No salão, a música suave preenchia o ar, enquanto os convidados brindavam e conversavam animadamente.Os lustres de cristal lançavam uma luz delicada, iluminando o espaço com um brilho dourado e elegante.No centro da pista de dança, surgiram Isadora e Rafael. Trocaram um olhar cúmplice e, logo em seguida, começaram a dançar.Rafael envolveu suavemente a cintura de Isadora, conduzindo-a com firmeza e leveza.Ela se movia com graça e fluidez, como uma borboleta em pleno voo.Vestida com um longo lilás, o tecido da saia acompanhava seus passos com leveza, desabrochando como uma violeta a cada giro.Cada gesto dos dois era harmonioso, de uma beleza encantadora.O encanto do casal logo capturou todos os olhares — não havia quem não reparasse.A poucos metros dali, Olavo não tirava os olhos de Isadora. Vê-la sorrindo nos braços de Rafael despertava nele um sentimento confuso, uma mistura de ciúmes, arrependimento e frustração.A voz de Tereza soou ao seu lado, cortando seus pensamentos:— O
Mas Tereza disse, com um pouco de superioridade:— Eu só acho que, como mulher, o certo seria focar mais na família. Afinal, cuidar do marido e dos filhos é o verdadeiro papel de uma mulher.Isadora sorriu, com um tom calmo:— A senhorita tem uma visão bem tradicional... mas eu penso diferente.Tereza arqueou as sobrancelhas e devolveu com certa provocação:— Ah, é? E o que a Sra. Isadora acha que uma mulher deve fazer, então?Isadora respondeu, sem hesitar:— Acho que a mulher deve ser independente, ter sua própria carreira e seguir seus sonhos. Não nascemos para viver à sombra de ninguém, muito menos como acessórios.Tereza soltou um riso forçado:— Que pensamento... bem peculiar. Mas, sinceramente, acho que mulher firme demais é ruim.Isadora revidou sem perder a compostura:— Ser firme é ruim, mas ser submissa seria melhor? E você, Tereza, se vê em qual desses perfis?— Eu... — Tereza gaguejou, sem saber o que responder.Foi quando Olavo, incomodado com o rumo da conversa, intervei
Isadora lançou um olhar breve para Olavo e Tereza, depois comentou com naturalidade:— Que coincidência.Rafael olhou para Olavo:— Sr. Olavo, e a empresa? Tudo certo por lá?— Tudo sob controle. — Respondeu ele, com um tom frio.Rafael apenas assentiu, preferindo não continuar:— Fico feliz em saber.O clima ficou um pouco constrangedor.Foi quando o Sr. Souza ergueu a taça e quebrou o gelo:— Vamos brindar todos juntos! Que essa parceria só cresça!Todos ergueram as taças e brindaram:— Saúde!A recepção seguiu animada. Isadora e Rafael logo se tornaram o centro das atenções.Vários empresários se aproximavam, buscando uma oportunidade de contato com os dois.Olavo observava de longe, o coração apertado por uma mistura de emoções difíceis de nomear.Tereza o puxou de volta à realidade:— Olavo, em que mundo você está?Ele forçou um sorriso:— Nada. Vamos circular um pouco.— Claro.Ela se agarrou ainda mais ao braço dele, como se temesse perdê-lo.Os dois caminhavam pelo salão, mas e
De volta ao carro, Tereza ainda estava animada com a escolha do vestido.Perguntou empolgada:— Olavo, você acha que a gente vai ser o casal mais comentado da festa?— Vamos sim. — Respondeu ele, com um tom distante.Ela sorriu satisfeita:— Que bom. Você é incrível, de verdade. Até me acompanhou na escolha do vestido.Ela se aninhou no peito dele, o rosto iluminado por um sorriso feliz.Olavo não respondeu. Apenas fez um carinho leve nas costas dela.Mas, em sua mente, a imagem de Isadora insistia em aparecer. E ele não conseguia afastá-la.No dia do evento, o salão já estava lotado de empresários renomados. O ambiente era sofisticado, iluminado por luzes quentes e com detalhes que transbordavam luxo.A chegada de Isadora e Rafael causou um certo burburinho.Ela vestia um longo lilás, elegante e imponente, estava deslumbrante.Rafael, de terno preto impecável, exalava charme e segurança.Juntos, pareciam saídos de uma capa de revista. Era impossível não notar os dois:— Sra. Isadora,
Olavo observava Tereza com empolgação, mas por dentro, sentia uma inquietação estranha difícil de entender.Ele foi até a sessão masculina e começou a olhar os ternos, sem muita vontade.— O senhor tem muito bom gosto. Este aqui é nosso modelo mais novo, tecido italiano, costura artesanal. Fica perfeito no seu porte. — Disse a vendedora, sorrindo.Olavo nem respondeu. Pegou um terno preto e foi direto para o provador.Vestiu a roupa e ficou parado em frente ao espelho. A imagem refletida parecia a de um estranho.Era mesmo ele?Aquele homem antes confiante, sempre no controle, agora se via como um fantoche sendo conduzido por Tereza.Enquanto ainda estava perdido em pensamentos, Tereza chamou do lado de fora:— Olavo, você já terminou?— Terminei.Ele saiu do provador.Os olhos de Tereza brilhavam e comentava:— Uau, Olavo! Você está lindo com esse terno! Está parecendo galã de cinema!Olavo sorriu de leve, sem muito entusiasmo.Sabia que Tereza gostava de elogios românticos, mas ele n
— Então vamos juntos.— Claro. — Rafael assentiu com um sorriso.Enquanto isso, Olavo também havia recebido o convite do casal Souza. Já tinha até planejado levar Tereza junto, para reforçar a imagem dos dois como casal influente.Olavo comentou, mostrando o convite dourado nas mãos:— Tereza, o casal Souza está organizando um coquetel de negócios e nos convidou. Você quer ir comigo?Tereza sorriu animada:— Claro que quero! É uma ótima chance para fazer contatos no meio empresarial.— Que bom. Vamos.— Você é tão bom comigo, Olavo. — Disse Tereza, se aninhando no peito dele com um ar feliz.Mas logo depois, ao saber que Isadora também estaria presente no evento, Olavo sentiu um desconforto difícil de ignorar.Perguntou, franzindo a testa:— O quê? A Isadora também vai estar lá?Marcos respondeu:— Sim, Olavo. O casal Souza também a convidou.Olavo ficou em silêncio. Seu semblante fechou.Só de imaginar Isadora ao lado de Rafael naquele tipo de evento, algo dentro dele se revirava.Ter