All Chapters of A Mulher que Fez o CEO Mais Frio Chorar na TV: Chapter 41 - Chapter 50

Ricardo permaneceu calado por alguns instantes. Então desviou o olhar, deixando escapar um sorriso carregado de desdém.— Você realmente tem uma memória impressionante.Como ela poderia esquecer?Cada palavra que ele havia dito no passado, cada frase que a feriu, estava gravada na memória dela. Foram seis anos até despertar de verdade. Não era cedo, mas também não era tarde demais. Pelo menos, não havia desperdiçado a vida inteira.Ao chegarem ao hospital, Luana seguiu Ricardo até o quarto de Vanessa. Esta, ao vê-lo, abriu um sorriso leve e tentou se sentar na cama.— Ricardo, você...Mas, ao lançar um rápido olhar para a figura feminina que vinha logo atrás dele, seu sorriso congelou. A expressão endureceu por um breve instante e suas mãos, sem que ninguém percebesse, apertaram com força o cobertor. Como ele podia trazer outra mulher para vê-la?Luana fingiu não notar a reação e caminhou até a beira da cama. Manteve um sorriso discreto e controlado.— Senhora Vanessa, venho me desculp

— Divórcio? — Luiz parou onde estava, visivelmente surpreso. — Como assim a Luana e o Ricardo vão se divorciar? É por causa do meu caso...— Claro que não! — Agatha se aproximou rapidamente e interrompeu a fala dele. — Luiz, não ponha coisas na sua cabeça. Eles não estão se separando por sua causa.Ela conhecia bem o temperamento impulsivo do filho e sabia que, se descobrisse o verdadeiro motivo da separação, ele provavelmente iria tirar satisfação com aquela amante que vivia ao lado de Ricardo, gerando ainda mais confusão. Se ele provocasse o genro, as consequências poderiam recair sobre toda a família Freitas, tornando a vida deles ainda mais difícil.Não era que Agatha não se importasse com a filha, mas a verdade é que, no fundo, a família Ferraz era a única chance concreta que a família Freitas tinha de melhorar de vida. Se havia alguém a culpar, que a culpa caísse sobre ela mesma, por não ter condições de dar à filha a proteção e os recursos que merecia.— É isso mesmo. — Resmung

Na noite anterior, Luana dormira no quarto de hóspedes e, para ela, aquela fora uma noite estranhamente tranquila, sem interrupções ou sonhos perturbadores.Só na manhã seguinte, quando desceu para o café, encontrou Ricardo à mesa de jantar. Havia algo diferente nele. Mesmo com o semblante sempre impecável, pequenas linhas de cansaço traíam uma exaustão silenciosa. A pele clara continuava destacando sua beleza, mas o cansaço lhe dava um ar raro, como se não tivesse dormido bem.Maria trouxe a bandeja com o café da manhã. Pela rotina de tantos outros dias, ela esperava ver Luana se levantar e, como sempre, ajudar a servir para ele. No entanto, ao perceber a indiferença dela, hesitou por um instante, como se captasse, no ar, um detalhe silencioso na relação dos dois.Teriam brigado?Ricardo abotoava com calma o punho da camisa, mas os olhos permaneciam fixos na comida sobre a mesa. Um flash de memória o alcançou. Nos velhos tempos, sempre que ficava em Bela Vista, ela acordava cedo para

Criança?A primeira imagem que surgiu na mente de Luana foi a de Leonardo. À parte daquele assunto delicado envolvendo Vanessa e seu filho, ela não conseguia encontrar nenhuma outra explicação plausível que pudesse fazer Ricardo perder o controle daquele jeito.— Eu faria mal a uma criança? — A voz dela veio acompanhada de um riso frio, carregado de incredulidade. — Sr. Ricardo, sinceramente, não sei o que o senhor quer insinuar com essas palavras.Antes que pudesse recuar, ele avançou e agarrou seu pulso com força.— Foi você quem comprou o bolo ou não? — Ele perguntou, sua voz firme, carregada de acusação.O aperto dele não teve qualquer cuidado; a pressão era suficiente para machucar.Instintivamente, Luana tentou se livrar, o nariz começando a ficar vermelho de irritação.— O bolo foi a Vanessa quem me pediu para comprar. Sim, eu comprei, e daí?Ricardo não se deu por satisfeito. Com um movimento rápido, puxou-a para ainda mais perto até que ambos ficassem separados por poucos cent

Ricardo permaneceu pouco tempo, levantou-se e deixou o lugar sem oferecer nenhuma explicação.Vanessa seguiu cada passo dele com o olhar até que a silhueta desaparecesse no corredor. Apertou as mãos com força e, por um instante, pareceu quase ranger os dentes. Ele havia dito com todas as letras que ficaria para fazer companhia à criança e, ainda assim, simplesmente foi embora.Seria por causa daquela mulher?Ela mesma respondeu, em silêncio, que não. Não fazia sentido. Durante dez anos, ele esteve ao lado dela, cuidando não só dela, mas também do filho dela. Não seria possível que, apenas por ter se ausentado seis anos, o coração dele tivesse mudado.Vanessa conhecia Ricardo bem demais para acreditar nisso. Para ele, era preferível permanecer sozinho a se envolver com qualquer uma. E essa certeza, de que ele não era homem de se apaixonar de repente, lhe trazia algum consolo.Por mais que tentasse afastar o incômodo que sentia, agarrou-se ao fato de que, acontecesse o que fosse, Ricard