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Não podia ser que, de repente, eles tivessem criado consciência e decidido poupá-lo, certo?Quando Luther disse "eles tinham outro propósito", algo se encaixou na minha mente, uma possibilidade tão sombria que fez meu estômago afundar.E se a habilidade de Luther de conceder desejos não tivesse surgido depois da morte?E se ele tivesse nascido com ela?Uma ideia horrível começou a tomar forma.Desde o nascimento, Luther possuía um dom sobrenatural, o poder de realizar os desejos das pessoas.Mas todo desejo tinha um preço.Cada um era distorcido, corrompido e realizado da pior forma possível.Temendo que essa habilidade trouxesse desgraça ao filho, seus pais tentaram escondê-la.Mas, com o tempo, os empregados da casa, pessoas que o viam todos os dias, descobriram.E quando souberam, passaram a usá-lo.Exploraram seu poder para assassinar os pais dele e roubar tudo o que possuíam.Talvez o tenham enganado com palavras inocentes, dizendo coisas como:— Eu desejo que seus pa
Por fim, ele fez sua última pergunta.— Você odeia aquelas pessoas?Luther assentiu uma única vez.— Sim.Os dois trocaram olhares pensativos e então se afastaram em silêncio.Quando ficaram fora de vista, aproximei-me dele. A névoa negra ao seu redor estava mais densa do que nunca, espessa a ponto de quase vibrar no ar.Levantei o rosto e fiz minha última pergunta.— O seu poder de conceder desejos… você já o possuía quando estava vivo, ou o adquiriu depois de se tornar… o que quer que você seja agora?No instante em que a última palavra deixou minha boca, a névoa negra explodiu, enrolando-se firmemente ao meu redor.Ela cheirava a sangue, tão densa e sufocante que parecia quase sólida. A fúria contida nela pressionou-me como uma maré, pronta para me afogar por completo.Depois do que pareceu uma eternidade, finalmente ouvi a resposta dele.— …Quando eu estava vivo.Dia Final.A voz do sistema ecoou:[Missão Final: "Desejo" foi emitida.][Cada jogador pode agora fazer u
[Por favor, prossigam com cuidado ao formular suas perguntas.]A névoa negra se adensou, e Luther surgiu diante de nós, sua figura alta se materializando lentamente no ar.Antes que qualquer outra pessoa pudesse falar, levantei a mão num impulso.— Eu quero ir primeiro!Meus olhos se fixaram nos dele, brilhando com travessura.— Quando eu te beijei ontem à noite, qual foi o gosto? — Perguntei.Luther congelou. Cada centímetro dele exalava resistência e uma fúria terrível. Mas regras eram regras, nem mesmo o chefe podia mentir durante a missão A Verdade do chefe.— …Doce. — Disse por fim, com a voz tensa.— Cereja.Os outros dois jogadores viraram a cabeça para mim ao mesmo tempo, os rostos tomados por choque, as bocas praticamente caindo abertas.O chat da transmissão ao vivo enlouqueceu, várias fileiras de ????? tomaram o ar.Satisfeita, sorri e continuei:— Segunda pergunta. Qual o seu tamanho?Luther franziu a testa.— Você quer dizer… a minha idade? — Murmurou.O tom perm
— E quando você se aproximou do chefe, uma nuvem de névoa negra embaçou nossa visão. Ninguém sabe o que vocês dois disseram. Tudo o que sabemos é que, depois da conversa, o cara de cabelo raspado que te empurrou morreu.O homem alto aproveitou o embalo e deu um passo à frente.— Já ouvi dizer que, em algumas masmorras, NPCs se disfarçam de jogadores para induzir todo mundo à aniquilação total. Diante disso, é perfeitamente razoável suspeitar que você seja uma dessas NPCs.A garota mais nova não disse nada, mas seus olhos carregavam a mesma cautela e hostilidade. Em silêncio, ela enfiou a mão na mochila, como se estivesse procurando uma arma.Droga.Para ser sincera, ouvindo o raciocínio do cara alto, eu mesma não conseguia descartar completamente essa possibilidade.Ótimo. Zero argumentos de defesa. Tive vontade de rir.A garota puxou uma arma da mochila e apontou direto para a minha cabeça, com uma expressão morta e vazia. Toda a aura frágil e submissa de antes havia desapareci
Clang—A faca e o garfo escorregaram das mãos de Luther, caindo no chão com um som nítido.Mesmo com o rosto escondido pela névoa negra, eu podia sentir o choque emanando dele.Aff. Que irritante.Peguei Luther pelo colarinho, puxei-o para perto e o beijei com força, pressionando meus lábios nos dele e deslizando a cereja da minha boca para a dele.Nossas línguas se tocaram; ele tentou se afastar, mas eu não me importei. Mordi a cereja, deixando seu suco excessivamente doce escorrer lentamente entre nós.Só depois que ele engoliu, finalmente me afastei.A névoa negra ao redor dele estourou violentamente, como se tivesse explodido. Sorri e fiz um gesto com o dedo para ele.— Ainda tem o creme. — Disse suavemente. — Quer experimentar?—Você… você... Não tem vergonha!A voz de Luther saiu rouca, misturando raiva e pânico.Eu ri. — Não me diga que foi o seu primeiro beijo."…"Ele virou o rosto, recusando olhar para mim. Mas a névoa ao redor dele parecia curiosa. Ela flutuo
— Já descobrimos do que o Chefe gosta. — Disse a garota em voz baixa. — Mas e o que ele odeia? Se alguém escolher o prato errado, vai morrer.Eu levantei a mão.— Encontrei um álbum de fotos na biblioteca. — Falei. — Está cheio de fotos das festas de aniversário de um garotinho, ano após ano, até ele chegar aos vinte e poucos anos. E em todas as fotos, o bolo está intacto. Então acho que a comida que o chefe odeia… é bolo de frutas.Depois de identificarmos a opção fatal, surgiu uma pergunta ainda mais cruel.Se todos precisavam apresentar um prato, quem ficaria com aquele que garantia a morte?No fim, decidimos tirar a sorte.Um rapaz de cabelo raspado tirou o palito mais curto. Seus olhos vacilaram de nervosismo e por algum motivo, ele olhou direto para mim.Quando o banquete começou, Cheryl foi a primeira a avançar. Ela apresentou o ensopado cremoso com uma elegância ensaiada.A voz clara e animada do sistema ecoou:[Parabéns. Você apresentou o prato favorito do chefe.][