Olavo olhou para Tereza com um olhar complicado, sem dizer nada, apenas pegou o copo d’água na mesa e deu um gole longo e tenso.Ele estava num péssimo estado de espírito, precisava extravasar, mas não queria mostrar sua fraqueza para Tereza.— Olavo, não fique assim. Se tiver algo, me conte, podemos resolver juntos. Tereza se aproximou e o abraçou de leve, com uma voz calma que parecia acalmar todas as suas dores.— Tereza, me diz... as pessoas ao meu redor são mesmo sinceras comigo? Olavo quebrou o silêncio, a voz baixa, carregada de uma dúvida quase imperceptível.O corpo de Tereza enrijeceu por um instante, mas ela logo recuperou a calma, levantou o rosto e olhou nos olhos de Olavo com sinceridade.— Olavo, o que você está dizendo? Claro que são sinceras. Você é o presidente do Grupo Carvalho, quem teria coragem de não ser verdadeiro com você?Olavo não respondeu, apenas apertou o abraço em Tereza. Ele precisava do conforto dela, do apoio, mas a desconfiança dentro dele não desap
Ele marcou um encontro com Isadora num restaurante sofisticado. Sentado, viu Isadora se aproximar lentamente, e seu coração se encheu de raiva e ressentimento.Isadora usava um vestido vermelho bem elegante, cheia de graça e imponência, com um sorrisinho que deixava claro que estava no controle de tudo.Ela se sentou à sua frente, com um tom sutilmente provocativo:— Sr. Olavo, quanto tempo. Parece que as coisas não andam muito bem para o senhor ultimamente.Olavo respondeu com irritação:— Para de achar que está por cima! Você acha que venceu? Eu te garanto que não vou deixar você ganhar essa batalha!Mas ela respondeu com um sorriso de quem está brincando, porém, com um toque de ironia:— Sr. Olavo, eu não disse que venci, só estou fazendo negócios. Mas vou admitir que essa sua situação ruim até dá pena.— Sua...!Olavo ficou tão furioso que quase não conseguiu responder, apertando os punhos como se quisesse rasgar Isadora ao meio.Isadora riu, cheia de provocação no olhar:— Não fiq
Do outro lado, Almir começou a pressionar Tereza para controlar Olavo, garantindo assim o domínio sobre os bens do Grupo Carvalho.Por fora, ela concordava com Almir, mas, na verdade, tinha seus próprios planos.Ela queria não só o patrimônio do Grupo Carvalho, mas também Olavo. Queria que ele jamais pudesse viver sem ela.As ações do Grupo Carvalho despencavam feito pedra no fundo do poço, e o clima no escritório estava sufocante.Olavo encarava a tela do computador com números alarmantes, o cenho fechado e a têmpora latejando.Sentia uma fraqueza que nunca experimentara antes. Seu império empresarial, que antes era motivo de orgulho, agora parecia prestes a desabar.Ele apertou forte a mão de Tereza, sentindo o calor dela, respirou fundo e tentou se acalmar:— Tereza, sei que você sempre esteve ao meu lado, sou muito grato por isso.Ela se aconchegou no peito dele, com um sorriso feliz no rosto, sussurrando perto do ouvido:— Olavo, você sempre será o homem que eu amo. Não importa o
— Zyan, já conseguimos mapear as falhas financeiras do Grupo Carvalho. Eles estão por um fio.Isadora estava no escritório, folheando o relatório com um sorriso confiante no rosto.— Isadora, qual o seu plano agora? — Perguntou Zyan, sentado em frente a ela, brincando com a caneta entre os dedos.Isadora falou fria, um brilho gelado nos olhos:— Quero fazer o Olavo sentir o gosto do desespero.Zyan sorriu, satisfeito:— Parece que desta vez você vai mesmo para cima. Vou ficar de olho.Num jantar beneficente, Isadora encontrou Olavo de novo.Ela vestia um elegante vestido vermelho, sofisticada e imponente. Ele, de terno e gravata, parecia visivelmente exausto.— Sr. Olavo, nos encontramos de novo.Isadora foi a primeira a falar, com um sorriso leve e tom tranquilo.Olavo olhou para o sorriso confiante dela e sentiu um desconforto. Disse, frio:— Ah, Isadora, pelo visto você está bem ultimamente.Ela sorriu com um ar provocador:— Graças a você, estou bem sim. Mas ouvi dizer que o Grupo
Isadora voltou e viu Rafael com um jantar caprichado já na mesa.O clima era acolhedor, perfeito para os dois conversarem sobre os próximos passos.Enquanto isso, o pedido de empréstimo do Grupo Carvalho ao banco havia sido recusado de imediato, com a justificativa de que a situação financeira era crítica demais e o risco alto.No escritório da presidência, Olavo arremessou um maço de documentos sobre a mesa, fazendo o som seco ecoar no silêncio da sala. Levou a mão à testa, tentando aliviar o cansaço acumulado, mas a pressão dos últimos dias não dava trégua.Tereza entrou com uma xícara de leite quente. Estava usando um robe rosa simples, que transmitia uma sensação de calma e intimidade.— Amor, não se esgote assim. Beba um pouco e descanse.A voz dela era suave, com um toque de preocupação.Olavo aceitou a xícara e tomou um gole; o calor do leite pareceu dissolver um pouco da tensão que o consumia.Ele suspirou, sem energia:— Tereza, a situação da empresa está péssima. Não sei mais
Almir queria mesmo era apenas se aproveitar da crise, mas, pelo bem da empresa, Olavo não podia simplesmente ignorar a proposta dele.Olavo respondeu seco, com um leve traço de impaciência:— Vou pensar nisso.O sorriso de Almir se alargou, carregado de satisfação. Para ele, era só questão de tempo até Olavo aceitar as condições impostas.Do outro lado, Isadora começava a investigar discretamente as finanças do Grupo Carvalho.Quanto mais avançava, mais encontrava irregularidades: fluxo de caixa estranho... projetos com lucros inflados no papel. A crise era muito mais profunda do que parecia.— Rafa, encontrei umas coisas interessantes. — Disse ela, enviando o relatório da investigação.— Aqui também consegui informações internas. A situação deles é bem pior do que imaginávamos. — Respondeu Rafael.— Então... está na hora. — Murmurou Isadora, com um brilho frio nos olhos.Ela não pretendia dar trégua à Família Carvalho.Enquanto isso, no hospital, Tereza continuava interpretando o pape