Todos os capítulos de Você Se Casou com Sua Musa, E Eu Virei Sua Obsessão: Capítulo 61 - Capítulo 70

As portas de aço inoxidável do elevador se fecharam lentamente atrás dela, refletindo como um espelho. Do teto, a luz fria se projetava em faixas sobre o mármore polido do chão.E, no fim daquela faixa de luz, estava a silhueta alta e imponente de Leonardo.Parecia ter acabado de sair do carro: o paletó preto ainda trazia o frio da noite, a gravata estava meio afrouxada e o cabelo, sempre arrumado com rigor, agora surgia levemente bagunçado. Era evidente que viera às pressas.Nem ele mesmo sabia explicar por que tanta urgência. Durante todo o dia, a imagem de Carolina deixando seu escritório não saíra da cabeça.Mesmo nos braços da Larissa, o coração dele permanecia inquieto.Pouco antes, deveria estar num jantar ali por perto, mas, ao ouvir Wellington dizer que Carolina estava naquele prédio, não pensou duas vezes: correu de carro sem dar satisfação a ninguém.— Carol. — Chamou, avançando alguns passos, os olhos cheios de uma mistura de emoções. — Volta pra casa comigo.Carolina franz

Daniel não respondeu de imediato. Apenas se virou de leve e, num tom baixo que só os dois podiam ouvir, perguntou a Carolina:— Você está bem?Havia algo na voz dele, uma firmeza serena que, de modo inexplicável, fez seus nervos tensos se afrouxarem.Leonardo, ao notar aquela intimidade sutil entre os dois, sentiu o sangue ferver.— Daniel, o que você tá querendo dizer com isso? — Explodiu.— Nada demais. — Respondeu Daniel, com um olhar que parecia feito de gelo. — Vim buscar alguém.— A Carol não precisa que você venha buscá-la! — Leonardo rebateu, o pescoço rígido de raiva.Os olhos de Daniel pousaram sobre a marca vermelha no pulso de Carolina. Num instante, sua fúria superou a de Leonardo.Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, Daniel ergueu a perna longa e, de um golpe seco, acertou o peito de Leonardo.Pego de surpresa, Leonardo caiu de costas no chão. O impacto ecoou no mármore. O ar lhe fugiu dos pulmões, e uma dor surda percorreu-lhe o peito.Atônito, ergueu os olhos.

Daniel abriu a porta e desceu do carro. O motorista se apressou em segui-lo.— Sr. Daniel, o senhor vai comprar alguma coisa? Posso ir no seu lugar.— Não precisa.Deixou apenas essas duas palavras no ar e caminhou até a farmácia. Pouco depois, voltou trazendo uma pomada nas mãos.Carolina olhou para o tubo e, de repente, entendeu do que se tratava. Instintivamente, baixou os olhos para os sinais avermelhados que ainda marcavam seu pulso.Assim que entrou no carro, Daniel lhe estendeu a pomada.— Obrigada. — Ela recebeu o remédio.Na verdade, não era nada grave. Mas aquele gesto trazia a preocupação dele.Daniel não disse mais nada. O motorista voltou a se sentar e ligou o carro.O veículo parou diante da casa onde Carolina estava hospedada. Talvez pelo incômodo que Leonardo lhe causara naquela noite, acabou sentindo uma leve tontura durante o trajeto.Daniel foi o primeiro a sair. Deu a volta e abriu a porta para ela. Uma brisa noturna, carregada pelo perfume das flores de cerejeira t

Leonardo lançou um olhar fulminante para Wellington.— Então, Léo... Acabei de lembrar que tenho um compromisso. Vou primeiro! —Disse Wellington, já tentando escapar.— Volta aqui! — O rugido de Leonardo ecoou no quarto.O tom era tão carregado de fúria que Wellington percebeu que, se ousasse fugir, o castigo seria bem pior do que apanhar.— Léo, eu... Eu não aguentei segurar, foi mal... — Gaguejou ele, nervoso. — Quer saber? Me dá logo uns socos, desconta sua raiva!— Não vou te bater. — A voz de Leonardo era fria como gelo. — Vou te dar uma chance de compensar a besteira que fez.— Que? — Wellington arregalou os olhos. — Que chance?— Dá um jeito de marcar um encontro com a Carol.Leonardo sabia que, se ele mesmo ligasse, Carolina jamais aceitaria vê-lo.— Léo! — Larissa exclamou, a voz aguda, tomada de indignação. — Você ainda quer se encontrar com ela?— Fica quieta! — Ele a cortou num tom duro, antes de voltar os olhos para Wellington. — E aí? Consegue ou não?— Eu... Acho que sim

— Você tá esquisita. — Disse Isabela na tela, estreitando os olhos. — Parece que tá cheia de coisa na cabeça.Depois de uma pausa, completou:— Não me diga que ainda tá pensando naquele tal de Leonardo, hein? Carol, ele não merece.— Que bobagem. — Carolina sorriu de leve. — Ele? Pra mim agora não passa de lixo.Depois de descobrir aquelas verdades cruéis, a Carolina que um dia amara Leonardo com toda a alma já não existia mais.Ela tinha cometido erros, sim. Mas, se mesmo sabendo da verdade continuasse a insistir na mesma tolice, nem ela mesma se respeitaria.— Ainda bem. Melhor esquecer e voltar pra cá animada, pronta pra namorar o nosso grande artista!— Não fala besteira. — Carolina retrucou, quase sem pensar.— Besteira por quê? Vocês vão se casar por aliança. No fundo, é como se já fossem namorar.Dessa vez, Carolina não encontrou forças para rebater.— Vamos deixar as coisas acontecerem. — Murmurou baixinho.— Tá bom, vou jogar uma partida. Dorme cedo, hein! Te espero aqui quand