Dentro do carro de luxo, Sofia já esperava há muito tempo sem receber nenhuma resposta de Samuel. Suas mensagens no WhatsApp pareciam ter sido engolidas pelo vazio."Por que ele não responde?"Sofia estava um pouco frustrada.O Sr. Jordão a observou com um sorriso:— Samuel não respondeu às suas mensagens?Sofia fez um biquinho, contrariada:— Pai, você está rindo de mim!O Sr. Jordão, de fato, achava graça da situação:— Ariadne, já te falei, você não vai conseguir controlar o Samuel. Por outro lado, alguém como o Horácio... uma vez que você descubra o jeito certo de lidar com ele, pode tê-lo nas mãos a vida inteira.Ele falava como se proferisse um ensinamento.Sofia retrucou:— Pai, eu não gosto do Horácio. Para que eu ia querer controlá-lo? E não me subestime agora. Pode esperar para ver: eu com certeza vou conquistar o Samuel.O Sr. Jordão soltou duas risadas e não disse mais nada....Logo chegou o dia da cirurgia. A doença cardíaca de Monique sempre foi uma preocupação constante
Sofia ficou atônita, olhando chocada para o Sr. Jordão.— Papai, você está falando sério?O Sr. Jordão sorriu:— Claro que é verdade. Mas, como eu disse antes, é preciso verificar se Samuel está disposto. Pode ser que ele não queira ser seu tutor particular, nem assumir a administração da empresa.Sofia perguntou:— Papai, afinal, o que você quer dizer?O Sr. Jordão respondeu:— Talvez o caminho que o Samuel escolheu para a vida dele seja perigoso e instável. Talvez ele não consiga se estabelecer, nem te oferecer um futuro seguro.Samuel foi recrutado pessoalmente pelo Sr. Jordão. No entanto, assim que entrou na universidade, começou a faltar às aulas. O Sr. Jordão não queria ver um talento como ele ser desperdiçado e, por isso, o procurou diversas vezes em particular.O Sr. Jordão tinha inúmeros recursos e contatos para ajudar Samuel a ingressar no meio acadêmico ou empresarial. E como Samuel era extremamente inteligente, certamente teria sucesso.Mas Samuel recusou. Foi nesse momento
Samuel olhou para o Sr. Jordão e o chamou:— Sr. Jordão.O Sr. Jordão era o diretor da escola, e Samuel era seu aluno. Todos os conheciam.O Sr. Jordão assentiu com a cabeça e estendeu a mão para Sofia:— Sofia, vamos para casa com o papai.Sofia lançou um olhar a Samuel. Ela tinha planejado pedir para ele levá-la de volta, mas, agora que seu pai havia chegado, não teve outra escolha senão ir com ele.Ela caminhou até o lado do Sr. Jordão.O Sr. Jordão olhou para Samuel e falou com gentileza:— Samuel, já está bem tarde. Vamos juntos. Eu te levo para casa primeiro.Samuel recusou:— Obrigado, Sr. Jordão. Eu volto sozinho.O Sr. Jordão assentiu:— Então se cuida no caminho. Qualquer coisa, me liga. — Dito isso, virou-se, levando Sofia consigo.Sofia virou-se para trás, olhando para Samuel com relutância, e acenou com a mãozinha.Samuel ficou parado, observando Sofia partir....Sofia e o Sr. Jordão entraram no carro de luxo. O motorista estava ao volante, e o Sr. Jordão disse:— Ariadne
As pernas de Sofia fraquejaram. Embora ainda estivesse com os braços em volta do pescoço dele, seu corpo jovem e delicado já havia se rendido completamente ao dele.O braço de Samuel envolveu sua cintura fina e, erguendo-a, pressionou-a contra si.O rosto de Sofia estava corado. Ela o empurrou.Os lábios dos dois se separaram. Samuel olhou para a boca dela, agora vermelha e brilhante por causa do beijo, e perguntou com a voz rouca:— O que foi?Os olhos amendoados e úmidos de Sofia, cheios de timidez, desviaram rapidamente para a região da calça dele.— Você está me pressionando.Samuel hesitou por um instante.Sofia, surpresa, percebeu que ele parecia estar corando.Não esperava que alguém tão frio como ele também pudesse ficar envergonhado.Ela curvou os lábios num sorriso.— Você está corado, Samuel?— Não estou.— Está sim. É óbvio que está corado. — Sofia tentou tocar o rosto dele.Samuel se afastou.— Para com isso.Sofia se aproximou de seu ouvido e perguntou em voz baixa:— Sam
Ele com certeza entendeu o que ela quis dizer, mas, ainda assim, teve a ousadia de dizer, com toda a razão do mundo, que já tinha levado mais de uma garota antes!Samuel não se esquivou, e o punho de Sofia acertou diretamente o peito dele.Tão duro.Sofia sentiu a dor na mão ao bater nele, puxou-a de volta com um gemido e, irritada, falou:— O que você comeu para crescer assim? Por que seu corpo é tão duro? Minha mão está doendo!Samuel olhou para a mãozinha dela, visivelmente vermelha.Ele curvou levemente os lábios:— Por que você está me batendo?Sofia o encarou com raiva:— O que você acha?Samuel respondeu:— Não sei.Sofia disse:— Finge mais, vai. Me conta, que garotas você já levou?Samuel olhou diretamente para ela:— Minha mãe. E minha irmã.Sofia tremeu por dentro, o rostinho delicado corou na hora. Ela achava que ele estava falando de outras garotas... mas era da mãe e da irmã dele!Sofia ficou completamente sem palavras.Samuel olhou para a expressão boba dela, com aquele
Monique e Maria já começavam a sonhar com o futuro.Monique sorria como uma flor em plena primavera.— Que maravilha! Agora só estou esperando o dia em que a Emilly vai me operar....Mateus estava sozinho no corredor. Não saiu imediatamente, apenas ficou ali, parado.A luz fraca do hospital iluminava de leve seus ombros firmes, envolvendo toda a sua silhueta em uma sombra tênue.Foi então que Félix se aproximou.— Presidente Mateus, esta noite vamos voltar para a empresa ou para o Palácio Estelar?Mateus moveu levemente os lábios.— Pode ir na frente.Félix respondeu:— Sim, Presidente Mateus.Afastou-se.Mateus caminhou até a janela. Ainda podia ouvir em sua mente a conversa entre Emilly e Nilo. Emilly dissera que não queria mais ficar em Rio dos Cedros, que estava indo embora, e que Nilo a levaria.Ela estava esperando um filho de Nilo. No futuro, ela e Nilo seriam felizes juntos, não era?Ele também tinha Monique ao seu lado. Monique era uma responsabilidade da qual ele não podia f