Share

Capítulo 5

Penulis: Lorena Neves
De volta aos aposentos, a dama do palácio, que antes estava com o rosto carrancudo e séria, ordenou imediatamente que preparassem água para servir a Imperatriz em seu banho.

Ela espremeu Flora para o lado e, sorrindo largamente para Íris, disse:

— Imperatriz, em todos esses anos, além da Consorte Imperial, o Imperador nunca favoreceu nenhuma outra concubina, a Imperatriz é a primeira!

Flora, parada ao lado, olhou com desagrado para essa dama do palácio. Antes, ela não era nem um pouco tão solícita assim. Era claramente alguém que bajulava os poderosos e desprezava os fracos.

De fato, no palácio, o status de uma mulher dependia do favor do Imperador. Caso contrário, mesmo sendo Imperatriz, ainda poderia ser negligenciada.

A dama do palácio falou muitas coisas, mas Íris não lhe deu atenção. Ela ordenou friamente:

— Todos se retirem. No aposento interno, só preciso da Flora para me servir.

Quando o aposento interno ficou tranquilo, Flora perguntou com preocupação:

— Senhora, o Imperador virá, isso é uma boa coisa. Mas, ao agir assim, a senhora não está declarando guerra com a Consorte Imperial? A Sra. Dalia sempre nos disse que devemos ser discretas no palácio, não fazer inimigos, principalmente com a Consorte Imperial...

— Foi assim também que a minha mãe ensinou Leona? — Íris respondeu de repente, com a voz fria e olhar afiado.

Ela não concordava com esse tipo de ensinamento.

Afinal, seu mestre e sua mestra sempre lhe ensinaram que "se deve pagar o bem com gratidão e o mal com vingança. Uma pessoa vive apenas uma vez, então é preciso viver intensamente, sem arrependimentos".

Na verdade, sua mãe apenas seguiu as rígidas regras da família Castelo para educar seus filhos. A família Castelo tinha grandes expectativas para suas mulheres, exigindo excelência.

As mulheres da família não podiam perder para ninguém em habilidades como música, xadrez, caligrafia e pintura. Também deviam manter virtudes morais e uma boa reputação pública.

Leona já havia expressado em cartas várias vezes sua inveja de Íris, por poder viver livremente. Ela não queria se tornar Imperatriz.

Pensando nisso, se Leona realmente tivesse entrado no palácio como Imperatriz, como teria suportado as intrigas desse lugar?

Flora era uma das poucas da Casa dos Castelo que conhecia a verdadeira identidade de Íris. Muito cautelosa, ela instintivamente fechou a janela.

— Senhora, as paredes têm ouvidos! O que deve ser esquecido, esqueça. Não fale mais disso.

Íris respondeu com calma e firmeza:

— Eles estão longe demais para ouvir.

Ela era treinada em artes marciais e podia sentir a presença de outras pessoas. Se nem isso conseguisse perceber, já teria morrido várias vezes durante seus anos como general e viajante solitária.

Íris era direta e desprezava rodeios. Ela falou:

— Fui ao Palácio Calistela esta noite sob o pretexto de levar remédios, mas na verdade foi para investigar a segurança do local.

Flora perguntou cautelosamente:

— Segurança? Senhora, o que pretende fazer?

— Eu mesma vou matá-la.

— O quê? — Flora cobriu a boca, chocada, para não gritar.

"A senhora quer assassinar a Consorte Imperial!"

Depois de se acalmar, Flora tentou dissuadi-la:

— Não pode, senhora! Isso é perigoso demais!

Íris assentiu seriamente:

— De fato, é arriscado. Não é à toa que é a favorita do Imperador, a segurança no Palácio Calistela é extremamente rígida, até com armadilhas nas beiradas dos telhados. Ainda não encontrei uma brecha. Preciso ir mais algumas vezes para entender tudo.

Flora engoliu em seco, nervosa.

— Mas senhora, a Sra. Dalia disse...

O olhar de Íris ficou frio, ela a interrompeu:

— Você mesma disse antes, o que deve ser esquecido, deve ser esquecido.

Flora estava desesperada por dentro.

"Minha senhora, não foi isso que eu quis dizer!"

Íris a encarou, continuando:

— Não vou te forçar. Se quiser vingar Leona, venha comigo. Se tiver medo e não quiser conspirar comigo, finja que não ouviu nada. Mas o que eu for fazer, não conte a ninguém, ou eu vou te matar.

Quem estivesse ao seu lado podia até não ajudar, mas jamais poderia ser um fardo.

Flora suava frio, com o coração disparado. Após muito hesitar, a imagem do sorriso gentil de Leona surgiu em sua mente. Ela fechou os olhos e falou:

— Senhora, a Srta. Leona me tratava como uma irmã. Ver o que aconteceu com ela me dói muito. Se eu puder fazer algo por ela, não vou ter arrependimentos!

