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Capítulo 2

Penulis: Camila Duarte
Emilly também o observava, com um tom suave, mas firme, repetindo uma frase:

— Vamos nos divorciar, Mateus. Gostou do presente de aniversário?

As sobrancelhas perfeitamente desenhadas de Mateus não se moveram.

— Foi por eu não ter passado o aniversário com você que você está pedindo o divórcio?

Emilly respondeu:

— A Monique voltou para o país, não é?

Ao mencionar o nome de Monique, Mateus curvou levemente os lábios finos, soltando uma risada seca.

Ele deu um passo decidido, se aproximando dela, seu corpo alto e imponente avançando lentamente.

— Você está com ciúmes da Monique?

Mateus, o jovem deus da guerra dos negócios, emanava uma presença poderosa, resultado de seu status, dinheiro e posição. Quando ele se aproximou, Emilly instintivamente recuou um passo.

Seu corpo delicado gelou, e ela acabou se encostando na parede.

De repente, a visão dela escureceu, e Mateus já estava à sua frente, com uma mão apoiada na parede ao lado dela, prendendo-a entre seu imponente peito e a parede.

Mateus abaixou os olhos para ela, seus lábios se curvando em um sorriso sarcástico.

— Todo mundo em Rio dos Cedros sabe que a mulher com quem vou me casar é a Monique. Você não sabia disso quando se forçou a vir para o meu lugar e se tornar a Sra. Costa? Naquela época, você não se importava, agora está fazendo cena?

O rosto de Emilly ficou pálido.

Era verdade. Ele iria se casar com Monique.

Se não fosse por ele ter se tornado um paciente em coma, ela jamais teria tido a chance de se casar com ele.

Ela nunca esqueceria o dia em que ele acordou. Quando abriu os olhos e a viu, a decepção e o desprezo em seu olhar foram tão claros que era impossível ignorar.

Desde então, eles dormiam em quartos separados, e ele nunca a tocou.

Ele amava a Monique.

Emilly sabia de tudo isso, mas...

Ela olhou profundamente para o rosto de Mateus, onde suas feições de jovem e o menino que ele fora pareciam se fundir aos poucos.

"Mateus, você realmente não se lembra de mim?"

Era como se ela fosse a única a permanecer no lugar de sempre.

Deixa pra lá.

Esses três anos foram apenas uma forma de completar o amor que ela sentia.

Emilly tentou esconder a dor que apertava seu coração e falou:

— Mateus, vamos acabar com esse casamento sem sentido.

Mateus arqueou uma sobrancelha e, com sua voz grave e sedutora, disse:

— Sem sentido? — Ele levantou a mão e segurou o queixo delicado de Emilly, o polegar pressionando seus lábios vermelhos, fazendo um movimento lento e provocador. — Então foi por isso que você quer se divorciar? Está querendo algo mais?

O rosto de Emilly, delicado e bonito, ficou instantaneamente vermelho como uma fruta madura, sua pele tingida de um tom vermelho profundo.

Ela não quis dizer isso!

Agora, a mão dele, com os dedos longos e bem definidos, pressionava seus lábios de forma maliciosa. Ela nunca imaginaria que esse homem tão bonito e influente poderia ter um lado tão atrevido.

Ele estava brincando com seus lábios.

Era a primeira vez que Mateus a olhava tão de perto. Ela, com suas roupas de preto e branco e sempre usando óculos grandes, dava a impressão de ser uma mulher mais velha.

Mas, ao se aproximar, Mateus percebeu que o rosto dela era pequeno, com traços delicados, e, sob os óculos de armação grossa, seus olhos eram como os de um cervo, claros e penetrantes, uma beleza rara.

Seus lábios eram macios.

O lugar onde seus dedos haviam pressionado ficou sem a cor vermelha intensa, mas logo voltou ao normal, reavivando-se.

Dava vontade de beijá-la.

Os olhos de Mateus se tornaram sombrios.

— Não imaginei que a Sra. Costa tivesse tanto desejo assim. Só quer um homem, é?

Emilly não aguentou e lhe deu um tapa na cara.

O rosto de Mateus foi virado com o impacto do tapa.

Emilly estava tremendo de raiva. Era verdade, o amor dela era tão humilde, e seu coração estava sendo esmagado. Como ele ousava humilhá-la assim?

Emilly, indignada, falou com raiva:

— Eu sei que você ainda está obcecado pela Monique. Agora, eu estou cumprindo o meu papel. Vou devolver a posição de Sra. Costa para ela!

