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Capítulo 3

Auteur: Sino Ouro
Matheus tirou as notas da minha boca e, baixando o olhar, observou entre minhas pernas. A palma áspera dele passou ali, deixando tudo ainda mais bagunçado. Quando afastou a mão, comentou:

— Tá escorrendo muito.

— Rápido… Eu quero… — Eu só queria liberar aquilo.

Mas ele balançou a cabeça, mostrando os dentes brancos num sorriso provocador.

— Só de noite.

Com as notas amassadas, ele limpou cuidadosamente entre minhas pernas, depois se levantou e puxou as calças.

Segurei o bolso dele com força, sem deixar que se afastasse. Olhei para cima com um pedido quase desesperado.

— Se você não me der agora… Eu vou passar mal. Vou procurar outro.

A expressão dele escureceu. Num movimento seco, me virou e me jogou sobre as coxas dele.

A carne macia da minha bunda recebeu palmadas duras, sem misericórdia.

Até que eu implorei, a voz fraca:

— Matheus, eu errei…

— Errou onde?

A pergunta súbita me deixou sem resposta e ele desceu a mão de novo, mais uma sequência ardida.

Não aguentei. As lágrimas caíram.

— Eu não vou procurar mais ninguém… Eu só quero você!

— Assim é que eu gosto. — Matheus sorriu satisfeito e voltou para o trabalho no campo.

Enquanto eu vestia minhas roupas devagar, resmungando e lançando olhares ressentidos na direção dele, ele respondeu com aquele mesmo sorriso…

Um sorriso que parecia inocente, mas só enganava quem não o conhecia.

"Parecia bonzinho… Mas era danado até o último fio de cabelo."

Essa foi a minha conclusão sobre Matheus.

No caminho para o refeitório, um dos rapazes que veio para o vilarejo na mesma leva que eu se aproximou.

— Tá se sentindo melhor?

— Bem melhor. — Respondi enquanto espiava discretamente a reação de Matheus lá na frente. Como ele não demonstrou ter ouvido nada, ganhei coragem. — Tô com fome… Você me empresta um pouco de dinheiro?

Eu sempre soube usar bem minha beleza.

O rapaz nem pensou, dividiu na hora metade do dinheiro que tinha comigo.

Ele acenou com a mão, generoso:

— Eu sou forte, ganho mais que os outros. Não precisa devolver.

Eu ainda nem tinha agradecido quando vi as orelhas dele ficando vermelhas. Ele coçou a cabeça, envergonhado.

— Você… Pode ir comigo ao morro atrás hoje à noite?

Aquele lugar era o ponto preferido dos casais às escondidas.

O significado da pergunta era óbvio.

Já que eu tinha pegado o dinheiro, também não dava para ser grossa na hora.

Planejei recusar pessoalmente mais tarde, então sorri de forma simpática e respondi:

— Claro.

— Vem. — De repente, Matheus virou a cabeça.

Quando o olhar dele encontrou o meu, minha bunda ardeu ainda mais como se a palma dele tivesse ficado marcada ali.

Naquela noite, pela primeira vez em muito tempo, não fui abrir a janela de Matheus. Em vez disso, aproveitei a luz da lua para subir até o morro atrás do vilarejo e finalmente colocar tudo em pratos limpos.

Mas mal saí da minha cabana de palha, dei poucos passos e um corpo forte bloqueou meu caminho.

— Vai se encontrar com alguém?

— Não.

— Vem comigo.

Matheus tinha força demais, eu só conseguia ser puxada por ele, sem chance de resistir. Quando percebi que estávamos indo pela trilha conhecida do morro, o coração apertou.

Entendi na hora o que ele pretendia. Soltei a mão dele, desesperada:

— Eu não vou!

— Mas você não ia pra morro? Eu te levo nas costas.

Falava bonito…

Mas, na prática, simplesmente me levantou e me jogou no ombro, ignorando completamente minha resistência.

E, para evitar que eu gritasse e chamasse atenção, enfiou de novo algumas notas amassadas na minha boca.

O jovem estava logo ali, a poucos metros.

Só então Matheus resolveu me colocar no chão.

Num piscar de olhos, nem sei como, o cinto dele já tinha corrido e prendido minha cintura ao tronco de uma árvore, firme, sem chance de fuga.

Balancei a cabeça, tentando protestar.

Matheus limpou o suor da testa e se aproximou, falando baixo junto ao meu ouvido:

— Eu disse que ia te satisfazer hoje à noite. E eu cumpro o que digo.

De repente, senti minha cintura afrouxar, a calça larga caiu no mesmo instante.

Minhas pernas, longas e nuas, ficaram completamente expostas à noite quente.

As mãos dele, quentes e calejadas, tocaram cada um dos meus pontos sensíveis como se conhecessem o caminho decorado.

E, por fim, pousaram justamente nas minhas nádegas, já roxas das palmadas dele, apertando com força.

— Gosta tanto assim de provocar homem? É porque eu não te satisfiz, é isso? Hein?

O aperto doeu, e eu não consegui segurar um gemido.

O jovem ouviu.

— Estranho… Por que ela ainda não chegou?

Ele se sentou ali perto, sem imaginar que só algumas árvores nos separavam.

A consciência dessa proximidade fez meu corpo pegar fogo.

Entre minhas pernas, tudo ficou ainda mais molhado.

A língua de Matheus lambeu minha orelha e depois a mordeu leve, arrancando de mim um tremor que subiu da espinha até a lombar.

Se não fosse a corda, minhas pernas já teriam desabado.

Ele percebeu o quanto eu estava mais sensível que o normal.

Com facilidade, três dedos entraram fundo e começaram a mexer dentro de mim, encontrando cada ponto que me fazia perder o ar.

Matheus sorriu, aproximou-se e balançou uma berinjela roxa diante dos meus olhos.

— Adivinha o que eu comprei?

Eu gemi baixinho, sacudindo a cabeça em negação.

— Não quer? — O rosto dele mudou na mesma hora. — Querendo ou não, vai acontecer. Foi você que veio me provocar.

Não!

Eu sacudia a cabeça dizendo que não queria a berinjela.

Eu queria era ele. Só ele.

Nada no mundo se comparava ao que ele tinha, quente, firme, pesado, pulsante.

— Relaxa.

Minhas nádegas receberam mais dois tapas, deixando a pele quente e sensível. Soltei um gemido baixinho, incapaz de conter a onda de calor que subiu pelo meu corpo. Obedeci de imediato, abrindo as pernas ainda mais.

Esse movimento claramente agradou a Matheus.

Logo, a berinjela molhada foi deixada de lado… Substituída pelo calor dele.

Os movimentos começaram rápidos.

Minha cabeça balançava sem controle, e minha respiração ficou cada vez mais alta, cada vez mais entregue.

Naquele horário, a mata era silenciosa e, ao mesmo tempo, parecia ecoar com sons iguais aos meus por todos os cantos.

De repente, compreendi:

Aquela trilha não era só um lugar para passear… Era também o esconderijo de quem vinha aliviar a vontade.

E aquele jovem… Também não tinha vindo com boas intenções.

Meus seios, orgulhosos e sensíveis, foram mordidos de leve.

Um arrepio elétrico percorreu meu corpo inteiro.

Eu estava à beira, de novo.

Mas Matheus me segurou, impedindo a liberação, e sorriu daquele jeito maldoso dele:

— Tá gostando dele, é?

Segui o olhar de Matheus e vi o rapaz, escondido entre as árvores, ouvindo todos os sons…

E masturbando-se dentro das próprias calças.

— Quer que eu chame ele pra vir junto?
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