Íris desviou o olhar, ainda serena como sempre enquanto falava:

— Já que escolheu, não se arrependa.

Depois de se acalmar, Flora trouxe outra preocupação:

— Senhora, quando forem dormir juntos hoje à noite, o Imperador vai saber que a senhora é virgem. Logo depois, a Consorte Imperial também vai saber. E se ela desconfiar, o que faremos?

Íris, no entanto, não estava preocupada com isso.

— Primeiro, o Imperador é o soberano da nação, jamais sairia falando sobre seus assuntos na cama por aí, ainda mais com sua mulher favorita, para não deixá-la aborrecida. Segundo, mesmo que ele diga, a Consorte Imperial não vai acreditar. Ela vai pensar que ele só está tentando manter as aparências. Mesmo que a esposa não seja mais virgem, ele tem que esconder isso dos outros para manter seu orgulho masculino. Ou talvez, ela ache que manipulamos a situação. Seja como for, ela não vai poder investigar abertamente, porque isso seria afrontar o Imperador.

Flora disse:

— Mas antes do casamento, a Consorte Imperial já...

— Antes do casamento, eu ainda não era Imperatriz. Depois do casamento, meu status está definido.

Flora finalmente entendeu, escancarando os olhos e falando:

— Nesse caso, não precisamos mais temer a chegada do Imperador.

No entanto, elas esperaram por muito tempo. Quando perceberam, já era meia-noite e o Imperador ainda não tinha chegado.

Íris, vestida com uma camisola de seda vermelho-escuro, se sentou à beira da cama, com a expressão inalterada.

— Ele não vem, vamos descansar.

— Sim, senhora. — Flora respondeu, indignada por dentro.

"O Imperador também não cumpre sua palavra?"

Íris, acostumada a se adaptar, logo adormeceu.

Na segunda metade da noite, de repente, alguém caiu sobre ela, com respiração pesada e movimentos bruscos, tentando abrir a faixa que amarrava o seu pijama.

Ela acordou em alerta, instintivamente puxou a adaga que estava debaixo do travesseiro...

No escuro, a pessoa agarrou seu pulso. Ela estava prestes a reagir quando uma voz grave e ameaçadora soou:

— Imperatriz, está querendo matar o Imperador?
Lanjutkan membaca buku ini secara gratis
Pindai kode untuk mengunduh Aplikasi

Bab terbaru

  • A Guerreira Virou Imperatriz: Vinganças e Intrigas   Capítulo 146

    No grande salão, os ministros dos dois países se engajaram em um acalorado debate.Rodrigo falou com convicção:— Imperador de Gretis, Breno matou inúmeros inocentes em Petris. As indenizações visavam acalmar o povo, e fazer Breno pedir desculpas era também para consolar toda Petris e facilitar a aliança e a paz entre nossos reinos. Se Gretis não oferecer nenhuma compensação, mesmo que eu assine o tratado de paz, receio que dezenas de milhares de soldados de Petris não concordem, o povo não aceite, e nem mesmo os espíritos dos mortos descansados!Os ministros de Gretis reagiram na hora:— Em qualquer guerra há perdas, é inevitável! Além disso, os nossos soldados jamais massacraram o povo indefeso de Petris, então que injustiça é essa? Que consolo seria necessário?Rodrigo estreitou os olhos, tocou a barba e respondeu com firmeza:— Quer dizer, então, que não há interesse em negociar a paz?“Muito bem! Se assim fosse, que a guerra continuasse!”, pesnou ele.De qualquer forma, Breno esta

  • A Guerreira Virou Imperatriz: Vinganças e Intrigas   Capítulo 145

    No momento em que Mateus tocou sua máscara, uma agulha de prata pressionou seu peito.Os olhos de Íris estavam frios como gelo.— A curiosidade mata as pessoas. — Disse ela.Mateus apertou levemente os lábios, em seguida, retirou a mão.Ela também recolheu a agulha.Assim, os dois permaneceram em silêncio, sem conflito.Quando o mecanismo se abriu, Jorge viu que o Imperador estava vivo e em segurança, e finalmente respirou aliviado.Mas parecia que ainda era mais seguro capturar aquela assassina. Aproveitando que ela estava enfraquecida, era a chance de acabar com ela!Jorge sacou a espada imediatamente, mas ouviu a ordem do Imperador:— Deixe ela ir....A noite estava profunda.No Palácio da Harmonia, Flora passou os últimos dois dias inquieta, conseguiu relaxar um pouco ao ver a Imperatriz retornar.Mas logo percebeu que a Imperatriz parecia gravemente ferida.— Senhora... — Disse Flora, preocupada.Íris arrastava o corpo debilitado, apoiando uma mão na beira da mesa e segurando a p

