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Capítulo 479
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Brindou a Outra, Enterrei o Passado Capítulo 485
Quando Isadora viu de novo Tereza saindo da mansão com aquele olhar frio e profundo, quebrou o silêncio da sala.— Essa fábrica... tem algo errado.Rafael se virou para a tela e reproduziu novamente as gravações da fábrica abandonada.Zyan se aproximou do monitor, estreitando os olhos:— Acha que aqui houve movimento recente?Isadora apontou para um canto da imagem:— Olhem aqui. É discreto, mas a grama está amassada, com marcas de pneus novas. Isso significa que alguém esteve lá mais de uma vez.Rafael ampliou a cena e analisou com atenção, franzindo a testa:— Verdade. Sem reparar, passaria despercebido. Boa observação, Isinha.Zyan soltou um riso frio, cheio de desprezo:— Essa Tereza... se acha esperta. Escolher um lugar desses achando que ninguém vai descobrir?Isadora comentou, com olhar gélido:— Quanto mais ela faz isso, mais problema parece ter. Rafa, pode verificar nas imagens de satélite se essa fábrica teve movimento recente?— Consigo.Rafael, com rapidez, mostrou em segun
Brindou a Outra, Enterrei o Passado Capítulo 484
As lágrimas de Tereza não paravam. Segurava firme a mão de Olavo, como se tivesse encontrado um fio de salvação.Disse, soluçando, com a voz presa pelo medo:— Amor, eles... eles são tão assustadores...O coração dele se apertou. Com paciência, a guiou:— Tereza, vai devagar, me conte... o que fizeram com você?Tereza fechou os olhos e respirou fundo, fingindo tentar lembrar daquela experiência horrível.Quando os abriu de novo, estavam cheios de pavor e inquietação, como se tivesse voltado àquela fábrica escura e abandonada.Falou, a voz trêmula:— Não me davam comida, nem água... e ainda... me batiam...Levantou o braço envolto em ataduras, soluçando:— Me chicotearam, chutaram... eu realmente achei que ia morrer, que nunca mais ia te ver...No fim, Tereza não conseguiu mais se controlar e caiu em um choro descontrolado.Olavo sentiu uma dor intensa no peito, como se mil agulhas o atravessassem, uma dor que quase tirava o fôlego.Ele a abraçou com força, mantendo-a colada ao próprio
Brindou a Outra, Enterrei o Passado Capítulo 483
Na ala VIP do hospital.Tereza foi acomodada em uma cama branca, sob um edredom macio.O rosto dela estava pálido, os braços enrolados em faixas, e um soro preso à mão, deixando-a visivelmente frágil.Olavo permaneceu ao lado, sem tirar os olhos dela, com o olhar cheio de preocupação e carinho.O médico, homem de meia-idade com óculos de aro dourado e expressão séria, segurava o relatório e falou:— Sr. Olavo, a situação de Tereza... não é muito boa.O coração de Olavo se apertou. Perguntou, apressado:— O quê? Doutor, como ela está de verdade?O médico franziu a testa, os olhos atrás das lentes carregados de preocupação:— Ela tem várias lesões pelo corpo. Não são fatais, mas é evidente que sofreu maus-tratos.Fez uma pausa e continuou:— O que mais preocupa é o estado psicológico. Está muito abalada e instável. O diagnóstico inicial aponta transtorno de estresse agudo, ou seja... trauma psicológico.O rosto de Olavo empalideceu, e a raiva subiu à cabeça. Fitou Tereza, sentindo uma do
Brindou a Outra, Enterrei o Passado Capítulo 482
Olavo falou baixinho, a voz tão suave que parecia acalmar um animal ferido:— Vamos para o hospital agora. O médico vai cuidar bem de você.Ele carregava Tereza nos braços, apressado, até colocá-la com cuidado no banco de trás do carro.Almir abriu a porta rapidamente, cuidando dela com atenção e não esquecendo de “lembrar” Olavo.— Cunhado, temos que investigar tudo direito. Não podemos deixar o verdadeiro culpado escapar!Olavo o encarou friamente e apenas assentiu com firmeza.Entrou no banco do motorista, ligou o carro e a frota disparou como flechas, abandonando a fábrica em alta velocidade.No carro, Olavo não parava de olhar para Tereza no banco de trás, cheio de ternura e preocupação.Do outro lado, na casa de Isadora.No computador, as imagens de vigilância passavam.Isadora e Rafael estavam lado a lado, observando cada detalhe. Ela apontou para o horário na tela, a voz calma:— Olha, Rafa, Tereza saiu da mansão às oito da noite, e as imagens da câmera cortaram exatamente às o
Brindou a Outra, Enterrei o Passado Capítulo 481
Tereza estava encolhida nos braços de Olavo, enquanto as lágrimas escorriam.Escondeu o rosto no peito dele, o corpo tremendo, a voz saiu embargada:— Olavo, fiquei tão assustada... achei que nunca mais ia te ver.Ele conseguia sentir o medo e a fragilidade dela. Ao ver aqueles cortes no braço, uma fúria quase o consumiu por inteiro.— Não tenha medo, Tereza. Já acabou. Estou aqui, e não vou deixar que nada de ruim te atinja de novo.A voz dele era de uma doçura quase absurda. Segurou o rosto dela com cuidado, passando o polegar para enxugar as lágrimas que escorriam.E perguntou baixo, com receio da resposta:— Me conta... eles fizeram alguma coisa com você?Tereza o fitou com os olhos marejados e balançou a cabeça entre soluços:— Eles... eles me trouxeram para cá, não me deram nada para comer nem beber e ainda... me bateram. Amor, eu estava com tanto medo... achei que ia morrer.Ao terminar, voltou a chorar com mais força, a voz aguda cortando o coração dele.O peito de Olavo doía c
Brindou a Outra, Enterrei o Passado Capítulo 480
— Cunhado! Cunhado! Calma!Almir correu atrás dele, fingindo preocupação:— Se você sair correndo assim, é muito perigoso. E se for uma armadilha dos sequestradores?— Armadilha?!Olavo parou de repente, se virou com os olhos vermelhos de raiva e encarou Almir:— Não me importo! Preciso salvar a Tereza! Mesmo que à frente haja fogo e espadas, eu vou passar por cima de tudo!— Mas...Almir tentou argumentar, mas foi interrompido bruscamente.Olavo gritou, e sem olhar para trás, disparou para fora da mansão:— Chega! Já decidi!Almir viu Olavo desaparecer na noite e sorriu satisfeito.Os carros de Olavo cortavam a escuridão como flechas, avançando em alta velocidade, pneus rangendo contra o asfalto. Logo chegaram à fábrica abandonada indicada pelo sinal do celular.Olavo abriu a porta com pressa e foi o primeiro a entrar.— Tereza! Tereza! — Chamou, aflito, a voz ecoando pelo silêncio da noite.Sob a luz fraca da lua, a fábrica parecia ainda mais assustadora, com de paredes quebradas e e
