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Capítulo 234

Penulis: Aurora Mendes
— Saia daqui!!

Olavo gritou, completamente fora de si.

A cuidadora, uma senhora idosa, que nem sabia quem ele era, reagiu firmemente:

— Senhor, preciso garantir a segurança da minha paciente. Se não sair agora, vou chamar a polícia.

Isadora interveio, com a voz calma, porém carregada de sarcasmo nas palavras:

— Pode sair. Ele é meu marido.

A cuidadora arregalou os olhos, surpresa com o que acabara de ouvir. Ela vinha cuidando de Isadora há um tempo e só tinha visto Rafael por ali. Nunca imaginaria que o marido dela fosse esse sujeito descontrolado.

Preocupada, ela se virou para Isadora:

— Tem certeza de que não quer que eu chame a polícia?

Isadora respondeu com um sorriso leve e apertou a mão da senhora com delicadeza:

— Está tudo bem. Pode ir, sim.

A cuidadora bufou de indignação e, ao passar por Olavo, lançou um olhar de desprezo:

— Vou ficar ali fora. Se você encostar nela, juro que chamo a polícia na hora. Um traste desses, todo engomadinho e ainda levanta a mão para mulher? Que ve
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  • Brindou a Outra, Enterrei o Passado   Capítulo 237

    Numa hora dessas, quem ainda tem cabeça para pensar em amor?Isso claramente não era prioridade agora.Vendo isso, Rafael deu um sorriso presunçoso ao ver o desespero de Marcelo.— Fica tranquilo, já está tudo encaminhado. Confio no meu taco. Inclusive, já passei essa parte do problema para Isadora. Aposto que hoje à noite, quando eu for levar o jantar para ela, já vou ter uma solução em mãos.— O quê?!Marcelo arregalou os olhos, indignado:— Rafael, você tem noção do que está fazendo? O Grupo Carvalho é nosso concorrente direto! E você está passando informação sensível para ela? Isso é vazamento de dados! Você quer ser preso?Rafael não se abalou nem um pouco com o tom acusatório e, rindo, respondeu:— Relaxa. Ela jamais me trairia. Uma coisa é concorrer com o Grupo Carvalho. Outra coisa é fazer parceria com a Isadora. São coisas diferentes. Você, que é inteligente, deveria entender.— Olha, eu sei que você não gosta dela, e que acha que ela não merece confiança. Mas não dá para nega

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    Marcos começou, visivelmente indignado:— A Tereza me chamou de cachorro, e o Olavo não moveu um dedo... e ainda quis me agredir!Ele estava claramente sentindo o peso da humilhação. Se formou numa faculdade de prestígio, trabalhou anos ao lado de Olavo, e agora era tratado como lixo descartável. Aquilo era o cúmulo! Assistente também é gente, também tem limite!Isadora, ao ouvir aquilo, achou tudo surreal. Nunca imaginou que a situação tivesse chegado a esse ponto... por causa disso?Olavo parecia ter perdido completamente o juízo por causa da Tereza. Já não distinguia o que era certo ou absurdo, e permitia que ela humilhasse até quem mais confiava.Só podia estar fora de si de vez.— Pode deixar. Vou guardar isso e vou cobrar, com juros. Mas agora preciso dos dados internos da empresa dos últimos cinco anos. Consegue?Eles já estavam do mesmo lado, então Isadora não precisava medir as palavras.Marcos assentiu sem hesitar:— Consigo. Me dá até amanhã à noite.Ele se levantou, respiro

  • Brindou a Outra, Enterrei o Passado   Capítulo 235

    Tereza não era ingênua. Sabia muito bem que aquele comentário do Marcos tinha veneno nas entrelinhas.Ela se levantou num pulo, cerrando os dentes de raiva:— Você é só o cachorrinho do Olavo e ainda tem coragem de latir para mim? Quer perder o emprego?Marcos, impassível, retrucou com a mesma frieza:— Com licença, Tereza. Não sou cachorro de ninguém, sou secretário do presidente. Mas se a senhora gosta tanto, posso pedir para ele te dar um de presente.Ela ficou sem reação por um instante. Jamais imaginou que Marcos teria coragem de responder com tanta ousadia.Num impulso, ergueu a mão para dar um tapa, mas ele foi mais rápido. Segurou o pulso dela no ar, com firmeza.— Srta. Tereza, por favor, se controle.Foi nesse exato momento que Olavo apareceu e viu a cena. Caminhou rápido até eles, visivelmente contrariado:— Alguém pode me explicar o que está acontecendo?Marcos soltou o pulso de Tereza e respondeu com serenidade:— Senhor, ela tentou me agredir. Só me defendi, não tive inte

  • Brindou a Outra, Enterrei o Passado   Capítulo 234

    — Saia daqui!!Olavo gritou, completamente fora de si.A cuidadora, uma senhora idosa, que nem sabia quem ele era, reagiu firmemente:— Senhor, preciso garantir a segurança da minha paciente. Se não sair agora, vou chamar a polícia.Isadora interveio, com a voz calma, porém carregada de sarcasmo nas palavras:— Pode sair. Ele é meu marido.A cuidadora arregalou os olhos, surpresa com o que acabara de ouvir. Ela vinha cuidando de Isadora há um tempo e só tinha visto Rafael por ali. Nunca imaginaria que o marido dela fosse esse sujeito descontrolado.Preocupada, ela se virou para Isadora:— Tem certeza de que não quer que eu chame a polícia?Isadora respondeu com um sorriso leve e apertou a mão da senhora com delicadeza:— Está tudo bem. Pode ir, sim.A cuidadora bufou de indignação e, ao passar por Olavo, lançou um olhar de desprezo:— Vou ficar ali fora. Se você encostar nela, juro que chamo a polícia na hora. Um traste desses, todo engomadinho e ainda levanta a mão para mulher? Que ve

  • Brindou a Outra, Enterrei o Passado   Capítulo 233

    Olavo disse, com frieza:— Isadora disse que foi o Almir. E mesmo que tenha sido, o que isso tem a ver com você? Seu irmão sempre foi irresponsável. Fazer uma dessas nem seria surpresa.Naquele momento, Tereza entendeu que sua posição no coração de Olavo não era mais a mesma.Antes, ele nunca pensava duas vezes quando o assunto era ela. Agia por impulso, sem se importar com razão. Mas agora? Agora conseguia ser racional até com ela. Isso só podia significar uma coisa: não se importava mais com ela.Ela ficou com os olhos cheios de lágrimas, a voz trêmula:— Olavo... você... não me ama mais?As lágrimas começaram a cair.— Sei que eu não estou bem, eu sei... me desculpa... mas eu simplesmente não consigo me controlar. Eu te amo demais, eu não sei viver sem você... não sei!Enquanto falava, Tereza se encolheu no banco do carona, o corpo tremendo todo.Ao vê-la daquele jeito, Olavo sentiu a raiva se dissolver. Suspirou e falou com mais calma:— Não estou te acusando de nada. Também não vo

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