  • A Guerreira Virou Imperatriz: Vinganças e Intrigas   Capítulo 144

    Íris caiu sobre aquela cama de jade. O homem que antes estava deitado ali de repente se virou sobre ela. Suas mãos fortes pressionaram seus ombros enquanto ele se inclinava, como um tigre feroz, com o olhar perigoso percorrendo seu corpo, como se quisesse devorar ela.Os olhos de Íris se estreitaram de repente, e ela cravou a última agulha com firmeza.Em seguida, ergueu as mãos, se apoiando no peito dele que avançava sem parar, tomando cuidado para não tocar nas agulhas de prata.Os lábios finos do homem quase roçaram sua face, passando levemente por sua bochecha e o lóbulo da orelha.Sua respiração vinha quente, como uma onda de verão, soprando em seu pescoço.— Mantra da Tranquilidade, eu esqueci... — Ele murmurou.Íris o olhou com frieza, lembrando ele.— Vou falar uma frase, o Imperador repete.Ela se esforçou para recitar algumas palavras, e aos poucos o efeito começou a aparecer. Mateus olhou para ela e a intensidade do seu olhar diminuiu bastante.Ele percebeu o que havia feito

  • A Guerreira Virou Imperatriz: Vinganças e Intrigas   Capítulo 143

    Íris frequentemente se encontrava em situações extremas, mas necessidades básicas nunca eram um problema.Bastava beber pouco e aguentar um pouco, e tudo passava.Mas ela não esperava que o Imperador, acostumado a todo luxo, também conseguisse resistir.Quando a ampulheta marcava a metade do tempo, o homem sentado na cama de jade abriu os olhos de repente, encarando Íris com um olhar afiado.— Por que me olha assim? — Perguntou ele.Ela o olhava, e ele podia sentir.Íris não se intimidou e perguntou sem rodeios:— Vossa Majestade não tem nenhuma necessidade?“Necessidade? Ela pode se atrever a perguntar ainda mais!”, pensou Mateus.Ele não respondeu, seu semblante parecia coberto por uma camada de gelo, e seus olhos profundos transbordavam uma aura ameaçadora.Íris não achou sua pergunta estranha, ela tinha sido bastante delicada, mas a reação dele parecia exagerada.“Comer, beber, ir ao banheiro... São necessidades humanas normais, né? Talvez, por ser Imperador, ele não se veja como u

  • A Guerreira Virou Imperatriz: Vinganças e Intrigas   Capítulo 142

    Mateus já tinha tirado metade da roupa, mas a mulher à sua frente pediu que ele esperasse.“Esperar o quê?”, ele estava confuso.Íris então falou:— Vamos encontrar um lugar onde ninguém nos interrompa. Preciso de dois dias inteiros para eliminar esse veneno de uma só vez.Os olhos de Mateus gelaram.— Você mesma disse antes que forçar a saída do veneno de uma só vez prejudica o corpo do envenenado.Ele desconfiava que ela quisesse sua morte.— Descobri um jeito. — Íris respondeu com calma. — Se não confiar em mim, ponha alguém para vigiar.Mateus fitou os olhos dela. Eram como um lago parado, profundos e impassíveis, mas não havia malícia nem intriga, apenas uma retidão serena.O mais importante era que ela também estava envenenada pelos Pesadelos Dourados. Se ele morresse, ela também não conseguiria o antídoto e acabaria morta.Além disso, Mateus queria se livrar logo daquele veneno. Toda vez que ele se manifestava, o sofrimento era indescritível.Ele não era um apostador, mas tinha

  • A Guerreira Virou Imperatriz: Vinganças e Intrigas   Capítulo 141

    Em menos de um dia, já corria a notícia de que o Imperador tinha ido ao Palácio das Sombras defender a Dama Imperial Felícia.A Imperatriz-Mãe ficou bastante aflita.— Então o Imperador ainda não conseguiu esquecer a Felícia? — Desabafou ela.A Dama Judite também não escondeu a preocupação:— Ouvi dizer que porque a Imperatriz foi ao Palácio das Sombras tirar satisfações com a Dama Imperial Felícia, o Imperador acabou indo até lá. Dizem que ele, na frente de todos, repreendeu duramente a Imperatriz e proibiu que ela voltasse ao Palácio das Sombras. Imperatriz-Mãe, a Dama Imperial Felícia sempre soube usar de artimanhas... Temo que em pouco tempo ela acabe mesmo reconquistando o favor do Imperador.A Imperatriz-Mãe, indignada com a falta de prudência, resmungou:— E a Imperatriz, por que foi se meter com ela? Acabou só dando a chance que a Felícia queria!As outras concubinas, que antes estavam prontas para se aproveitar da queda de Felícia, ao verem a postura do Imperador, trataram log

Bab Lainnya
Jelajahi dan baca novel bagus secara gratis
Akses gratis ke berbagai novel bagus di aplikasi GoodNovel. Unduh buku yang kamu suka dan baca di mana saja & kapan saja.
Baca buku gratis di Aplikasi
Pindai kode untuk membaca di Aplikasi
DMCA.com Protection Status