Ricardo se manteve ereto por um instante, o corpo rígido, como se um peso invisível o impedisse de se mover. Antes, um abraço assim, simples e direto, bastava para lhe arrancar um sorriso. No entanto, agora, por mais que sentisse o calor do contato, não havia sequer um traço de alegria dentro dele.Vanessa desviou o olhar para a silhueta parada na porta e, com uma entonação suave, perguntou:— Ricardo, aconteça o que acontecer, você sempre vai acreditar em mim, não vai?Ele continuou encarando a paisagem pela janela, como se estivesse distante dali, e respondeu apenas com um murmurinho indecifrável, que não trazia nem firmeza, nem dúvida.O sorriso de Vanessa se abriu lentamente.— Você é tão bom para mim, Ricardo. Tão bom.Na porta, Luana permaneceu imóvel, a mão hesitando em empurrá-la. Aquela cena, tão calculada, a mantinha paralisada. Ao vê-la ali, Vanessa não fez menção de denunciá-la.Luana percebeu de imediato que aquela pergunta não era por acaso. Vanessa queria que ela ouvis
Read more