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Capítulo 2

Penulis: Lisa Cruz
Como era de se esperar, minha mãe imediatamente fechou a expressão: — Mandar uma pessoa tão egoísta e interesseira como ela para estudar fora serve para quê? Vai saber o quanto o coração dela vai se tornar ainda mais sombrio depois de uma temporada no exterior!

Simone respondeu docemente: — Mamãe, não fique brava, tenho certeza de que a irmã deve ter os próprios motivos.

No mesmo instante, o olhar da minha mãe suavizou: — Simone, você é bondosa demais, por isso sempre acaba sendo maltratada por sua irmã.

Simone era assim, sempre sabia encontrar as palavras que mais agradavam meus pais.

Eu sabia que, mesmo que eu ficasse diante deles e relatasse todas as maldades que Simone cometera desde pequena, eles só me dariam um tapa forte e diriam que tudo não passava de inveja minha em relação à minha irmã.

Com o passar dos anos, eu já havia me acostumado.

Enquanto conversavam, meu irmão, Mário Ramos, entrou apressado, atravessando a sala, ansioso para examinar o estado de Simone.

Assim que soube do acidente de carro da irmã, ele pegou o primeiro voo de outro estado e voltou para casa sem descanso.

Assim como meus pais, nos olhos dele só havia lugar para Simone.

Ao se certificar de que Simone estava bem, Mário finalmente respirou aliviado, mas seu rosto transbordava indignação: — Eu já disse há muito tempo, Helena é a desgraça da nossa família! Desde que Simone nasceu, Helena já a colocou em perigo várias vezes!

Simone aproveitou para fazer charme: — Não fica bravo, irmão, mesmo que a irmã tenha me empurrado na rua, tenho certeza de que não foi de propósito!

Ao ouvir isso, toda a família ficou em choque!

Meu pai bateu na mesa: — O quê? Foi ela quem te empurrou pra rua?

Minha mãe mordeu os dentes, furiosa: — Aquela desgraçada, não vou deixar isso barato!

Mário, com um olhar carregado de ódio, parecia desejar que eu desaparecesse para sempre.

O coração de Simone disparou, como se temesse que acabasse exagerando e fosse desmascarada, então apressou-se em dizer: — Papai, mamãe, irmão, não fiquem bravos com a irmã, tá? Talvez eu tenha me confundido. De qualquer forma, ela ainda é minha irmã, não faria algo assim.

Mário brincou, tocando de leve a testa dela: — Você é inocente demais, não conhece as maldades do mundo.

— Não sei quantas vidas de sorte tivemos para ter uma filha tão boa assim.

— Mamãe vai te ouvir, vamos esquecer aquela má influência e cuidar bem da nossa recuperação!

A luz dourada do pôr do sol caía sobre a cama de Simone. Ao ver aquela família de quatro pessoas tão unida e feliz, um sentimento amargo me invadiu.

De repente, senti que minha alma não se encaixava ali.

Era como se eu não fosse parente deles, mas sim um cachorro de rua.

Quis fugir, mas minha alma estava presa ao lado da minha mãe, sem conseguir emitir um som, restando apenas suportar a humilhação deles.
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