O rosto de Mateus se fechou imediatamente, ficando congelado em uma expressão fria. Ele era tão importante, tão superior, e nunca havia sido humilhado dessa forma, nunca!

Mateus a olhou com frieza e desprezo.

— Emilly, você se casou comigo quando quis, agora quer se divorciar quando bem entender. O que você acha que eu sou?

Emilly deu uma risada baixa.

— Um brinquedo.

O quê?

Mateus ficou rígido.

Emilly, contendo a dor no peito, falou com indiferença:

— Você é o brinquedo que eu roubei das mãos da Monique. Agora que se cansou de brincar, quer te jogar fora.

A expressão de Mateus se fechou, como se uma tempestade estivesse prestes a se formar.

— Muito bem, Emilly, você realmente me surpreendeu. Se quer se divorciar, que assim seja. Só não volte depois, implorando para reatar!

Mateus subiu as escadas e entrou no escritório, batendo a porta com força, o som reverberando pela casa.

Emilly parecia ter perdido toda a energia; seu corpo frágil escorregou lentamente pela parede até que ela se sentou no chão, no tapete, abraçando os próprios joelhos.

"Mateus, eu não vou mais te amar."

...

Na manhã seguinte.

Cíntia abriu a porta do escritório e entrou.

Mateus estava sentado na cadeira de escritório, revisando documentos. Ele era conhecido por ser um viciado em trabalho.

Cíntia o chamou suavemente:

— Sr. Mateus.

Mateus nem sequer levantou os olhos; estava claro que seu humor não estava bom. A temperatura ao seu redor parecia congelada.

Cíntia colocou cuidadosamente uma xícara de café ao lado dele.

— Sr. Mateus, foi a senhora quem preparou esse café para o senhor.

Mateus parou por um instante, a mão com a caneta levantando ligeiramente. Seu semblante, antes gelado, suavizou um pouco.

"Será que ela está tentando fazer as pazes?"

Sinceramente, Emilly era uma boa esposa. Ela cozinhava para ele conforme suas preferências, lavava suas roupas à mão e cuidava de todas as suas necessidades.

Mateus pegou a xícara de café e deu um gole.

Era o café que ela preparava, com o sabor que ele tanto gostava.

No entanto, ele ainda estava irritado.

Na noite passada, ela lhe deu um tapa. Ele ainda estava com raiva disso, e não era uma xícara de café que resolveria.

Mateus perguntou:

— A senhora reconheceu o erro?

Cíntia olhou para ele com uma expressão estranha.

— Sr. Mateus, a senhora foi embora.

Mateus se congelou, levantando os olhos para Cíntia.

Cíntia tirou algo da bolsa.

— Sr. Mateus, a senhora saiu com uma mala e me pediu para lhe entregar isso.

Mateus pegou o envelope e o abriu. As palavras "Acordo de Divórcio" saltaram em sua visão.

Ele ficou sem palavras. Pensava que ela estava tentando se reconciliar!

Cíntia disse:

— Sr. Mateus, a senhora pediu para o senhor beber o café e assinar o divórcio imediatamente.

Mateus olhou com frieza para a xícara de café.

— Jogue fora! Jogue tudo fora!

Cíntia pensou: "Sr. Mateus, o senhor acabou de dizer que gostou tanto deste café, como pode não gostar agora?"

Sem ousar falar mais nada, Cíntia rapidamente se retirou com a xícara de café.

Mateus ficou com o rosto fechado, como se uma tempestade estivesse prestes a desabar. Ele olhou rapidamente o acordo de divórcio. Ela não queria nenhum centavo, sairia sem nada.

Ele soltou uma risada fria. Ela realmente tinha um orgulho imenso. Não queria nada dele, mas como uma garota de origem humilde, como conseguiria viver sem o dinheiro dele?

Há três anos, ela fez de tudo para se casar com ele. Não foi por dinheiro?

Então, Mateus apertou os olhos. Ele finalmente havia chegado à razão do divórcio.

O motivo da separação, escrito à mão por Emilly, dizia: [Porque o marido não tem condições físicas, sofre de disfunção sexual e não pode cumprir as obrigações conjugais.]

Mateus parou, seu rosto se escurecendo completamente.

"Essa maldita mulher!"

Mateus pegou o celular e discou o número de Emilly.

Em poucos segundos, o telefone tocou, e a voz clara e suave de Emilly respondeu.

— Alô.
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