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Capítulo 2

Author: Sino Ouro
Já que tudo tinha acontecido, eu também não tinha intenção de esconder.

Depois que virei adulta, minhas partes íntimas coçavam todas as noites, a ponto de eu perder o sono. Usei os dedos, lápis, pepino…

Mas nada, absolutamente nada, conseguia satisfazer aquele desejo pulsante.

Não foi por falta de tentar com homens da cidade, mas bastava eles baixarem as calças para eu recusar na hora.

Aquele tamanho simplesmente não dava conta do que eu precisava.

Aí, um dia, ouvi uma amiga comentar que os homens do interior eram muito mais talentosos.

Desde então, os protagonistas dos meus sonhos passaram a ser agricultores fortes e vigorosos.

O que Matheus enterrava dentro de mim ficava cada vez maior e mais quente. Soltei suspiros entrecortados e, num impulso, levei um dedo dele à minha boca.

— Você tá muito duro.

— Mesmo que doa, aguenta. — Matheus afundou o quadril, movendo-se com uma rapidez quase mecânica.

Os músculos do abdômen dele passavam e repassavam diante dos meus olhos, tensos, definidos.

Embaixo, eu era preenchida sem parar.

Ao redor, o som molhado fazia minha mente viajar.

Meu corpo esquentava mais e mais, o desejo subia sem freio, e eu o abracei com força.

— Matheus… Matheus!

Os movimentos dele ficaram ainda mais rápidos.

Num gesto de advertência, ele deu uma tapa firme nos meus montes brancos como neve.

— Não. Quero que venha junto comigo.

— Eu… Não consigo segurar…

Minha voz virou um choro manhoso, em pedaços.

Felizmente, Matheus me permitiu ir.

No instante em que atingi o auge, ele apertou minha cintura, com um sorriso maldoso e ao mesmo tempo meio ingênuo.

— Vamos de novo.

Quando acordei, o sol já estava alto no céu.

Me vesti às pressas e corri para o trabalho no campo.

A vida no interior era dura, não havia salário, e até os professores precisavam trabalhar na lavoura nos períodos de maior demanda para conseguir algum dinheiro.

— Onde você tava?

Matheus, que era vice-chefe responsável por organizar o plantio, me encarou com repreensão quando me viu chegando atrasada.

Parei diante dele, irritada, e murmurei para que só ele ouvisse:

— A culpa é sua… Quem mandou fazer tantas vezes?

Matheus não respondeu. Apenas ergueu o queixo, mandando-me ir logo arrancar o mato.

Eu ainda estava exausta da noite anterior, a cintura mole, as pernas fracas. Com o sol queimando sem dó, acabei desmaiando no chão.

Um cheiro masculino, familiar e viciante, entrou pelo meu nariz. Mexi os dedos, tentando segurar quem estava prestes a se afastar. Lambi os lábios secos e sussurrei:

— Quer um pouquinho de… Emoção?

Atrás dos montes altos de feno, havia sombra e frescor. Logo adiante, os jovens enviados ao campo e os agricultores trabalhavam, totalmente alheios.

Matheus agarrou minha mão no instante em que tentei abrir os botões da minha roupa. A expressão dele fechou como tempestade.

— Você tá com tanto desejo assim?

— Tô. E aí… Quer ou não?

Soltei o ar contra a pele dele, deixando à mostra a clavícula delicada. Quando percebi que ele não reagia, meus olhos deslizaram para a protuberância já evidente na calça dele.

Levantei-me com um sorriso provocador.

— Se você não quer, eu posso achar outro.

Dei dois passos...

Dois…

Um braço forte puxou minha calça pela cintura e me arrastou de volta com facilidade.

Sob o sol escaldante, o corpo dele fez sombra sobre o meu.

Olhei para o peito firme bem acima de mim… E não resisti: apertei com vontade.

Levei dois tapas fortes na bunda, e um grito escapou da minha garganta.

Matheus imediatamente tapou minha boca.

— Shhh! Você quer que todo mundo veja isso?

— Ué, você não gosta quando eu grito pra te animar? — Dei de ombros com desdém, enquanto minha mão continuava ocupada, brincando com o que ele tinha.

A gente estava perto demais dos outros trabalhadores. Matheus pegou um punhado de capim, tentando enfiar na minha boca para abafar o som.

— Se você colocar isso aí, eu te mato.

Fuzilei-o com os olhos. No segundo seguinte, ele enfiou a mão no bolso, tirou algumas notas de dinheiro, amassou-as e empurrou dentro da minha boca.

— Assim serve? Hein, minha desgraça?

Afundei no peito dele, rindo feito boba, até que ele me alcançou com dois beliscões certeiros, firmes na medida exata, arrancando de mim um ar ofegado.

Era punição.

As mãos dele amassavam meus seios com agressividade, deixando-os queimando, como se a pele fosse se soltar.

E eu… Amava cada segundo.

Era exatamente essa brutalidade que eu queria. Quanto mais ele me tratava assim, mais aberta eu ficava por dentro, mais fácil meu corpo escorria.

O cheiro dele, mistura de capim fresco e poeira, invadia meu nariz, embaralhando completamente minha cabeça.

— Matheus… Mais rápido…

— Vá fundo…

Com a boca entupida de notas, as palavras saíam todas embaralhadas.

Mas ele entendeu.

E acelerou.

Os movimentos ficaram tão rápidos que meus olhos quase viraram. Bem quando eu estava prestes a explodir, ele parou de repente, saiu de dentro de mim e exibiu um sorriso maldoso.

Desesperada, agarrei a mão dele, o olhar suplicante, implorando sem conseguir falar.
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