia o horizonte em tons dourados quando Vinícius estacionou o carro diante do edifício Bela Vista. Antes que Luana abrisse a porta para sair, ele a chamou num tom sereno, quase cuidadoso:— Você tem um tempo hoje, depois das oito?Ela se virou devagar, a mão já pousada no trinco, e franziu a testa, desconfiada.— Para quê?— Fui convidado para um jantar de gala. — Ele explicou, mantendo os olhos fixos nela. — Acabei de chegar a Oeiras, conheço pouca gente. Achei que talvez pudesse me acompanhar.Fez uma breve pausa e acrescentou, num tom quase de desculpa:— Posso pagar a mais, se preferir.Luana não hesitou, respondeu de imediato:— Aceito.Os lábios dele se curvaram num sorriso discreto, satisfeito, mas antes que pudesse agradecer, ela completou, firme:— Não precisa pagar nada a mais. Pela senhora Souza, vou de graça.Por um instante, um lampejo de surpresa atravessou o olhar de Vinícius, como se não esperasse aquela resposta. Logo, porém, a surpresa deu lugar
Read more