Aos dezesseis anos, Zuriel foi jogado em uma arena de combate, onde teve que lutar até a morte contra feras selvagens.No dia em que ele saiu vivo daquele inferno, Zuriel conquistou sua primeira força armada. Ele formou seu próprio grupo paramilitar e começou a realizar trabalhos sujos para o seu padrinho. Envolveu-se em guerras sangrentas contra outras gangues, roubos e assassinatos, enquanto passava por um treinamento militar rigoroso, digno de mercenários.Aos dezoito anos, a influência de Zuriel havia se tornado tão grande que ele já era capaz de enfrentar as forças armadas locais do País A. Quando chegou aos vinte e quatro anos, ele resolveu acabar com o homem que o criou. Com suas próprias mãos, ele matou o padrinho, assumindo o controle do maior grupo criminoso do País A e se tornando seu líder absoluto.Um homem como ele, que parecia mais uma máquina do que um ser humano, era impossível de ser derrotado por alguém como Helena.Mas, às vezes, a raiva e o desespero podem transf
— Vai, desamarre as cordas dela. Qual a graça de mantê-la amarrada? — Disse Zuriel, num tom despreocupado, mas cheio de intenção maliciosa. Ele jogou as palavras diretamente para Valdir, que não hesitou.— Sim, senhor. — Valdir respondeu de forma seca e começou a caminhar em direção a Helena.A conversa entre os dois foi ouvida nitidamente por todos os presentes. Não havia espaço para dúvidas sobre as intenções de Zuriel. Ele havia acabado de ordenar que seus homens violentassem Helena, e eles, como predadores famintos, já estavam avançando em bando, prontos para atacá-la.Helena estava caída perto da borda do prédio, um pouco distante deles. Quando os homens estavam no meio do caminho, ouviram Zuriel dar a nova ordem. Como se obedecendo a um comando automático, todos pararam ao mesmo tempo, engolindo em seco. Seus olhares estavam fixos em Helena, e eles agora esperavam ansiosamente Valdir soltar as cordas, como se fossem cães aguardando permissão para atacar.Helena não tirou os olhos
— Ah, é muda, né? Então eu vou fazer você gritar. — Disse Zuriel, com um sorriso frio nos lábios.O corpo de Helena tremia de nervoso, e ela mal conseguiu sussurrar: — N... Não... Por favor...— Não? — A risada de Zuriel carregava uma frieza arrepiante que fazia a espinha de qualquer um gelar. — Tarde demais.— Eu disse ao Gabriel que ele deveria vir sozinho para trocar a vida dele pela sua. Mas... Eu nunca prometi que não faria nada com você. — A voz de Zuriel era lenta, carregada de desdém.Ele parou na frente de Helena, olhando-a de cima com um ar arrogante, como se ela fosse apenas um inseto sob o controle dele. Seus olhos brilhavam com crueldade, e o sorriso debochado em seu rosto parecia o de alguém que se divertia com o sofrimento alheio.— Bonita você é, não vou negar. Mas é uma pena que seja só uma vagabunda que o Gabriel já usou e jogou fora. Eu, sinceramente, odeio coisas que os outros já tocaram. — Disse ele, sem piedade, as palavras cheias de intenção de ferir.Helena ab
Helena foi escoltada pelos homens de Zuriel até o topo de um prédio inacabado.Helena tinha medo de altura, e quanto mais subia, mais sentia suas pernas fraquejarem. O edifício, todo de concreto e aço, não tinha corrimãos nas escadas nem qualquer tipo de medida de segurança nos andares superiores. Mesmo assim, ela era obrigada a subir, degrau por degrau, acompanhando os capangas de Zuriel.Enquanto subia, Helena começou a contar os andares mentalmente. Quando chegaram ao vigésimo sexto, os homens à frente dela pararam. Os que a escoltavam também interromperam os passos.— Que horas são? — Perguntou Zuriel com uma voz preguiçosa.— Chefe, são sete e quarenta. — Respondeu o homem que, na noite anterior, havia sequestrado Helena. Ela não sabia o nome dele.Após ouvir a resposta, Zuriel arqueou levemente uma sobrancelha e lançou um olhar para Helena.— Você acha... Que o Gabriel viria sozinho se sacrificar por você? — Perguntou ele, com um sorriso provocador.Helena apertou os lábios e aba
Depois de ouvir o plano, Cíntia franziu a testa e balançou a cabeça. — Ainda é arriscado demais. Você é o único herdeiro da família Costa. Eu não vou permitir que você coloque a sua vida em perigo! — Isso mesmo, irmão! Você não pode ir. Eu acho que o melhor é chamar a polícia. Deixe que eles cuidem disso. Se você for, o Zuriel não vai te deixar voltar com vida. — Beatriz apoiou a avó, a voz carregada de preocupação. Gabriel endureceu a expressão e lançou um olhar frio, cortante como lâminas. Seus olhos transbordavam um aviso claro: — Eu já disse. Nada de chamar a polícia. — Eu só estou preocupada com você, irmão... — Beatriz murmurou, com a voz embargada e um tom que parecia à beira do choro. Embora parte de sua reação fosse exagerada, ela não estava completamente fingindo. Beatriz realmente temia que Gabriel não retornasse vivo. Gabriel, no entanto, ignorou Beatriz e voltou sua atenção para os pais e a avó. Ele os observou por um momento antes de dizer: — Pai, mãe, vó,
Assim que Gabriel entrou em casa, o carro de Beatriz também estacionou na garagem subterrânea da mansão. Os dois entraram praticamente juntos. Na sala de estar do primeiro andar, Cíntia, Vinícius e Juliana estavam sentados no sofá, esperando por eles. Gabriel, apressado, foi direto ao ponto assim que cruzou a porta: — Quem chamou a polícia foi um amigo da Helena. Eles não conseguiram contato com ela e temeram que algo tivesse acontecido, por isso registraram o desaparecimento. A polícia entrou em contato com a família Almeida apenas para confirmar se ela estava mesmo desaparecida. Por enquanto, os policiais não sabem que ela foi sequestrada pelo Zuriel. Além disso, ainda não se passaram tantas horas desde o desaparecimento, então a polícia não vai abrir uma investigação imediatamente. O semblante de Gabriel estava sério, e seus olhos escuros projetavam um frio cortante. — Zuriel me ligou. Ele quer que eu vá sozinho... — De jeito nenhum! Irmão, você não pode ir sozinho! — Be