All Chapters of Renascimento no Apocalipse: A Rainha do Estoque: Chapter 11 - Chapter 20

Dentro dos ônibus, o verdadeiro inferno começava. Muitos passageiros desmaiavam repentinamente, e, quando se levantavam, a transformação já havia acontecido. Não havia para onde fugir: o espaço confinado dos veículos se tornava uma armadilha mortal.Alguns, por sorte, conseguiam chegar aos seus locais de trabalho. Como a gerente do supermercado que Alice havia visto antes, que, com seu próprio carro, conseguiu escapar do caos inicial. Porém, ao chegar ao trabalho, deparava-se com as portas fechadas.Grupos de colegas, confusos, se reuniam na frente dos estabelecimentos, sem entender o que estava acontecendo. Foi então que, de repente, alguém coberto de sangue surgia correndo em direção a eles.No início do apocalipse, a reação instintiva das pessoas era pensar que se tratava de uma briga ou de alguém em perigo. Os mais solícitos se aproximavam para ajudar, apenas para serem imediatamente mordidos pelos zumbis.Essas cenas estavam se repetindo em toda a cidade. Cada esquina, cada espaço

Sem saída.Um estrondo ensurdecedor ecoou quando os veículos colidiram e tombaram.Alice sentiu sua cabeça ser violentamente sacudida pelo impacto do airbag do carro. O cruzamento agora estava completamente bloqueado. Uma enorme carreta havia tombado sobre sete ou oito carros menores, formando uma montanha de metal retorcido que selava o caminho.O carro de Alice havia parado bem debaixo de uma das enormes rodas inclinadas da carreta tombada. Por pouco, apenas dez centímetros separavam seu carro de ser esmagado.Depois de um desvio extremo e por sorte não ter sido atingida, Alice sentiu sua cabeça zunir por causa do impacto do airbag. Ela bateu com força no volante, tentando inutilmente ligar o carro novamente.— Droga.O carro estava completamente inutilizável.Alice sabia que não devia ter investido tempo ou dinheiro em um carro melhor. Não fazia sentido. No início do apocalipse, veículos eram úteis, mas no longo prazo, tornavam-se praticamente obsoletos. O combustível seria uma das

Alice sabia que ela estava sendo seguida. Antes de partir, ela fingiu carregar dois galões de água nos braços e, na frente dos dois que a acompanhavam, colocou-os na caminhonete.— Ei! Você nem pagou, né? E ainda levou tudo! O que a gente vai comer agora? — Gritou a mulher, indignada, apontando para Alice.Suas palavras só renderam uma resposta irritada do homem ao lado dela:— Você só pode estar maluca!Depois de xingá-la, o homem deu alguns passos à frente, tentando alcançar Alice:— Senhorita, por favor, me leve com você! Se me levar até o condomínio Hipicus, no lado oeste da cidade, eu te dou 1 milhão de reais em dinheiro!Alice subiu na caminhonete, bateu a porta com força e, dessa vez, decidiu responder com um leve tom de desdém:— Você ainda acha que dinheiro tem algum valor agora?O rosto do homem ficou sombrio na mesma hora. Ele sabia que ela estava certa. Dinheiro agora não tinha mais nenhuma utilidade. Ele apenas assistiu, impotente, enquanto Alice ligava o motor e partia, d

O canal estatal cortou todos os outros sinais e começou a transmitir uma única mensagem de emergência. Na tela, as palavras [aguardem por resgate] foram repetidas três vezes, em letras grandes e brancas sobre um fundo preto.Alice reconhecia aquela cena com uma clareza dolorosa. Na sua vida passada, quando o apocalipse começou, as emissoras de TV transmitiram o mesmo tipo de anúncio.No início, todos acreditaram fielmente no conteúdo da mensagem. A maioria das pessoas achava que a crise seria resolvida rapidamente, que tudo voltaria ao normal. Mas ninguém sabia que aquilo era apenas o começo de uma catástrofe irreversível.O vírus zumbi não tinha cura.A única solução eficaz seria isolar completamente as áreas afetadas e exterminar todos os infectados, incluindo aqueles que haviam sofrido ferimentos leves. Qualquer hesitação era fatal.Porém, quando as autoridades finalmente perceberam a gravidade da situação, já era tarde demais. O vírus havia se espalhado de forma descontrolada, e a

Alice também havia ganhado fama em sua vida passada dentro de uma Base, mas não por ser gentil ou amigável. Foi sua crueldade e determinação que a fizeram alcançar um nível onde ninguém ousava desafiá-la. Naquele ambiente, só os mais fortes e implacáveis sobreviviam.— Aqui é a minha Base! — Disse Alice, olhando para o abrigo antiaéreo que havia construído com tanto esforço. Seus olhos brilharam de determinação.Ela tinha um objetivo claro: transformar aquele lugar em sua fortaleza de aço, uma Base tão sólida que ninguém seria capaz de invadi-la.Alice deu uma última olhada nos canais de televisão. Após confirmar que todos os sinais estavam interrompidos e não havia mais informações úteis, desligou a TV e se levantou."Ainda tenho que reforçar minha Base. O sistema ainda não terminou de me recompensar por isso."Depois de comer e descansar, Alice pegou Thor e foi até a área onde havia começado sua pequena fazenda.Ela demarcou um espaço próximo ao terreno e usou galhos secos e pedaços